21/08/2008

Davi e os Tres Azeites

Davi e os três azeites
"Mas eu sou como a oliveira verde na casa de Deus; Confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente"Sl 52:8
Por que Davi desejou ser como oliveira verde na casa de Deus? Não poderia ele ter escolhido outra planta para representar sua presença no templo?

Existem muitos estudos com uma abordagem bem completa sobre o referido Salmo. Não existe, portanto, muita coisa nova que possa ser dita a respeito da passagem.

O certo é que, novidade ou não, as revelações contidas na passagem: "Oliveira verde na casa de Deus", cabem na vida de todo àquele que deseja ser agradável ao Senhor.O estudo não é original, não pertence a mim, mas, tomei a liberdade de fazer algumas modificações a partir da fonte consultada.

Nos tempos de Davi existia em Israel um local conhecido como Moenda, onde as azeitonas eram levadas para extração de azeite. Este local continha quatro grandes pedras que giravam esmagando as azeitonas da seguinte forma:

Primeira Pedra- Primeiro Azeite
A primeira pedra da moenda esmagava as azeitonas e davam origem ao primeiro azeite. Este azeite era usado no templo como azeite da unção e da adoração. Davi desejou ser um adorador de Deus, mesmo que tivesse que passar pelas pedras.
Segunda Pedra- Azeite da Alimentação
Esmagadas pela segunda vez, das azeitonas se extrai o azeite para alimentação dos judeus.Davi desejou está na casa de Deus servindo de alimento aos mais necessitados.
"Também ungirás a Arão e a seus filhos e os santificarás para me administrarem o sacerdócio. E falarás aos filhos de Israel dizendo: Este me será o azeite da santa unção nas vossas gerações"(Ex30:29,30).
"Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (Atos 20;35)
Terceira Pedra- Azeite da Luz
A terceira prensa das azeitonas davam origem ao Azeite da Luz, usado nas lâmpadas do templo.
Davi desejou ser luz para sua geração, referência, bênção, oposição às trevas.
"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte" (Mt5;14)Também em Mateus (25:1a13), na parabóla das dez virgens, Jesus fala da necessidade de manter azeite nas lâmpadas para aguardar a chegada do Noivo.

O azeite da Luz representa ainda a chama do Espírito Santo que Davi desejou manter sempre acesa. Alguém sempre cheio do Espírito discerne bem todas as coisas e mantêm a comunhão com Deus
Quarta Pedra- As borras de azeitona
Ao chegar na quarta pedra, só existiam borras de azeitonas. Essas borras seriam aproveitadas para fazer sabão, utilizado na própria moinha e também comercializado entre os judeus.
Davi desejou ser como esse sabão: Que purifica, limpa.Desejou ser motivo de inspiração na casa de Deus para coisas puras.
"Quem subirá ao Monte do senhor ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega sua alma a vaidade nem jura enganosamente"Sl24:3,4.

Davi desejou ser "oliveira verde na casa de Deus" porque conhecia todas as funções que a pequena azeitona teria na Casa de Deus, ele também sabia isso lhe custaria sacrifício, renúncia, mas, que compensaria.

A Tenda na Rocha

A TENDA NA ROCHA
Isaías 54:2.
Amplia o lugar da tua tenda e estendam-se as cortinas das tuas habitações; não o impeças; alonga as tuas cordas, e fixa bem as tuas estacas
54:3. Porque transbordaras, para a direita e para a esquerda; e a tua descendência possuirá os gentios e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.
Uma tenda é um lugar de proteção e quem arma uma, quer se proteger do relento. Para que essa habitação, geralmente feita de lona, fique realmente segura é necessário:
· Um lugar apropriado (areia movediça ou pântanos não sustentam tendas)
· Um material de cobertura sem rasgos
· Boas estacas
· Firmes cordas
· Sobretudo, um dedicado armador.
O apóstolo Paulo era um exímio fazedor de tendas, aprendeu o ofício muito jovem, era seu ganha pão e mesmo após ser chamado para ministrar o evangelho continuou a fazê-lo.(Atos 18:1-3).Paulo fazia tendas e "tendas". Todo ministro do Evangelho é especialista em tendas: "tendas do espírito". É sobre essas "tendas" que fala o versículo de Isaías com o qual começamos o texto: Um lugar de refúgio, de salvação que Deus ordena que ampliemos. Não devem haver fronteiras que impeçam as cortinas dessa habitação de crescer e abrigar tantos quantos estejam ao relento. O Senhor ainda pede: Não o impeças. Ele sabe que nós mesmos é que podemos ser o maior impecílio.
O Senhor nos convida a ser um “fazedor de tendas”. As tendas são móveis podendo ser armadas em muitos lugares. Paulo as estendia até mesmo estando na prisão. O carcereiro de Atos 16:27-30, recebeu as cortinas da habitação que transbordaram para direita, e para a esquerda e para sua descendência. Ali mesmo no cárcere, outros presos foram salvos, o carcereiro e sua família.
Salmo 27:5 "Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão: No oculto de seu tabernáculo me esconderá, pôr-me-á sobre uma Rocha." A Bíblia nos revela que Jesus É a Rocha (Dt. 32:4)
Há um lugar onde Ele sempre nos esconderá e onde a salvação nos alcançará:

Lição dos Recabitas

LIÇÃO DOS RECABITAS - Jeremias 35
Primeiramente, vamos entender a origem dos recabitas: o fundador deste clã foi Jonadabe, filho de Recabe, mais de 200 anos antes de Jeremias. Vivendo em Israel, Jonadabe participou com Jeú do extermínio da casa de Acabe e dos sacerdotes de Baal, conforme 2 Reis 10:15ss – Jonadabe identificou-se com aquele que zelava pelo Senhor e por fazer cumprir as palavras proféticas contra a casa de Acabe.
Assim, os recabitas constituíam uma família israelita que vivia de forma nômade, seguindo as recomendações que seu patriarca estabelecera. Jonadabe, um líder de excelência, que ainda influenciava seu povo depois de 200 anos de sua morte!
O Senhor mandou fazer este teste aos recabitas, chamando-os no templo e servindo a eles vinho. O verso 3 descreve que toda a comunidade dos recabitas estava presente à convocação. Seguindo as ordens de Deus, Jeremias serviu jarras de vinho e copos numa mesa e mandou que os recabitas se servissem (v. 5). A resposta dos discípulos de Recabe está no verso 6: nossa vida é pautada pelas recomendações que aprendemos com nosso antepassado Jonadabe. Eles prezavam por cumprir o modelo de vida ensinado pelo seu líder (vs. 6 a 11).
A intenção de Deus com aquele teste foi confrontar os demais judeus com o exemplo dos recabitas – v. 16 Os descendentes de Jonadabe, filho de Recabe, cumprem a ordem que o seu antepassado lhes deu, mas este povo não me obedece. Este é o nosso desafio como líderes, influenciar nossos discípulos a seguirem o modelo de vida que recebemos do nosso Senhor.
As ordens de Jonadabe visavam que os Recabitas vivessem como peregrinos, forasteiros. Um peregrino é alguém que não cria raízes em lugar algum, mas que está sempre desprendido para locomover-se por caminhos novos. O Novo Testamento ensina que somos peregrinos nesta terra:
Todos eles viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que era estrangeiros e peregrinos na terra. (Hb 11:13); Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir.(Hb 13:14); Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma.(I Pe 2:11).
Por conta da fidelidade dos descendentes de Recabe, o Senhor decretou uma bênção para sua linhagem: Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Vocês têm obedecido àquilo que o seu antepassado, Jonadabe, ordenou; têm cumprido todas as suas instruções e têm feito tudo o que ele ordenou. Por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Jamais faltará a Jonadabe, filho de Recabe, um descendente que me sirva.(vs. 18,19). De igual modo há bênção para o discípulo que aprende a honrar e que é fiel em guardar os ensinamentos que recebe.
Ore ao Senhor para que lhe dê a capacidade de manter-se fiel. Que o Senhor lhe dê a excelência para implementar em sua linhagem a fidelidade, a exemplo dos recabitas.

A LIÇÃO DOS RECABITAS
O capítulo 35 de Jeremias narra um episódio muito interessante do ministério do profeta junto a um clã de israelitas, chamados Recabitas. Estes eram descendentes de Jonadabe, filho de Recabe, que viveu mais de duzentos anos antes do profeta Jeremias. Jonadabe é mencionado em II Reis 10:15ss, em parceria com Jeú, na ação contra a casa do então rei de Israel, Acabe – o marido da abominável Jezabel.
Jeremias recebeu do Senhor a seguinte recomendação: deveria chamar todos os recabitas a uma das salas do templo, em Jerusalém, colocar diante deles jarras de vinho e convida-los a beberam aquele vinho. A resposta dos descendentes de Jonadabe foi surpreendente e é relatada em Jr 35:6-11. Eles declararam que não poderiam beber vinho, nem plantar vinhas, nem morar em casas, mas sim em tendas, por causa das recomendações de seu líder, Jonadabe. Mais de duzentos anos depois, aquela família era fiel às instruções de seu líder.
Deus usou a fidelidade dos recabitas para questionar o restante de Judá por conta de sua infidelidade em obedecer Seus mandamentos. Os recabitas nem bebiam vinho por serem fiéis ao seu líder, mesmo depois de cinco gerações passadas. Temos nesta história lições preciosas.
Precisamos de líderes como Jonadabe. Pessoas que transmitam às gerações seguintes o dna da fidelidade. Líderes que ensinem o povo de Deus a viver como peregrinos e forasteiros nesta terra (Hb 11:13, 13:14, I Pe 2:11) – ou seja, amigos de Deus e não amigos do pecado.
Profetizamos acerca da nossa quinta geração. Considerando que quarenta anos é um tempo que caracteriza uma geração, havia naquela reunião com o profeta pessoas da quinta geração de Jonadabe. Veremos nossas gerações futuras, inclusive a quinta geração de líderes a partir dos doze, servindo ao Senhor com fidelidade e santidade.
A fidelidade possibilita as bênçãos. Há diversas maneiras de demonstrar a infidelidade para com o líder – por vezes as pessoas até “espiritualizam” a infidelidade. A infidelidade sempre atrai maldição. Por outro lado, a fidelidade garante bênçãos. Foi o que ocorreu com os recabitas, conforme Jr 35:18,19, onde o Senhor afirma que em face da obediência daquela família aos ensinos de seu líder, o Senhor dos Exércitos garantia uma bênção para todas as futuras linhagens recabitas.
A fidelidade é conseqüência de um caráter tratado. Que o Senhor nos dê líderes curados, fiéis e santos, que transmitam esta influência às demais gerações.

Como os Recabitas
“ E pus diante dos filhos da casa dos recabitas taças cheias de vinho e copos e disse-lhes: Bebei vinho. Mas eles disseram: Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos mandou, dizendo: nunca bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos; (Jr 35-5)”
Os Recabitas eram uma ordem religiosa nômade fundada por Jonadabe, filho de Recabe, durante o século IX a.C. (II Reis 10:15-33) não moravam em casas nem usavam qualquer produto da videira.Até a época da narrativa de Jeremias permaneciam fiéis ao estilo de vida implantado pelo fundador: Jonadabe, filho de Recabe. Eram 250 anos de fidelidade.Jeremias estava no templo quando, dirigido por Deus, usa os Recabitas de exemplo para doutrinar os rebeldes de Jerusalém e Judá.Não era próprio dos Recabitas morarem na cidade. Estavam em Jerusalém, fugindo dos exércitos Sírio e Caldeu. Eles sempre se justificavam perante o povo, pois, por muito tempo habitaram em tendas no deserto.
Acredito que a cidade era muito mais tentadora para eles: Vinho a vontade, casas confortáveis, convites generosos, porém, nada disso era suficiente para fazê-los desistir do seu voto.
Deviam ser chamados de tolos, fanáticos ou coisas do gênero. Deus, no entanto se agradara deles pela obediência e persistência no bem.
“As palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos que não bebessem vinho, foram guardadas, pois não beberem até este dia, antes obedeceram o mandamento de seu pai,: a mim porém, que vos tenho falado, madrugando e falando, não me ouvistes... Tenho enviado profetas, dizendo convertei-vos, porém não me obedecestes” Jr. 35-14,15”
Quantos seguem fielmente o seu time de futebol, seu grupo de Rock, seu grupo de amigos, e abandonam totalmente a Deus? Alguns dão a vida pelas empresas que trabalham, pelo País, pela sua forma-física, pelos seus ideais e negligenciam totalmente o relacionamento com Deus.
Deus quer que tenhamos uma vida abundante com: diversão, amigos, trabalhos, bens, família e sobretudo não esqueçamos de ter comunhão com Ele.
No Evangelho de Lucas (12: 20,21) Jesus conta uma parábola sobre um homem rico e trabalhador, ele havia prosperado tanto que aumentou todos os celeiros para guardar seus bens, PORÉM, negligenciou seu relacionamento com Deus.
“Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus”.
Os Recabitas temiam a Deus, e a conseqüência foi a obediência aos princípios éticos familiares. Deus não os deixou desapercebidos no que os abençoou grandemente. Assim também é para conosco.O mundo necessita de Recabitas, que chamem a atenção de Deus e sirvam de exemplo para os apostatas.

Nabal e Sodoma

Nabal e sodoma
O que haveria de comum entra Nabal e Sodoma? De que forma estes personagens bíblicos estariam ligados?
Segundo a Bíblia, I Samuel 24, Nabal era morador de Maom e tinha suas possessões no Carmelo. Este Carmelo não é o conhecido Carmelo onde Elias desafiou os profetas de Baal, mas o atual Kurmul localizado nas montanhas de Judá.
Nabal era um homem muito bem sucedido financeiramente. Davi se referia a ele como "homem próspero" os demais moradores das redondezas o chamavam de "mui poderoso". Alguns de seus bens contabilizam: três mil ovelhas, mil cabras, muitos pomares e empregados.Porém, o maior de todos os bens de Nabal era sua esposa Abigail, honesta sábia e temente a Deus.
Não obstante tanto progresso na vida de Nabal, a Bíblia o relata como homem "duro e maligno nas obras"
Nabal significa "tolo", não se sabe ao certo se este era o seu nome verdadeiro ou se recebeu como apelido devido a maneira imprudente de agir.
SODOMASegundo Génesis 13;10 Sodoma era como o jardim do Senhor, era como a Campina do Jordão de tão viçosa. A boa aparência da cidade atraiu os olhos de Ló o levando a mudar-se para lá com família e bens.
A beleza da cidade era um contraste com a maldade de seus habitantes "eram maus e desobedientes à Deus" Gn 13:13. A situação geográfica privilegiada no entanto favorecia a cidadeproduzindo alimentos em abundância: Terra fértil, vastos pastos, fontes de água." Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão e abundância de ociosidade teve ela e seus filhos mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado" Ez16:49.
Assim como Abigail, esposa de nabal era afligida pelas imprudências do esposo, Ló era afligido todos os dias pelos pecados dos moradores de Sodoma (IIPedro2:7)Nabal e Sodoma: Eram prósperos, eram maus, afligiam quem os amava, negaram pão aos necessitados. Ambos tiveram um triste fim dado por Deus.