05/07/2011

Para quê fomos salvos? Qual é o propósito da Salvação?

Para quê fomos salvos? Qual é o propósito da Salvação?





INTRODUÇÃO



Para quê fomos salvos? Qual é o propósito da Salvação?

Como já vimos, fomos salvos para glorificarmos a Deus e para andarmos nas boas obras. Fomos transportados do império das trevas para o Reino do Filho do seu amor, conforme:



Colossenses 1:13-16 Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, 14 no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.15 Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.



Quem é salvo, muda de cidadania, muda de reino. Este ganha um passaporte que lhe dá direito a viver sob uma outra autoridade, outra situação espiritual. Apesar de permanecermos no mundo, não somos do mundo (Jo 17:14-17). Somos como uma embaixada que representa este outro reino aqui na terra.

Jesus não veio criar uma religião, Ele veio estabelecer um Reino. Temos um papel ativo em Seu plano. A salvação em si é pela fé, mas para demonstrarmos a Glória de Deus e tornar manifesta a graça de Deus, Ele nos capacita e nos dá autoridade para agirmos em Seu Nome (Lc 10:1-9).

Recebemos uma procuração do Reino que nos comprou por alto preço. A forma como agimos usando esta autoridade demonstra a nossa cidadania e também faz com que este Reino cresça e se multiplique.

Jesus deu exemplos de como isso aconteceria:



Marcos 4:30-32 Disse mais: A que assemelharemos o reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos?31 É como um grão de mostarda, que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra;32 mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças e deita grandes ramos, a ponto de as aves do céu poderem aninhar-se à sua sombra.



Ele iniciou este Reino com 12 pessoas. Hoje são milhões em todo o mundo e continua crescendo e apoiando famílias, nações, como um verdadeiro refrigério fornecendo sombra e alimentos.



2) O Reino de Deus é...

“Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:20-21).



Na época de Jesus os judeus estavam sob o domínio do Império Romano. Eles aguardavam a vinda do Messias. A esperança de liberdade deles era grande. Os líderes esperavam um messias que os libertasse deste jugo político e militar. Eles queriam levantar um rei conforme o seu entendimento ou conforme já havia acontecido antes.

Deus sempre mandava um libertador quando Israel estava em uma posição como a que se encontravam. Foi assim com Moisés, Gideão, Neemias e Esdras, mas como lemos no versículo acima, Jesus informa que o Reino de Deus a se manifestar por estes dias não era conforme a expectativa de liberdade política, mas iria resolver os problemas mais profundos da humanidade: o nosso interior.



A manifestação do Reino de Deus é evidenciada de várias maneiras e estudaremos duas delas:



Interna: Em nossos corações (Mt 13:33);

Externa: Pelo poder de Deus (Mt 12:28);

Manifestação Interna

A revolução criada por Jesus é silenciosa, nem por isso menos eficaz. Ela se dá dentro do coração do homem, restaurando e trazendo de volta ao seu Criador.

As bases da nossa mudança interior são: justiça, paz e a alegria no Espírito Santo:



Romanos 14:17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.



Justiça

A justiça do Reino de Deus não é a justiça do homem. É a justiça de Jesus imputada em nós por Deus. Através do Sangue de Jesus, somos justificados, isto é, tornados justos pela fé. Somente assim recebemos a recuperação do relacionamento com Deus.



Paz

Esta não é a paz que o mundo dá. Não é a falta de guerra. A paz do Reino é principalmente a paz para com Deus. Éramos inimigos dEle e agora somos feitos filhos de Deus por intermédio de Jesus Cristo.



Alegria no Espírito Santo

O nosso Deus é tão maravilhoso que além de reconstruir o que havia sido perdido, Ele amplia a nossa condição original e nos transforma em vasos de honra. No Reino de Deus somos condutores da alegria do Espírito Santo, Ele vem habitar em nós e se alegrar conosco. Devemos deixar que esta alegria invada o nosso ser (Ef 5:18).

Resumindo:



Romanos 5:1-2 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;2 por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.



Estas bases são promessas feitas por Deus que nunca mente. Devemos cultivá-las em nosso ser. Se não estamos desfrutando disto, precisamos buscá-las.



Aplicação Prática: Você tem dedicado momentos diários de oração, leitura bíblica e adoração? Vivemos num mundo cada vez mais agitado, o­nde o tempo nos controla, e nos tornamos ansiosos por muitas coisas. Precisamos dedicar alguns momentos para desfrutar destas bases do Reino para recebemos a direção e a revelação de Deus. Assim como os Israelitas receberam o maná no deserto, Jesus, o Verbo Vivo, é o nosso Pão Diário que desceu do Céu. Precisamos colher e nos alimentar deste pão a cada dia.



Manifestação Externa

Além no Reino de Deus estar em nós, ele se evidencia pela manifestação do Poder de Deus.



1 Coríntios 4:20 Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder.



Esta manifestação pode ser analisada de duas maneiras: individual e a coletiva.



Individual

A manifestação individual comprova a autoridade, conforme podemos ver em:



Mateus 9:6-8 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados—disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.7 E, levantando-se, partiu para sua casa.8 Vendo isto, as multidões, possuídas de temor, glorificaram a Deus, que dera tal autoridade aos homens.



O poder de curar evidenciou a autoridade de perdoar pecados de Jesus. Desta forma não há discussão. Ela se encerra quando o paralítico pega a sua cama (antes ele havia sido colocado diante de Jesus pelo teto por amigos) e volta para a sua casa.

Vejamos mais um exemplo claro:



Mateus 12: 28 Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.

Lucas 11:20 Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós.



Aleluia!!! Estamos livres do império das trevas!!!

Ao expulsar os demônios Jesus demonstrava claramente que o Reino de Deus chegou.



Coletiva

Hoje a Igreja de Jesus Cristo na terra é o Seu corpo, seu representante. E criação espera a manifestação dos filhos (UIHÍOS – Aleleuia!) de Deus:



Romanos 8:19 A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus.



Mateus 5:13-16 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.

14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.



Há uma expectativa na criação para que nós, lavados no Sangue de Jesus, façamos a vontade de Deus.



3) Como se manifesta o Reino de Deus



O Reino de Deus é comparado ao fermento



Mateus 13:33 Disse-lhes outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.



O fermento não faz barulho, contudo muda a consistência interna da massa, provocando uma alteração completa. O mesmo ocorre conosco. É como se tivéssemos infectado por um vírus, não o vemos, mas ele gera mudanças profundas em nosso organismo. Pelo sacrifício de Jesus, somos vivificados espiritualmente, e inicia-se um processo de mudança em nossa vida, e no determinado tempo (pode ser diferente em cada um de nós) começamos a influenciar o mundo com a nossa cidadania celestial.

É como se uma luz acendesse e fosse ficando cada vez mais forte, até que Deus nos use como instrumentos para que a Sua vontade seja feita aqui na terra (Mt 5:14-16).

Devemos lembrar que quem nos levanta é Deus. Não adianta querermos forçar uma situação para aplicarmos nossos dons ou conhecimento, pois Ele mesmo é quem define o­nde e como devemos ser usados (Tg 4:9-10).



A velocidade do crescimento do Reino é definida por Deus. Há muitas indicações na Palavra de Deus que confirmam um crescimento consistente, porém, nem sempre rápido. A sabedoria de Deus na natureza nos mostra que tudo que cresce muito rápido, também termina rápido. O Reino de Deus é eterno sempre existiu e existirá. A humanidade é que se desviou dele, e precisou ser resgatada.



Estamos numa situação específica entre a implantação do Reino (como o fermento foi escondido na farinha) e a sua plenitude (toda a massa levedada).

Paulo explica na carta aos Romanos esta fase de transição:



Romanos 13:11-14 E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.12 Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz.13 Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes;14 mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.



Paulo afirma que nossa salvação está próxima, mas já não somos salvos? Sim, e não completamente. Sim porque Jesus nos resgatou, estamos lavados em Seu Sangue, contudo, ainda nos falta a consumação da salvação de nossas almas. Recebemos um adiantamento, um selo, uma garantia antecipada (penhor) do que ainda iremos receber, conforme:



2 Coríntios 1: 21-22 Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus,22 que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.



O Pr. Russel Shedd costuma dizer: “fomos salvos, estamos sendo salvos e seremos salvos”, para explicar a nosso condição atual. É um processo que continua a nos fortalecer e nos moldar até a segunda vinda de Jesus.



Continuando, Paulo fala que é noite alta e vem chegando o dia. Ainda está escuro (Jesus ainda não voltou), porém sabemos que cada vez mais estamos próximos do raiar do Dia do Senhor, e por isso devemos “acordar” (sermos salvos, nos arrependermos), e trocar nossas vestes para podermos ter liberdade durante o dia (estamos sendo salvos, estamos mudando nosso comportamento, deixando Deus mudar o nosso interior). Esta mudança de roupa significa deixar as obras das trevas e fazer as obras da luz com as armas corretas (Ef. 6:13-18). O auge deste texto é ordem imperativa para nos revestirmos do Senhor Jesus Cristo. Temos que imitá-lo, e buscar o crescimento até a Sua estatura (Ef. 4:13-14), e até a Sua mente (1 Co 2:16).



Nossa atitude no Reino

Para alcançarmos tudo o que Deus quer de nós, precisamos mudar nossas atitudes, nossas vestes. Vejamos com mais detalhes como isso ocorre.



Lucas 12:15-124 Ora, ouvindo tais palavras, um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado aquele que comer pão no reino de Deus.16 Ele, porém, respondeu:

Certo homem deu uma grande ceia e convidou muitos.17 À hora da ceia, enviou o seu servo para avisar aos convidados: Vinde, porque tudo já está preparado.18 Não obstante, todos, à uma, começaram a escusar-se. Disse o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me tenhas por escusado.19 Outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me tenhas por escusado.20 E outro disse: Casei-me e, por isso, não posso ir.21 Voltando o servo, tudo contou ao seu senhor. Então, irado, o dono da casa disse ao seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.22 Depois, lhe disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar.23 Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa.24 Porque vos declaro que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.



Esta parábola nos dá o verdadeiro contexto de nossa entrada no Reino. Originalmente não fomos convidados, mas porque os que “mereciam” rejeitaram o convite, Deus nos chamou para que participemos da Sua Ceia. Não haveria chances de entramos nesta festa, e por isso devemos valorizar o convite. Devemos nos comportar dignamente:



1 Coríntios 6:9-11 Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas,10 nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.11 Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.



Por este sentido, nós na verdade herdamos o Reino. A herança é a transferência de direitos sobre alguma coisa para alguém, quando o dono original morre. A morte de Jesus gerou uma herança que agora é nossa pelo Novo Testamento. O Testamento registra como esta herança deve ser transferida, e por isso é importante conhecermos as Escrituras, nelas estão as condições para exercermos os nossos direitos de herdeiros em Jesus Cristo.



1 Coríntios 15:50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

Não tínhamos condições de nos restaurar a nós mesmos, esta foi a obra de Deus por intermédio de Seu Filho Jesus Cristo. Contudo, agora que estamos justificados, a nossa atitude deve mudar. Jesus nos ensinou que devemos nos manter firmes no caminho estreito.



Lucas 13:23-30 E alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos?24 Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.25 Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois.26 Então, direis: Comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas.27 Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniqüidades.28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas, mas vós, lançados fora.29 Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e tomarão lugares à mesa no reino de Deus.30 Contudo, há últimos que virão a ser primeiros, e primeiros que serão últimos.



Aqui percebemos que existirão pessoas que tiveram perto da porta, poderiam ter entrado, mas ficaram do lado de fora.



Aplicação Prática: Entremos na porta estreita. Se estivermos com alguma coisa nos atrapalhando para entrarmos no Reino de Deus, devemos deixar de lado imediatamente. Não sabemos quando a porta será fechada. Devemos vigiar e nos preparar para o encontro com o nosso Noivo.



4) As boas obras

A maior parte do nosso esforço no Reino será a realização de boas obras. Muitos acham que as boas obras são caridades, esmolas, ajudas humanitárias. Estas são boas obras sim, devemos exercê-las, mas não achando que elas nos levarão para o céu. Quem nos prepara lugar no céu é Jesus. Então que boas obras são estas?



Mateus 5:16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.



São obras que glorificam ao Nosso Pai Celestial, preparadas de antemão:



Efésios 2:10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.



Além das boas obras de caridade feitas em sinceridade e amor, devemos buscar a vontade de Deus e fazê-la cumprir. Foi para isso que Jesus nos deu autoridade e poder:



Mateus 16:19 Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.



Lucas 10:19 Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.



Devemos nos alimentar da vontade de Deus!



João 4: 32-38 Porém ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.33 Então, os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém de comer?34 Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.36 E o que ceifa recebe galardão e ajunta fruto para a vida eterna, para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem.37 Porque nisso é verdadeiro o ditado: Um é o que semeia, e outro, o que ceifa.38 Eu vos enviei a ceifar o­nde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho..



Cada um de nós tem um papel na Grande Colheita por mais simples que seja, e realizar a vontade de Deus deve ser o que nos anima, motiva e alimenta.

Ninguém é mais importante que o outro (Mt 20:1-16), e também não devemos ter ciúmes se alguém no céu tiver uma posição melhor que a nossa, pelo contrário, devemos nos alegrar com a graça e a misericórdia de Deus.



1 Coríntios 3:7 De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.



Aplicação Prática: O Reino de Deus independe das aparências. Deus vem, em Jesus, como criança indefesa. Como mestre, Jesus anda pelos caminhos empoeirados da Galiléia. Seus seguidores eram pessoas simples: mulheres, idosos, doentes e pessoas marginalizadas como publicanos e pecadores. Mesmo assim, o Reino de Deus está presente na vida e obra de Jesus. Mesmo Jesus morrendo, tornou-se ele o nosso Senhor ressurreto.



Assim cumpriremos a Palavra de Deus que diz:



Salmo 110: 1 Disse o SENHOR ao meu senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.2 O SENHOR enviará de Sião o cetro do seu poder, dizendo: Domina entre os teus inimigos.

3 Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens. 4 O SENHOR jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

5 O Senhor, à tua direita, no dia da sua ira, esmagará os reis. 6 Ele julga entre as nações; enche-as de cadáveres; esmagará cabeças por toda a terra.7 De caminho, bebe na torrente e passa de cabeça erguida.



O Valor que devemos dar ao Reino.



Mateus 13: 44 O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.



Mateus 13: 45-46 O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas;46 e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.



5) Conclusão

Uma parábola de Jesus em Lucas resume e conclui o nosso estudo.



Lucas 19:11-27 Ouvindo eles estas coisas, Jesus propôs uma parábola, visto estar perto de Jerusalém e lhes parecer que o reino de Deus havia de manifestar-se imediatamente.12 Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino e voltar.

13 Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte.14 Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.15 Quando ele voltou, depois de haver tomado posse do reino, mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um teria conseguido.

16 Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez.17 Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades.18 Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco.19 A este disse: Terás autoridade sobre cinco cidades.

20 Veio, então, outro, dizendo: Eis aqui, senhor, a tua mina, que eu guardei embrulhada num lenço. 21 Pois tive medo de ti, que és homem rigoroso; tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste.22 Respondeu-lhe: Servo mau, por tua própria boca te condenarei. Sabias que eu sou homem rigoroso, que tiro o que não pus e ceifo o que não semeei;23 por que não puseste o meu dinheiro no banco? E, então, na minha vinda, o receberia com juros.

24 E disse aos que o assistiam: Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem as dez.25 Eles ponderaram: Senhor, ele já tem dez.26 Pois eu vos declaro: a todo o que tem dar-se-lhe-á; mas ao que não tem, o que tem lhe será tirado.27 Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença.



Nesta parábola a moeda (autoridade) representa o Reino, não negociar e multiplicá-la (ampliar a autoridade trazendo mais pessoas para o Reino) é esconder-se, negando o Reino de Jesus (o homem nobre).





A HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO

A HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO



Da criação do mundo ao nascimento de Jesus



A história do Novo Testamento começou muito tempo antes do nascimento de Jesus. Em realidade, só podemos entender bem muitos dos incidentes narrados no NT quando conhecemos esta longa história.

Ela começa com a criação do mundo – incluindo Adão e Eva. Havendo eles pecado e desobedecido à ordem de Deus, deteriorou-se o meio ambiente perfeito em que foram criados. E assim tem início a história da redenção humana, operada por Deus - que culminou na vida, morte e ressurreição de Jesus.

A história continua com Deus chamando a Abraão por volta do ano 2000 aC. Deus chamou Abraão para deixar o lar, dirigir-se a uma nova terra, e tornar-se o pai de “uma grande nação” (Gn 12.2-3) – Israel.

Num período de tempo relativamente curto, os descendentes de Abraão acharam-se no Egito. Logo o número desses descendentes tornou-se uma ameaça a faraó – o governante do Egito - e ele ordenou que fossem escravizados.

Foi nessa época que Moisés recebeu o chamado para tirar Israel da escravidão do Egito e conduzi-lo à terra Prometida de Canaã. Em seguida ao êxodo do Egito (cerca de 1450 aC) Israel recebeu a Lei – as leis e as instituições sociais que a nova nação devia observar, incluindo os Dez mandamentos. Recusando-se os temerosos israelitas a entrar na Terra Prometida conforme Deus ordenara, o Senhor os condenou a peregrinar no deserto, ao sul de Canaã, por mais de 40 anos.

Josué, sucessor de Moisés, foi quem introduziu Israel na Terra Prometida. Esta conquista se fez com violência (o livro de Josué conta a história). Após a morte de Josué, “ ...cada uma fazia o que achava mais reto” (Jz 21.25), e foi necessário que Deus suscitasse juízes. Eles chamaram o povo ao arrependimento e derrotaram os opressores de Israel (o livro de Juízes narra a história).

Saul foi o primeiro rei de Israel. Davi, seu sucessor, escolheu Jerusalém como capital, fazendo-a ao mesmo tempo o centro político e espiritual da nação. Salomão o sucedeu; este consolidou o reino recebido de seu pai e construiu o grande templo de Jerusalém. Conhecido por sua sabedoria, foi também um dirigente insensato; seu amor ao luxo, às mulheres bonitas e às alianças políticas, tiveram efeito desastroso pra a nação.

Após a morte de Salomão seguiu-se uma guerra civil sangrenta, e a nação dividiu-se em Israel ao norte e Judá ao Sul. Elas caíram na idolatria e no pecado, e Deus suscitou profetas – homens que declaravam a vontade do Senhor ao seu povo – para chamá-los ao arrependimento. Ambas as nações ignoraram as advertências dos profetas, e finalmente os inimigos destruíram ambas (Israel foi destruída pela Assíria em 723 aC e Judá pela Babilônia em 586 aC. Os seus dirigentes foram tomados cativos e enviados ao exílio).

Mais tarde, muitos descendentes dos exilados regressaram à Palestina. Um grupo retornou em 538 aC e reconstruiu o templo; outro voltou em 444 aC e reconstruiu os muros de Jerusalém sob a liderança de Esdras e Neemias. Israel voltou à velha prática do pecado e da indiferença; e com o término do Período do Antigo Testamento, ouvimos a voz do profeta Malaquias condenando os caminhos pecaminosos do povo.



Período Intertestamentário

Os 400 anos decorridos desde a profecia de Malaquias até à vinda de Cristo são conhecidos como Período Intertestamentário. Os livros de Macabeus, que descrevem a revolta macabéia e o caos na Palestina, e os escritos de Josefo, historiador do primeiro século da era cristã, são as principais fontes de informação sobre esse período.

O livro de Daniel deu uma visão prévia desses anos. Através dos olhos da profecia Daniel esboçou os principais acontecimentos políticos dessa época. Daniel viveu durante a ascensão da Babilônia como potência mundial. Ele viu o reino desaparecer e ser substituído pelo governo medo persa. Em sua visão profética Daniel viu, portanto, a ascensão de outras grandes forças que dominariam o período intermediário dos Testamentos: Alexandre, os Ptolomeus do Egito, os Selêucidas da Síria, os Macabeus e os Romanos.



a) O Último Período Persa ( até 331 aC).

O AT encerra-se com o Império Persa ainda no poder. Ciro havia permitido aos judeus voltar à terra para reconstruir o templo (538 aC). Ester, judia, havia ascendido à proeminência no palácio do rei persa (470 aC). Esdras (456 aC) e Neemias (443 aC) haviam voltado ao país e instituído reformas.

Nada aconteceu na Palestina de muito interesse internacional no restante do governo persa. O sumo sacerdote judeu governava o país e o ofício passou a ser altamente cobiçado. Ocorreram diversas disputas infames pelo posto. Numa ocasião um sumo sacerdote matou o irmão quando este buscava o posto para si. O governador persa ficou tão estarrecido por este ato que impôs uma pesada multa sobre a população.



b) O Período de Alexandre Magno (335-323 aC).

Ao governo persa seguiu-se a ascensão de Alexandre ao poder sobre um vasto império, incluindo a Palestina. Filipe da Macedônia, seu pai, havia estendido o governo sobre toda a Grécia e se preparava para uma grande guerra com a Pérsia, quando foi assassinado. Sucedeu-o seu filho Alexandre então com apenas 20 anos de idade, e dentro de pouco tempo acabou com o poder da Pérsia.

Em 335 aC Alexandre deu início a seu memorável reinado de doze anos. Depois de consolidar o governo em sua terra natal, ele rumou para o leste conquistando a Síria, a Palestina, o Egito e, finalmente, a própria Pérsia. Ele buscou conquistar terras mais ao leste, porém suas tropas se recusaram a faze-lo. Morreu na Babilônia em 323 aC. Em seus trinta e três anos de vida ele deixou um marco indelével na história.



c) A Era dos Ptolomeus (323-204 aC).

Ninguém sucedeu a Alexandre. Finalmente, quatro de seus generais dividiram o império. Dois deles, Ptolomeu e Seleuco I, envolver-se-iam no governo da Palestina.

Depois de algumas lutas entre esses generais, o Egito caiu nas mãos de Ptolomeu Sóter. A Palestina também foi acrescentada ao seu quinhão. No início ele foi duro com os judeus. Mais tarde ele os empregou em várias partes de seu reino, muitas vezes em altos postos.

Seu sucessor, Ptolomeu Filadelfo, foi um dos mais eminentes deles. Amável para com os judeus, promoveu as artes e desenvolveu o império em todos os aspectos. As Escrituras Hebraicas fora traduzidas para o grego durante o seu reinado na cidade egípcia de Alexandria. A Septuaginta, como se denominou essa versão, podia ser lida, em todo o império.

Com o passar do tempo, cresceram as rivalidades entre os reis do Egito (Ptolomeus) e os reis da Síria (Selêucidas). A rivalidade atingiu o clímax nos reinados de Ptolomeu Filópater (222-204 aC) e de Antíoco o Grande, da Síria (223-187 aC). Filópater venceu a Antíoco numa batalha nas proximidades de Gaza. Em sua volta da batalha, Filópater visitou Jerusalém e decidiu entra no Santo dos Santos no templo. Embora o sumo sacerdote tentasse dissuadi-lo, ele fez a tentativa. Relata Josefo que ao aproximar-se do Santo Lugar, foi tomado de tal terror que saiu do templo.

Visto que os judeus lhe faziam oposição, Filópaper retirou-lhes os privilégios, multou-os, e começou a persegui-los. Capturando em Alexandria todos os judeus que pôde, trancafiou-nos num hipódromo cheio de elefantes embriagados. Esperava que os elefantes caíssem sobre os judeus, esmagando-os. Não foi o que aconteceu. Enfurecidos, os elefantes escaparam, matando muitos dos espectadores. Filópater interpretou isso como um sinal de Deus a favor dos judeus e parou de persegui-los. Ao morrer, em 204 aC, sucedeu-o seu filho Ptolomeu Epifânio, com apenas cinco anos de idade. Antíoco o Grande, da Síria, aproveitou a oportunidade para arrebatar do Egito o controle da Palestina.



d) O Período Sírio (204-166 aC)

Os egípcios enviaram uma embaixada a Roma pedindo-lhe ajuda contra Antíoco. Acedendo ao pedido, Roma mandou um exército, que a principio não obteve êxito. Finalmente, porém, eles obrigaram Antíoco a evacuar toda a região ao ocidente e ao norte das montanhas do Taurus. Numa incursão ao oriente para financiar a guerra, Antíoco foi morto pelos habitantes da província de Elimais enquanto saqueava um templo de Júpiter.

O reinado de seu sucessor Seleuco Filópater não apresentou nenhum fato de relevo. Mas com a ascensão de Antíoco Epifânio (“a manifestação de Deus”), teve início uma das mais sombrias épocas da história judaica.

Onias, exercia o sacerdócio em Jerusalém quando Epifânio começou a reinar. Visto que os gregos desejavam helenizar os judeus, Epifânio vendeu o cargo de sumo sacerdote ao irmão de Onias, por trezentos e sessenta talentos. Onias fugiu da cidade. O usurpador mudou de nome; de Jesus passou a chamar-se Jasão, colaborando dessa maneira com Antíoco em seu esforço de impor a cultura e religião grega aos judeus. Os velhos costumes hebreus e suas práticas religiosas foram desestimulados; judeus foram enviados a Tiro a fim de tomar parte nos jogos em homenagem ao deus pagão Hércules, e em seu altar eram oferecidos sacrifícios. Finalmente, Menelau, outro irmão, fez oferta maior que a de Jasão pelo sacerdócio e intensificou o ataque ao judaísmo.

Com a ida de Antíoco Epifânio ao Egito para sufocar o levante, correu o boato de que ele fora morto e os judeus começaram a celebrar o fato com grande alegria. Sabedor disso, ele voltou a Jerusalém, sitiou e tomou a cidade, e massacrou quarenta mil judeus. Para mostrar seu desprezo pela religião judaica, entrou no Santo dos Santos, sacrificou uma porca sobre o altar, e espargiu o sangue sobre o edifício. Por sua ordem o templo passou a ser templo do Zeus Olímpio; proibiram-se culto e os sacrifícios judaicos que foram substituídos pelos ritos pagãos. Proibiu-se a circuncisão, e a mera posse de uma cópia da Lei se tornou ofensa punível com a morte.

Os judeus resistiram. Um homem chamado Eleazar, idoso escriba de elevada posição, foi morto porque se recusou a comer carne de porco. Um após outro, a mãe e seus sete filhos tiveram a língua cortada, os dedos das mãos e dos pés amputados, e lançados num tacho fervente. Um grupo de resistentes, em número aproximado de mil pessoas, foi atacado no sábado. Recusando-se a quebrar as proibições sabáticas, foram mortos sem luta.

Uma família de classe sacerdotal, chamada asmoneus, resistiu vigorosamente aos éditos. Quando os emissários da Síria tentaram fazer cumprir os decretos de Epifânio, Matatias, pai da família chamada macabeus, recusou-se a adorar os deuses pagãos. Havendo-se apresentado outro cidadão para oferecer sacrifício no altar aos deuses pagãos. Matatias matou-o então ele conduziu um bando à região desértica onde Davi havia, por tantos anos, eludido a Saul.

Aos poucos cresceu o número dos que se puseram ao lado dos macabeus. Os Sírios laçaram três campanhas contra esses fiéis judeus, uma pelo próprio Antíoco Epifânio; mas nenhuma teve êxito. Algum tempo depois morreu Epifânio e irrompeu a guerra civil. Judas Macabeu, que sucedera a seu pai Matatias, estendeu seu controle sobre grande parte da palestina, incluindo partes de Jerusalém. Três anos após o dia de sua profanação, o templo foi purificado e os sírios estabeleceram a paz com os judeus.



e) A Era Macabéia (166-37 aC)

Judas Macabeu não gozou de paz por muito tempo, e sem mais delongas apelou para os romanos, pedindo assistência contra a Síria. Judas morreu em combate antes de chegar ajuda, seu irmão Jônatas tomou-lhe o lugar. Por causa da fraqueza da Síria, Jônatas tornou-se o comandante da Judéia. Ao morrer foi sucedido por outro irmão, Simão, que também apelou para Roma em busca de socorro. Os romanos fizeram Simão governador da Judéia, e seu trono passou a ser hereditário.

Por esse tempo os partidos dos fariseus e dos saduceus eram rivais. Simão teve como sucessor seu filho João Hircano, que primeiro se filiou a uma e depois a outra das seitas oponentes. Não demorou o estouro da guerra civil quando seus dois netos, Hircano e Aristóbulo, lutavam pelo trono vago por sua morte. Os romanos preferiram Hircano, e Pompeu, general romano, tomou Jerusalém de Aristóbulo.

Os cercos, as batalhas, os homicídios e os massacres que se seguiram marcam um período de turbulência na história judaica. Embora presenteados com a oportunidade de restaurar Israel e uma posição de grande poder e influência, desperdiçaram-na com lutas entre famílias.



f) A Dominação Romana (37 aC até o período do NT)

Pompeu, Crasso e Júlio César reinaram sobre Roma como o primeiro triunvirato, mas Júlio César logo se tornou o governador único. Ele recolocou Hircano no trono em Jerusalém e nomeou a Antípatro, cidadão da Iduméia, como proucurador sob as ordens de Hircano. Os dois filhos de Antípatro, Faselo e Herodes tornaram-se governadores da Judéia e da Galiléia. No ano seguinte Antípatro foi envenenado; três anos mais tarde Júlio César foi assassinado em Roma.

Um novo triunvirato - Otávio (sobrinho de César), Marco Antonio e Lépido - passou a governar Roma. Antonio governava a Síria e o Oriente. Favoreceu a Herodes, e esta amizade levou essa família edomita à ascensão ao poder. Herodes casou-se com Mariana, neta de Hircano, e tornou-se parte da família macabéia.

Mais ou menos por esse tempo surgiu um novo distúrbio no país. Antígono, filho de Aristóbulo, conquistou sucesso passageiro ao cortar as orelhas de Hircano, o sumo sacerdote, impossibilitando-o de exercer o ofício. Na luta seguinte Herodes foi pressionado por Antígono, e teve de fugir para a fortaleza chamada Masada em busca de segurança. Depois ele foi a Roma, descreveu aos romanos a desordem dominante, e foi nomeado rei. Antígono foi morto, e isso acabou para sempre com o governo dos macabeus ou asmoneus.

Pouco tempo depois do suicídio de Antonio no Egito, Herodes estendeu seu poder na Judéia. Vivia sob o pavor de que um descendente dos macabeus subisse em poder para tomar-lhe o trono. Tendo Aristóbulo, irmão de Mariana, sido nomeado sumo sacerdote, sua popularidade fez com que Herodes mandasse afogá-lo. Mariana ficou enfurecida, e Herodes mandou executá-la. Nos anos seguintes ele tornou-se cada vez mais vingativo, e seus atos sangrentos provocaram a ira dos judeus. Para acalmar a hostilidade dos Judeus, ele deu início a um programa de obras públicas. Seu principal empreendimento foi a reconstrução do templo.

Mas com isso não terminaram os problemas de Herodes, nem os da nação. Ele estava cercado por um grupo de homens que exploravam sua paranóia. Seus dois filhos, à semelhança de sua mãe Mariana, vítima da ira paterna, forma estrangulados. Em certa ocasião um grande número de fariseus tiveram o mesmo destino. Outros atos igualmente sangrentos continuaram durante o seu reinado. Perto do fim da vida, esse governante dominado pelo medo ordenou o massacre dos infantes em Belém quando nasceu Jesus, o rival Rei dos judeus.



A HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO II



Os governantes. Período 4 aC a 70 dC

Os romanos permaneceram como governantes supremos da Palestina durante os tempos do Novo Testamento. A família de Herodes, juntamente com os procuradores romanos nomeados, governava sob a autoridade de Roma.

O Novo Testamento inicia-se com o nascimento de Jesus. Herodes o Grande era rei, mas seu governo aproximava-se do fim. Os últimos anos de seu reinado foram cheios de conspiração e contra conspiração enquanto os membros de sua família disputava o poder. Poucos antes do nascimento de Jesus ele havia executado os dois filhos que tivera com Mariana. Outro filho, Antípatro, conspirou contra Herodes e foi executado apenas cinco dias antes da morte do pai, no ano 4 aC. Para os romanos Herodes foi um rei vassalo digno de confiança e capaz, mas para os judeus ele foi um tirano egoísta.



Sucederam-no seus filhos. Arquelau (4aC - 6 dC) governou na Judéia. O menos estimado dos filhos de Herodes, ele foi cruel e despótico. As queixas dos Judeus contra ele finalmente o levaram ao exílio.



Herodes Antipas (4 aC - 39 dC) foi nomeado tetrarca da Galiléia e da Peréia. Este orgulhoso e hábil governante foi menos brutal que Arquelau, mas assassinou João Batista que denunciara seu casamento com Herodias. Favorecido pelo imperador romano Tibério (14 - 37 dC), foi exilado no ano 39 dC por ordem de Calígula (37 - 41 dC).



Filipe (4 aC - 34 dC), terceiro filho de Herodes, foi tetrarca das regiões da Ituréia e Traconites (Lc 3.1). Filipe parece ter sido um governante relativamente justo e benevolente. Sua capital era Cesaréia de Filipe (Mt 16.13; Mc 8.27), e as moedas que ele cunhou foram as primeiras moedas judaicas a trazer a efígie humana (a de Augusto ou de Tibério). Morreu no ano 34 dC e seu território foi afinal acrescentado ao de Herodes Agripa I.

Após o exílio de Arquelau, sua tetrarquia (Judéia, Samaria e Iduméia) foi governada por procuradores romanos (6 - 41 dC) Quirino, governador da Síria, chegou à Judéia no ano 6 dC a fim de alistar o povo para efeitos de tributação. Este ato provocou os patriotas da Judéia, mas as autoridades judaicas os acalmaram por algum tempo. Contudo, Judas, o galileu, liderou o povo na revolta contra os romanos e contra Herodes. Logo foi morto (At 5.37) é possível que seus seguidores constituíssem o partido dos Zelotes (Lc 6.15; At 1.13).

Os procuradores da Judéia eram diretamente responsáveis perante Roma. Morando em Cesaréia, eles vinham a Jerusalém em ocasiões especiais, como as festas anuais. Augusto dava aos seus procuradores prazos curtos, mas Tibério os deixava no cargo por mais tempo, para que o povo não fosse explorado com tanta freqüência pelos recém-chegados. Pilatos foi o quinto procurador e também o mais conhecido por causa da crucificação de Jesus. Governante inflexível e severo, ele foi brutal para os judeus. Seu massacre sem justificativa dos adoradores samaritanos e outras execuções causaram-lhe a queda em 36 dC.



Herodes Agripa I alcançou a proeminência em 37-44 dC e despojou os procuradores de seus poderes. Como herdeiro da família dos macabeus, ou asmoneus, e em virtude de sua observância da Lei, ele era estimado entre os fariseus. Esta estima ou popularidade era por sua hostilidade aos cristãos (At 12). Morreu repentinamente no ano de 44 dC, e seu reino voltou a ser governado pelos procuradores. As condições pioraram sob os procuradores até que precipitaram a rebelião judaica contra o governo romano em 66-70 dC.

Fadus (44-46 dC) Cometeu o engano de reclamar a custódia das vestes dos sumos sacerdotes, o que resultou num breve levante. As vestes estiveram nas mãos dos romanos desde 6-36 dC, mas haviam estado nas mãos dos judeus desde 36 dC até o tempo de Fadus.

Alexandre (46-48 dC) Crucificou os dois filhos de Judas, o galileu, Tiago e Simão, por se haverem rebelado.



Cumanus (48-52 dC) Governou uma era até mais tumultuosa. Havendo um soldado romano feito um gesto indecente durante a Páscoa, irromperam levantes e diversas pessoas foram mortas. Noutra ocasião, um soldado fez em pedaços um rolo da Lei e Cumanus foi obrigado a executá-lo depois que uma multidão de judeus chegou a Cesaréia para protestar. Tais incidentes levaram-no, afinal ao exílio.



Félix (52-60 dC) Era francamente hostil aos judeus, e suas ações finalmente degeneraram em guerra. Suas drásticas providências para frear os zelotes, um grupo de patriotas judeus favoráveis à guerra contra os romanos, não fizeram outra coisa senão aumentar a popularidade do grupo entre o povo. Foi dentre eles que surgiram os sicários, ou assassinos. Esses judeus fanáticos assassinaram muita gente, incluindo o sumo sacerdote Jônatas. O Método de Félix de governar pelo terror e assassínio uniu os fanáticos com as massas e isto fez com que fosse chamado de volta a Roma.



Festo (60-62 dC) Herdou uma situação descontrolada. Ele tentou pacificar o interior, a zona rural, mas o fervor dos fanáticos religiosos e políticos crescia. Festo morreu durante seu mandato, e em Jerusalém a anarquia predominou por completo. Foi nessa ocasião que mataram Tiago, irmão de Jesus. Levantaram-se sumos sacerdotes rivais, competindo pela autoridade; e seus adeptos travaram batalhas campais nas ruas.



Albino (62-64 dC) Quando ele chegou a Jerusalém, deliberadamente agravou o problema para promover-se a si próprio em vez de tentar restaurar a ordem. Prendeu muitos, mas pôs em liberdade os que lhe dessem suborno bastante grande.



Floro ( 64-66 dC) Relata Josefo que o sucessor de Albino, era tão mau e violento que fazia Albino parecer um benfeitor público. Floro saqueava cidades inteiras. Permitia aos ladrões que pagassem suborno para o livre exercício de sua profissão. Por conseguinte, a nação judaica caiu numa situação intolerável. Desde 68 até 70 dC eles travaram uma guerra heróica que terminou em trágica derrota em 70 dC, quando a cidade e o templo foram invadidos e destruídos.



HISTÓRIA DO CASAMENTO

Ritual vem de Roma



Mas foi na Inglaterra que a rainha Vitória, ousada para o seu tempo, inaugurou o casamento por amor e de branco.



A cerimonia de casamento, com noiva e culto religioso, nasceu na Roma antiga. Não se sabe ao certo em que ano, mas vêm de lá as primeiras notícias de mulheres vestirem-se especialmente para a ocasião. Prendiam flores brancas (símbolo de felicidade e longa vida) e ramos de espinheiro (afasta os maus espíritos) aos cabelos, além de se perfumarem com ervas aromáticas. Virou tradição. Desde então, o figurino da noiva ganhou novos símbolos, entre eles o véu, uma referência à deusa Vesta (da honestidade), que na mitologia greco-romana era a protetora do lar. Não é por acaso que a cerimônia de casamento tenha nascido em Roma. Avançados para sua época, foram os romanos os primeiros a propor uma união "de direito", instituindo a monogamia e a liberdade da noiva se casar espontaneamente, diante de juízes, testemunhas e com as garantias da lei.



Durante a Idade Média, as mulheres perderam terreno e escolher o noivo passou a ser uma questão de família. O casamento da época era decidido quando a menina tinha entre três e cinco anos. Neste período, o noivado tornou-se mais importante reunindo na igreja, além dos noivos, pais e convidados para troca de alianças em ofício religioso. Um embrião dos casamentos atuais.



Na era medieval, o vermelho foi a cor nupcial preferida. Simbolizava "sangue novo" para a continuação da família e numa celebração acompanhada de muito ouro. Parecido aos dias de hoje em que a suntuosidade indica o poder da família. Mas foi uma rainha, de nome Vitória, que na Inglaterra inaugurou o primeiro visual noiva, tal qual o de hoje. Apaixonada pelo primo, o príncipe Albert de Saxe-Cobourg-Gotha, ela tomou a iniciativa de pedi-lo em casamento (o protocolo de época dizia que ninguém poderia fazer tal pedido a uma rainha). Ele aceitou. Foi a primeira vez que se teve notícias de alguém casar por amor. Vitória foi mais ousada: acrescentou ao seu traje nupcial algo proibido para uma rainha da época - um véu (para provar sua identidade, em público, a soberana jamais se cobria). Nascia aí um costume que atravessaria o tempo e daria a Vitória o reconhecimento de trazer para a nossa época o amor, como sentimento básico para unir um homem e uma mulher. Com a chegada de uma nova classe social - a dos burgueses -, cria-se um código para sinalizar quando a mulher era virgem: casar de branco. Era a garantia ao futuro marido de sua descendência, já que a virgindade significava a legitimidade da prole.



O quadro "Retrato de Casamento", de Jan Van Eyck, mostra um jovem casal em sua câmara nupcial. No espelho ao fundo, nota-se o reflexo de duas pessoas, supostamente testemunhas. Uma delas atribui-se ser o próprio pintor. O quadro data de 1434 e é objeto de estudos há várias gerações. Faz parte hoje do acervo da The National Gallery, de Londres, Inglaterra.



SERMÃO PARA CASAMENTO



JOÃO 2:1-11



Finalmente chegou o dia tão esperado. Depois de tantos preparativos e planos enfim estamos aqui reunidos para celebrar a união do casal, _________ e _________. Presentes estão vários familiares, parentes, amigos e amigas, convidados pela casal para juntos festejarmos este casamento. O casal também estendeu seu convite à Jesus, para que em Cristo Deus possa abençoar a caminhada deste casal na festa da vida.



Eu disse ao casal –aliás prometi – que o sermão seria curto. E pretendo cumprir com minha palavra . . . Vocês são tão queridos e me alegro que tenham encontrado um ao outro. Quero compartilhar com vocês e todos os demais convidados e convidadas uma breve meditação na história do casamento em Canaã. Esta história provavelmente é bem conhecida por muitas pessoas presentes aqui mas creio que vale a pena contá-la de novo.



É dia de festa no vilarejo de Canaã. Moradores da vila se reúnem em torno de duas famílias para celebrar a união de um novo casal. Jesus, sua mãe e seus discípulos são convidados para participar das festividades. Naqueles tempos uma festa de casamento podia durar uma semana, sete dias de alegria e comemoração. Nesta ocasião, faltar comida ou vinho durante a festa é um pesadelo para a família anfitriã. Pior somente seria um dos noivos não vir à festa de casamento.



Mas a tragédia entrou nesta festa sem ser convidada. O vinho, que corria abundante sobre os copos dos convidados e convidadas, sem dar aviso prévio, terminou. Maria, mãe de Jesus, percebe a seriedade da situação. "Eles não tem mais vinho" diz ela a Jesus. Não há mais bebida para entreter os convidados. A reputação da família está em jogo, a posição destas pessoas dentro de sua comunidade podia ser arruinada, esta infelicidade ficaria por longos anos na memória dos habitantes da vila de Canaã.



Jesus, também ele um convidado, inicialmente parece indiferente à desgraça que está por cair sobre estas famílias. "Que queres de mim, mulher?," responde Jesus ao pedido de sua mãe. "Minha hora ainda não chegou." Mas Maria insiste certa de que Jesus pode fazer algo para mudar esta situação. E assim é a fé em Jesus, pois a fé reconhece que em Cristo existe renovação, transformação, novas possibilidades. "Façam tudo o que ele lhes mandar," diz Maria aos empregados da festa.



Jesus ordena que os jarros de pedra sejam preenchidos com água, preenchidos até à borda. Então Jesus, o Senhor da criação, sem levantar sequer um dedo, sem grande rebuliço ou espetáculo, realiza o milagre. O encarregado da festa está tão admirado com a qualidade do vinho que ele comenta ao noivo, "todos servem primeiro o vinho bom, e quando este termina, servem o inferior; mas você guardou o melhor vinho até agora."



Que presente de casamento Jesus oferece a este casal e suas famílias. Onde poderia haver desgraça, Jesus traz alegria. No iminente desastre, Jesus converte a tragédia em celebração. O melhor presente de casamento que este casal recebeu foi sem dúvida convidar Jesus para a festa. O melhor presente de casamento que vocês, _________ e _______, recebem hoje, é convidar Jesus para fazer parte de seu casamento.O melhor presente que qualquer um de nós aqui, casados ou solteiros e solteiras, o melhor presente que todos nós recebemos é convidar Jesus para ser o nosso companheiro na festa da vida.



Mas espere um momento, Jesus no início é o convidado, mas ao longo da festa, Jesus reverte seu papel. De convidado Jesus se torna anfitrião, de mais um rosto no meio da multidão, Jesus se torna a figura principal. Ele é quem promove o banquete. É ele quem distribui com abundância a comida e a bebida. É ele quem converte nosso desespero em esperança. Jesus é a luz que brilha no meio de nossa escuridão. Jesus compartilha seu perdão para nossos pecados. É ele a sabedoria no meio de nossa confusão, a coragem no meio da fraqueza. Como um fonte de água abundante, Jesus sacia nossa sede pela graça e o amor de Deus. Jesus inverte o seu papel e as nossas expectativas. Jesus de convidado vira anfitrião.



E quanto a você e eu, de anfitrião viramos convidados e convidadas para o banquete de Deus. Ao longo da festa da vida, quando a tragédia bate em nossas casas sem ser convidada, quando nós falhamos e magoamos as pessoas ao nosso redor, quando você estiver tropeçando na escuridão e desespero, Jesus estende a mesa e te convida: venha aqui saciar tua fome pelo perdão e amor de Deus, eu, Jesus, sou o Senhor da ressurreição, em mim existe sempre renovação, transformação e novas possibilidades. Pois eu te amo, as muita águas não poderiam apagar o meu amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa em troca de ti, seria de todo desprezado. Eu, o anfitrião do banquete de Deus, te amo.



Que a graça e o amor de Deus brilhe na festa da vida de cada um de nós desde agora e para sempre. Amem.







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O Período Interbíblico





O que a Bíblia diz Sobre o Perdão de Deus





Os Livros Apócrifos do Antigo Testamento





Outras Histórias do Novo Testamento





Parábolas e Ensinos de Jesus





Pequeno Relato dos Livros





Período Interbíblico





Período Interbíblico II





Por que só a Bíblia





Traduções Errôneas da Bíblia dos TJ's





Versões da Bíblia





Versões Modernas da Bíblia

EVANGELISMO E MISSÕES NO SÉCULO XXI

EVANGELISMO E MISSÕES NO SÉCULO XXI




EVANGELISMO PESSOAL



Como já temos visto, evangelizar é tarefa para todos os cristãos. Vimos também que evangelizar é compartilhar o Evangelho do Reino: a possibilidade do ser humano colocar-se debaixo do governo de Deus, através da vida, morte e ressurreição de Cristo.

Também já estudamos que o objetivo do evangelismo é o DISCIPULADO. Ninguém melhor para nos ensinar sobre como evangelizar do que o próprio Senhor. Vamos estudar João 4 e aprender os princípios do evangelismo pessoal.

Aprendendo com Jesus os Princípios do Evangelismo Pessoal:

Jesus nos deixou um maravilhoso exemplo de como evangelizar através do seu encontro com a mulher samaritana (João 4:1-29).



1º) IR ATÉ ELES (vs. 3 a 7)

O método que muitos crentes utilizam (e também Igrejas) é o de esperar que os não crentes venham até nós. Observe que Jesus não esperou que aquela samaritana fosse procurá-lo em Jerusalém, ou mesmo em Cafarnaum, na Galiléia. O texto bíblico conta que Ele foi até Sicar, junto a um poço aberto pelo patriarca Jacó, e que ficou ali descansando (acredito que Ele esperasse pela mulher) por volta do meio dia - o horário mais quente e menos provável de alguém “normal” buscar água no poço.

Lembremos da Grande Comissão: “Ide” (Mt 28:19).

Em Romanos 10:17, o apóstolo Paulo afirma: “A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo”. Nos versos 14 e 15 ele raciocina logicamente: “Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?”. É óbvio que o primeiro passo para levar um pecador a Jesus é ir até ele com a palavra!

Leia os seguintes textos e observe este passo no ministério de Jesus: Mt 9:23-26; Lc 5:30-31; 7:37-39; 11:37-39; 19:5-6.



2º) INTERESSAR-SE POR ELES (vs. 6 a 9)

Aprendemos com Jesus que temos que nos interessar pelos outros se quisermos que eles se interessem pelo que temos a falar. A narrativa bíblica nos mostra o interesse de Jesus em auxiliar a samaritana.

O sentimento que nos leva ao interesse pela pessoa que não conhece o Evangelho é a compaixão. Na Parábola do Bom Samaritano, em Lucas 10:25-37, Jesus deixa claro aos seus discípulos que eles deveriam demonstrar compaixão para quem quer que precisasse de seu auxílio.

Os Evangelhos relatam em diversas passagens a compaixão do Senhor, necessária para nos dispormos a levar as boas novas a alguém:



a) Em Mt 9:27, dois cegos clamar a Jesus: “Tem compaixão de nós, Filho de Davi!”;



b) Em Mt 9:35 e 36: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando toda sorte de enfermidades.Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor.”



c) Em Mt 14:14: “E ele, ao desembarcar, viu uma grande multidão; e compadecendo-se dela, curou os seus enfermos” (quando da 1a. multiplicação dos pães).



d) Em Mt 15: 30-32, Jesus demonstra sua compaixão na 2a. multiplicação dos pães: “Jesus chamou os seus discípulos e disse: tenho compaixão da multidão...” (v. 32).



e) Em Mt 20:30-34, Jesus sentiu compaixão pelos cegos: “E Jesus, movido de compaixão, tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperaram a vista, e o seguiram.” (v. 34).



f) Em Lc 7:11-14, Jesus compadeceu-se da viúva de Naim: “logo que o Senhor a viu, encheu-se de compaixão por ela, e disse-lhe: não chores.” (v. 13).



3º) DESPERTAR A CURIOSIDADE DELES (vs. 7 a 9)

Jesus fez um simples pedido à samaritana: dá-me de beber. Entretanto, este pedido causou uma reação na mulher: “como você, sendo um judeu, pede água para mim, samaritana?”. O fato de judeus e samaritanos serem inimigos provocou esta reação. Porém, Jesus era diferente e a mulher interessou-se em saber o por que. Se nós agirmos da mesma maneira que o mundo, não despertaremos a curiosidade de ninguém para o que temos a oferecer.



As diferenças que o mundo precisa enxergar em nós:

a) a nossa união, como Corpo de Cristo: Jo 17:21

b) as boas obras que glorifiquem a Deus: Mt 5:13-16

c) a vida irrepreensível de um legítimo filho de Deus: Fp 2:14 e 15

d) uma fé que subsista aos olhares mais atentos: II Rs 4:9, Dn 6:3 e 4



Uma boa técnica para despertar a curiosidade é a da PERGUNTA estratégica:

i) Se o seu coração parasse de bater agora, para onde iria sua alma?

ii) Se você morrese, sua alma chegasse à porta do céu e lá um anjo lhe perguntasse: “Por que deveria eu deixá-lo entrar no céu?”. O que você responderia?

iii) Você sabe quantas religiões existem no mundo? Já lhe informaram de que, na verdade, só existem duas?



4º) DAR A PALAVRA CERTA NO TEMPO OPORTUNO

Apesar do interesse e curiosidade demonstrados pela mulher samaritana, Jesus trabalhou com ela com calma. A mulher estava envolvida na atividade de retirar água do poço e Jesus levou-a a interessar-se pela água viva (v. 10). Jesus mostrou-lhe que conhecia fatos acerca da vida dela (vs. 16-18) e a samaritana pensou que ele fosse um profeta. A mulher queria saber onde deveria adorar a Deus: em Gerizim ou em Jerusalém (v. 20). Jesus ensinou-lhe que Deus procura quem o adore em espírito e em verdade (vs. 23 e 24). Foi neste ponto que a mulher lembrou-se da promessa do Messias e que Jesus revelou-se como o Salvador prometido (v. 25 e 26).

O segredo para apresentar a PALAVRA CERTA no tempo oportuno é o trabalho na dependência do ESPÍRITO SANTO. Já vimos no “módulo 1” acerca da obra que o Espírito Santo faz, nos capacitando com poder, autoridade e sabedoria para evangelizar (At 1:8, Mt 10:19 e 20).

Para cada tipo de pessoa há uma maneira melhor de apresentar o Evangelho:

a) a pescadores: “Eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4:19).

b) a pessoas acostumadas à vida agrícola: o semeador (Mt 13:1), o joio e o trigo (Mt 13:24), os lavradores maus (Mt 21:33).

c) a apreciadores de esportes: I Co 9:24-27.

d) a conhecedores da vida pastoril: Jo 10:7

e) a familiarizados à rotina militar: Ef 6:10-17



5º) NÃO CONDENAR

Evangelizar não é se fazer juiz de alguém. O próprio Jesus não condenou a mulher samaritana - Ele falou do seu pecado, lembrando-lhe de seus cinco maridos. Ela mesma sentiu sua condenação. Em João 8:11, podemos observar a palavra que Jesus deu à mulher surpreendida em adultério: “Nem eu te condeno; vai-te e não peques mais”.

Condenar uma pessoa pelos seus maus feitos serve, muitas vezes, para fechar a porta de oportunidade para evangelizá-la. Lembremos que ser cristão é muito mais do que seguir regras como “não fumar” e “não beber”.

Lembre-se que quem convence a pessoa de seu pecado, da justiça de Deus e do juízo é o próprio Espírito Santo de Deus! (Jo 16:8).



EVANGELISMO

EVANGELISMO




PARTE 1 - “MOTIVOS E AUTORIZAÇÃO"



O Senhor Jesus é o motivo supremo e também e a Autoridade que nos manda pescar homens para Ele. Ele é o Mestre por excelência, e o exemplo na arte de fazê-lo.

Ele promete êxito na tarefa, se cumprimos a condição de O seguirmos.( Mt.4:19. ) Deve ficar claro, também, que o êxito na incumbência de evangelizar não significa exatamente que se converta casa pessoas a quem se fale.

Isto não aconteceu nem com o Senhor Jesus, quando esteve corporalmente entre nós na terra (Mt.19:16-22).

O mesmo pode se dizer dos Apóstolos (At.17:5, 32; At. 19:9), são exemplos de momentos em que a Palavra levada pelos Apóstolos não foi aceita pelos seus ouvintes.

Porém, cada ser humano que houve a Palavra de Deus , que é evangelizado, há de serntir-se responsável pela sua reação, não perante quem lhe prega o evangelho, mas diante de Deus (IICo. 5:17-21).

Testificar aos homens, apresentando-lhes as verdades do Evangelho ou Boas Novas a cerca de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria e responsabilidade de cada cristão.



POR QUÊ EVANGELIZAR?



1 - PARA A GLÓRIA DE DEUS (ICo. 10:31)



Como em todas as coisas que fazemos em nossas vidas.



2 - PELA GRATIDÃO A DEUS - Por Sua Graça ao salvar-nos , e o reconhecimento por suas bênçãos.



3 - O AMOR A DEUS - O nosso amor a Deus.



Então, recapitulando... são três os motivos que nos constituem a força que nos impulsiona a evangelizar: A GLÓRIA DE DEUS, A GRATIDÃO A DEUS e O AMOR A DEUS.



Há também motivos que são secundários em relação a estes.



MOTIVOS SECUNDÁRIOS:



o amor às almas,

o amor de Deus à humanidade,

a condição do homem no pecado

a alegria de quem prega

a alegria dos anjos ao ver uma alma arrependida

a necessidade de mudar o destino eterno do homem.



Porém, a razão maior para evangelizar, deve ser a GLÓRIA DE DEUS, embora não devamos negar os outros motivos como legítimos e poderosos. Todos têm seu lugar.



MOTIVOS INDIGNOS



HÁ UM LADO NEGATIVO - o evangelizar por impulsos, diferentes dos que levam à GLÓRIA DE DEUS.



O negativo, acontece quando em realidade o que nos move a falar é o orgulho e o desejo de ganhar uma glória pessoal.

Pode ser natural que o cristão queira ser reconhecido como um ganhador de almas.

Porém, de uma forma sobre natural ele pode vencer esta inclinação vaidosa e trabalhar unicamente para a GLÓRIA DE DEUS - pois esse é o motivo central da evangelização.



ERROS QUE DEVEMOS EVITAR



Um engano que se pode cometer, na evangelização e: falar a uma pessoa acerca da sua relação para com o Senhor Jesus e o perigo da sua perdição, e se não se consegue convencê-la, utilizar de esforços humanos até afastá-la definitivamente, em vez de ganhá-la.

É um erro também a tentação de ficar satisfeito com uma concordância superficial em vez de conseguir-se uma decisão genuína.

É fácial confundir um aparente convencimento humano com uma convicção de um a conversão operada pelo Espírito Santo.



O OBREIRO É SERVO E EMBAIXADOR



Nós somos servos e sacerdotes, embaixadores pessoais do Reino de Deus... mas estes títulos de honra têm a ver especialmente com nossa relação com Deus... não com os homens.

Em Apocalipse 3:20, e IICoríntios 4:5, nosso Senhor é apresentado fora da porta do coração de cada pessoa incrédula, batendo e solicitando entrada.

O próprio homem tem que resolver se abra a porta e Lhe dá entrada, ou não. O Senhor Jesus não força a porta, nem nada pede mediante violência. Simplesmente explica qual é a consequência da recusa ou aceitação - mais nada.

Somos nós que levamos as informações acerca de Jesus Cristo para a alma perdida. Em IICo.4:5, está escrito que não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo como Senhor.



Que espécie de testemunho damos à cerca de Jesus?



Louvamos a ele devidamente? Ou estamos descrevendo-O, amenas, como fez o servo, na parábola de Mateus 25:24?

André disse a Pedro estas simples palavras: "Achamos o Messias", que foram suficientes para levá-lo a Cristo. Felipe fez semelhante com Natanael, dando apenas um pouco mais de explicações acerca de Jesus e convidou-o a vir ver por si mesmo, e ele o fez - Jo.1:45-46.

Mas no Velho Testamento temos um exemplo de como alguém pode dar um mal testemunho a respeito do Senhor!

O Rei Ezequias não testemunhou a respeito dos prodígios de Deus, quando os mensageiros de Babilônia foram a Jerusalém com o propósito de saber como era possível que uma Nação tão pequena tivesse obtido êxito sobre o grande exército dos Assírios.

Por seu orgulho, Ezequias eclipsou o amor de Deus ao invés de dar a Glória que Lhe era devida, ele limitou-se a mostrar a casa do seu tesouro. A prata, o ouro, as especiarias... por orgulho pessoal.

Ezequias glorificou-se a si mesmo em vez de render suas homenagens ao seu Senhor... por isso Ezequias foi severamente castigado. (IICr.32:31; IIReis. 20: 12-19).



A VONTADE DIVINA



O Nome do Pai não é glorificado no coração do incrédulo, nem ali Deus reina, fazendo Sua vontade... mas quando uma pessoa se arrepende e confia em Jesus, as coisa logo mudam.

Então aquele que era incrédulo passa a reconhecer Deus como Pai. O seu coração torna-se o trono em que Cristo reina; e o convertido passa a fazer a vontade divina, ao invés da sua própria vontade. Nessa mudança consiste a verdadeira conversão.



O AMOR DIVINO



Deus nos criou, Ele desejou que as Suas criaturas estivessem com Ele na comunhão eterna. Ele noa ama com amor eterno. Ele não quer que nós pereçamos, mas que todos sejamos salvos (IPe. 3:9b)

Mas devemos saber que ninguém será salvo por sua própria vontade (Jo.5:6,40) Cada ser humando tem que resolver por si mesmo.

O Pai não quer que ninguém esteja no céu sem ter o prazer de estar com Ele, nem admitirá ninguém que não aceite a Jesus Cristo como Seu Filho.

Esta é a razão porque desejamos agradas o coração de Deus, e a razão que temos para nos ocuparmos em buscar os perdidos.

Se meditarmos nisto, ao falar aos homens a cerca do Evangelho, o amor de Deus encherá os nossos corações, brilhará em nossos olhos, e afetará até o timbre de nossas vozes (IICO. 5:11) diz assim: "conhecendo o temor do Senhor, persuadimos aos homens"

E o vs 14 diz: "Pois o amor de Cristo nos constrange" Assim, que a GLÓRIA DE DEUS seja o nosso motivo supremo na grande tarefa de evangelizar os nossos semelhantes.

Há ocasiões em que o Espírito Santo nos move a apresentar ao incrédulo o seu dever de glorificar o seu Criador, como base na sua aceitação de Cristo.

Especialmente quando se fala aos jovens, esta verdade os atrai, porque lhes oferece uma razão de ser, uma meta na vida, e um ideal que se põe em ordem com os interesses e conflitos de usa existência.



MOTIVOS QUE NOS CONTRANGEM



O AMOR ÀS ALMAS



Em Rm. 5:5, temos que "o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi outorgado".

Então, sendo que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para salvar-nos da perdição e dar-nos a vida eterna, segue-se que este amor em nós também se manifestará em querer que todas as almas sejam salvas.



DEVEMOS DESEJAR A SALVAÇÃO DE TODO SER HUMANO



Este amor, que é de Deus em nós, compele-nos a pensar em todas as pessoas que encontramos. Em como está a sua relação com Jesus Cristo.

Isso até mesmo antes de considerarmos se esta ou aquela pessoa é digna de nossa amizade, se vai ser útil e proveitoso conhecê-lo, nada disto. Basta que seja um ser humano, feito à imagem divina, para que desejemos levá-lo a Cristo.



MEIOS QUE DEUS USA



Nem todo membro de igreja procura oportunidade para testificar do amor de Deus. Existem até os que procuram esconder que são crentes em Cristo, apesar do que fiz a Bíblia: (Mc 8:38 e Mt. 10:32 2 33).

Mas quando o cristão evangeliza constrangido pelo Espírito Santo nele, é prova de que ele está seguindo a Cristo. Em raras ocasiões Deus usa pessoas não convertidas para citar alguma verdade bíblica.



A NECESSIDADE DAS ALMAS



Todas as pessoas precisam conhecer a Deus. E nós , que O conhecemos, devemos suprir essa necessidade.



VÁRIAS NECESSIDADES DOS HOMENS



1 - Está perdido e necessita de um Guia;

2 - está enfermo e necessita de um médico;

3 - está escravizado, necessita de um Redentor;

4 -0 está moribundo e necessita de um Salvador;

5 - está espiritualmente morto, necessita de Vida Nova.



A lista pode ser aumentada indefinidamente porque o homem natural ignora as verdades espirituais e necessita de luz, iluminação; tem fome e sede de uma satisfação que não encontra.

O homem natural, até que se dê conta de xua condição espiritual, e suas consequências, dificilmente busca a Salvação. O nosso dever é ensinar-lhes que o pecado pode propiciar prazeres ao corpo, mas não pode dar gozo à alma, e que Jesus é a única resposta para a alma.



A CHAMADA DE DEUS



A OBEDIENCIA É IMPERATIVA



É fácil perder o ânimos e achar que já fizemos a nossa parte e cumprimos a nossa obrigação. Pra quê continuar aguentando os insultos dos incrédulos? Porém o Espírito Santo está sempre a mostrar os frutos do nosso trabalho e nos fazendo pensar em nossa obrigação de cumprir o dever de evangelizar.



A AUTORIZAÇÃO QUE TEMOS PARA EVANGELIZAR



Todo cristão conta com a autorização divina para evangelizar. Tem as suas ordens por escrito (Mc. 16:15; Mt. 4:19; At. 1:8; Lc 24:45).

Os apóstolos levaram muito a sério a sua comissão e testificaram apesar de toda a oposição (At. 2-4). Pedro disse a seus juízes como justificação para ter continuado sua pregação, contra as ordens deles: "Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos."



QUEM É AUTORIZADO A EVANGELIZAR



Os que reconheceram a Jesus como Messias, Filho de Deus e seguiram-nO , por causa dos seus ensinamentos, estes foram os enviados a pregar (Mc. 5:18; Lc10:1-12).



ORDENS GERAIS E PARTICULARES



Temos, portanto, autorização plena e clara, escrita na Palavra de Deus, a Autoridade superma em todo o universo. Também reconhecemos que Ele é o Deus Vivo, que ainda se comunica com os seus filhos que vivem neste mundo.

Podemos fazer uma alegoria entre a Bíblia e o Manual Militar. O cidaddão que se alista no exército, é enviado ao quartel, onde veste o uniforme militar, e em seguida ensinam-lhe as regras elementeare do exército.

Aprende como saudar os oficiais, como responder à ordem de "Atenção1" como apresentar armas, omodo de marchar, de montar guarda, etc.

Mas, por exemplo, do Manual não constam as ordens do dia., em que se diga que o Cabo Pedro Gonçalves com o soldado Carlos Pereira, montarão guarda à porta do Palácio do Governo, desde a meia-noite de quinta-feira, 25 de abril, até às quatro da madrugada de sexta-feira.

Esses detalhes não se escrevem no Manual Geral, mas dia após dia constam do quadro de avisos individuais, no quartel. Esta prática militar é uma ilustração, embora imperfeita , do que sucede com o cristão.

Ao aceitar e confessar Cristo, como seu Senhor e Salvador pessoal, a pessoa constitui-se membro do exército do Senhor Jesus. Deve, portanto, aprendera as ordens gerais para cada soldado espiritual, conforme estão escritas em o Novo Testamento.

Uma delas é a comissão de falar em nome de Cristo às almas perdidas, rogando-lhes que se reconciliem com Deus (IICo. 5:17-20).



ORDENS ESPECIAIS



Há regras que todo cristão no exército de Deus, deve observar e acatar sempre. Deus reconhece a cada um de seus soldados não só pelo nome, mas também os seus pensamentos mais íntimos e até as intenções do seu coração.

Sabe chamá-lo, pelo nome e indicar-lhe o que deseja que ele faça. (At. 5:20; 6:11). Nem sempre o Senhor fala de forma dramática, como fez com Paulo no caminho de Damasco, ou em sonhos como aconteceu com José.

Geralmente Ele fala mediante a Sua voz suave na alma do seu filho e outras vezes através das circunstâncias. O mais comum, é que o crente sinta em seu espírito um santo impulso para dizer algo a certa pessoa, descobrindo que, se obedece, o Espírito Santo lhe dá as palavras adequadas.

UMA ILUSTRAÇÃO



Um Mestre de doutrina cristã ia andando por uma rua e à sua frente iam quatro homens lado a lado, de maneira que obstruíam completamente a calçada.

O Mestra ouviu então o mais alto e forte dos quatro falar palavras blasfemas contra Deus. O mestre era homem franzino e de estatura mediana, mas antes de poder refletir, e obedecendo a umimpulso interior, adiantou-se e colocou a mão sobre o ombro do homenzarrão e disse:



" Homem, quem lhe deu o direito de usar o nome do meu Pai com tão pouco respeito?" o blasfemo se deteve, e inclinando-se fitou os olhos em seu interlocutor e disse:



" Não sei quem é o senhor, mas esta manhã, a minha esposa, que é uma boa cristã, me repreendeu nestes mesmos termos.



Meu amigo, eu tenho que dirigir-me ao trabalho agora mesmo, mas se o senhor me der o seu nome e endereço, prometo ir visitá-lo para que me fale de Deus" o resultado foi o regresso de outro pródigo à casa do Pai.



Convém obedecer a vos do Espírito, mesmo quando as circunstâncias forem adversas. Como recomenda o Apóstolo Paulo: "insta, quer seja oportuno, quer não" (IITm. 4:2).



FINAL DA PARTE 1



Por detrás deu toda exortação e instrução, está a necessidade de cuidar para que a sua motivação seja aceitável ao Senhor, e que cada ação e cada palavra sua conte com o "Visto" da Sagrada Escritura, sendo dirigida pelo próprio Espírito Santo.





PARTE 2 - "REQUISITOS PARA O EVANGELISMO"



Jesus Cristo expôs o requisito primordial para ser um ganhador de almas, quando disse: "Vinde após mim, e Eu vos farei pescadores de homens" (Mt. 4:19). É, portando necessário ser um seguidor dEle, e permitir que Ele faça conosco o que deseja que sejamos para a Sua Glória.

Não importa qual seja o nosso dom ou ministério; o propósito ou resultado deve ser: que os homens sejam "pescados" para Cristo. Quer dizer, salvos pela fé nEle. Em outras palavras, cada dom do Espírito é dado ao crente a fim de que seja empregado em ganhar almas para Cristo.

O verbo "vir" no versículo acima citado, está no modo imperativo. Não se trata, portanto de um convite, mas de um mandamento. Assim, cumprir este mandamento é dever sagrado de todo critão. Tratá-lo com descaso é desobediênciaao nosso Senhor.

Seguir a Cristo de coração, resultará em nos ocuparmos em buscar outros para Ele. (IICo. 5:11).



O QUE NÃO SE REQUER PARA PODER FAZER A OBRA PESSOAL.



A necessidade de usar o bom senso

Uma jovem missionária, coberta com um escasso vestido da última moda, paradia diante de um grupo de homens vulgares e do poir calibre moral. Enquato ela, com aparente boa fé, lhes dava o seu testemunho em palavras correitas e escelente gramática, em seu fervor, movia o seu corpo de um lado para o outro com certo rítimo, os espectadores riam e soltavam grosseiras expressões, manifestando o seu desejo de dançar com ela.

A sinceridade sem ser acompanhada da prudência e do bom senso, traz resultados contraproducentes.

Além disso, devemos nos ater à regra básica da evangelização pessoal, de que os homens devem falar com homens, e as mulheres com mulheres, e sempre que possível, segundo a sua mesma idade e cultura, a menos que haja circunstâncias especiais.

Não é necessário que o cristão tenha aparência física perfeita, com um corpo escultural. Nem Cristo nem os apóstolos foram conhecidos por sua aparência física.

Paulo, por exemplo, descreve a si próprio como de presença corporal débil (IICo. 10:10) e enferma, talvez comos olhos prejudicados por alguma enfermidade (Gl. 4:13-15; 6:11).

Há cristãos muito espirituais que fisicamente são disformes (coxos, mancos, tortos, com lábios leporinos, etc). Mas a presença de Cristo em suas vidas faz com que o seu interlocutor se esqueça completamente do seu defeito corporal, realçando a beleza espiritual que se manifesta de forma sensível.

Alguém pode falar com uma dessas pessoas, e logo ficar convencido de que esteve na presença de um singular filho de Deus. O Espírito que pode vencer esta classe de "obstáculos" ou impedimento, é Poderoso também para vencer dificuldades no falar.



FALE SÓ DE CRISTO



Tanto para pescar peixes, como para pescar homens, vale uma importante regra: "Conserve-se fora da vista". O Apóstolo Paulo disse: "não nos pregamos a nós mesmos, com o objetifo de a outra pessoanos ter em estima, em confiar em nossa palavra, e nem devemos nos rebaixar excessivamente.

O Espírito Santo está no cristão com o objetivo de convencer o mundo do pecado, porque não cr6e no Senhor Jesus (Jo. 7-8).



CONSIDERE SEMPRE O PENTECOSTE



Há cristãos, que se dizem impossibilitados de evangelizar por não ter estudado em uma Universidade, ou em um seminário. Esta desculpa procede de uma atitude incorreta do ceitão. Soa como se a pessoa que a apresenta ignoresse que o Pentecoste é uma história verídica.

Uma das lacunas mais comuns e tristes nas igrejas de hoje, é a multidão de membros que vive como os discípulos de João Batista que em Éfeso disserem: "Nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo" (At.19:12). Não conta com um Deus presente diariamente em sua vida.

Muitos não conhecemos a Bíblia como devíamos. É certo que ninguém conhece a Palavra de Deus a fundoporque ela é obra de Deus, mas podemos e devemos estudá-la e conhecê-la melhor à medida que o tempo passa.

Mas também não são teólogos todos incrédulos com quem havemos de falar. São almas necessitadas. Precisam saber o que você sabe. Necessitam do seu testemunho. Portanto, você deve procurá-las e falar-lhes. Deixe de pensar em si mesmo. Deixe de evadir-se da sua responsabilidade , com desculpas sem fundamento.

Qualquer servo de Deus há de ser criticado, caçoado, rejeitado. Alguns o desprezarão e censurarão além do que é justo. Outros louvarão ou estimularão mais do que merece.

Enquanto estamos neste mundo incrédulo, não devemos esperar outro tratamento da parte do povo. Lembremo-nos de Mateus 5:11,12; Ipedro 4:14. E recordemos o que o Senhor sofreu por nós (Hb. 12:3-4), e que está atitude do mundo só comprova a sua necessidade da mensagem do evangelho.

O Servo de Deus deve meditar muito nestas duas passagens das Escrituras "Ai de vós, quando todos vos louvarem" (Lc. 6:26); "Porventura procuro eu agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a honens, não seria servo de Cristo." (Gl. 1:10)

O Cristão deve dizer a cerca de si mesmo, o menos que lhe seja possível. Deve apenas dar um testemunho pessoal de como Cristo mudou a sua vida, e lhe deu paz.

Toda verdadeira conversão é uma obra do Espírito Santo, embora Ele nos tenha usafocomo Seus instumentos para fala ao pecador.

Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso alcancepara conseguir que o incrédulo, ao ouvir a Palavra escrita de Deus, sinta-se como se o próprio Deus lhe estivesse falando naquele momento, de forma pessoal.

Quando o pecador se rende a Cristo, é natural que terá um apreço especial pela pessoa que o levou aos pés do Salvador, mas o dever do obreiro é fazê-lo ver que é a Deus a quem ele precisa agradecer pela sua salvação.

Se não podemos proceder sinceramente desta maneira, convem que nos examinimos, para jogar fora o orgulho e todo o motivo ou pensamentoe que não glorifique a Deus.



CULTURA SUBMISSA



A cultura acadêmica pode servir de obstáculo à obra do Senhor, se não for sujeita completamente ao Espírito Santo de Deus.

Mas quando a cultura permanesse debaiso do controle divino, o seu possuidor será submisso como instrumento útil e eficas de Deus, pronto para apresentar o Evangelho a toda classe de pessoas, de maneira simples e compreensível.



O SOCORRO DO ESPÍRITO SANTO



Muitos se surpreendem quando pela primeita vez experimentam o socorro do Espírito Santo, ao depararem com momentos e circunstâncias em que o Espírito Santo intervém para auxiliar no modo correto de falar, comportar-se ou mesmo calar-se diante de algumas situações.

Náo é raro quem depois do fato acontecido, percebem como teria sido impróprio ser tivessem procedifo conforme seu costume em outras ocasiões. Não devemos deixar de testificar ou evangelizar, por demor de equivocar-nos. O Espírito nos ajuda em nossas fraquezas.



A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL



O Senhor será o juiz da obra de cada um dos seus filhos, do que ele tenha feito desde a época da sua conversão. Romanos 14:12 diz que " Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus". Haverá galardão ou perda de galardão, para dosos os cristãos, sem exceção.

Levemos a mensagem e sejamos fiéis Àquele que nos enviou, não importa a maneira como o mundo nos receba. O Nosso Senhor não nos promete todo o êxito que desejamos. Ele diz que somos levados em triúnfo em Cristo Jesus, que por meino de nós, manifesta em todo lugar o aroma do Seu conhecimento.

Isto foi o que Paulo disse em II Co. 2:14-16: "Porque somos para com Deus o bom perfume de Cristo; nos que são salvos... aroma de vida para vida; nos que se perdem... cheiro de morte para morte". Mesmo se tivermos fracassos, devemos seguir adiante ( Gl.6:9; ICo. 15:58).

A dificuldade de toda desculpa, é a nossa incapacidade de compreender que somos apenas instrumentos do Espírito Santo, e que é Ele que convence e converte o pecador. Mas no fundo de tudo, a desculpa é desobediência. É falta de fé. É manifestação de interesse próprio. É uma expressão de indolência espiritual. Seria mais honroso confessar que, na verdade não queremos enfrentar a tarefa ganhar almas.



O QUE SE REQUER PARA FAZER A OBRA



1 - Ter o amor de Deus em nossos corações por ceio do Espírito Santo (Rm. 5:5) - conversão.

2 - Um sentido de urgência em ganhar almas (Ef.5:16) - O Senhor voltará, o Tempo é curto.

3 - Um conhecimento adequado da Bíblia, para empregá-la como Autoridade (ICo.15:1-4)



AJUDANDO AO RECÉM-CONVERTIDO



Uma vez que tenhamos visto alguém fazer a profissão de fé em Cristo, depois da devida instrução, temos direito de esperar que haja uma transformação de vida em tal pessoa.

Não podemos pensar e dizer que já fizemos tudo o que nos cabia, e que estamos livres de toda a responsabilidade neste caso. Não é assim. Temos a mesma obrigação que tem a mãe, pela criatura a quem acaba de dar a luz.

Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para assegurar que a nova criatura (IICo.5:17) receba o alimento e o cuidado, a instrução e o exercício que são necessários para o seu desenvolvimento espiritual.



NÃO DEVEMOS TER MEDO DE DESEMBAINHAR A ESPADA DIVINA



Quanto da Bíblia é necessário que alguém saiba, para começar a obra pessoal?

O fato de milhares de pessoas terem sido convertidas pelo uso de apenas um versículo das Escrituras, prova que sabendo apenas isto, um versículo, pode-se dar início à obra e ter um bom êxito. Quantas almas foram ganhas para o Senhor apenas com João 3:16? Ou João 1:12? Mateus 11:28? Romanos 10:9? Atos 16:31 e outros?



MEMORIZAÇÃO DE PASSAGENS BÍBLICAS



Como é de esperar, teremos a oportunidade de testificar de Cristo e de conversar acerca dele, quando não houver uma Bíblia por perto, ou quando não for possível ou não for a ocasião propícia para usá-la.

Portanto, o crente que deseja ser perito pescador de homens para o Senhor, deve determinar-se resolutamente a aprender de cor um número sempre crescente de passagens bíblicas. Nunca se arrependerá.



COMO FUNCIONA A MEMÓRIA



As leis de memorização são quatro:



1 - a primeira impressão;

2 - a compreensão;

3 - a associação e

4 - a repetição.



Quando uma pessoa de fato quer aprender algo de cor, e se põe a fazê-lo, pode realizá-lo. A sua decisão vale muito. Pode-se ilustrar a aplicação das quatro regras de aprendizagem, desta maneira:

Um cristão resolve que vai aprender certo versículo de cor. Põe-se a estudar o seu significado: que é realmente o que ele quer dizer?

Quando o compreende bem, liga-o com outras passagens, e grava-o em sua mente, onde se encaixa no desenvolvimento do plano de salvação.

Então, medita bem acerca do seu uso na obra pessoal, emprega-o ao falar com os outros, e repete e tona a repetir o versículo juntamente com a sua referência ou endereço, isto é, o livro, capítulo e o número do versículo. Assim, a pessoa usou todas as quatro leis, sem sequer percebê-lo.



O USO DE CARTELAS



Muitos cristãos usam o emprego de cartõezinhos, ou tiras de papel para memorizar textos bíblicos. De um lado escreve-se o versículo ou passagem, e do outro, onde se encontra na Bíblia.

Durante a primeira semana guarda-se o cartão no bolso ou na carteira, lendo-o, com frequência, diariamente, até que, ao ler um lado, pode-se dizer o que está escrito do outro.

Quando se aprendeu este versículo, passa-se o cartão para outro lugar, onde se guaram os versículos que são recapitulados semanalmente, ao ver que não lhe custa nenhum esforço trazê-lo à memória, esse versículo é passado para o grupo dos que são revisados mensalmente. Desta maneira, ele permanecerá gravado em sua memória.



É NECESSÁRIO DAR OPORTUNIDADE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO FALE



Os melhores pescadores que temos conhecido, aprenderam que a obra pessoal não consiste em soltar uma torrente de palavras nos ouvidos de uma pessoa.

Não apenas dão ao seu interlocutor oportunidade para falar, mas citam um versículo da Escritura e o explicam, permitem uma pausa, para dar tempo à pessoa de pensar, e ao Espírito Santo de convencer. Isto geralmente evita que o entrevistado pense que o cristão está procurando obrigá-lo a crer, queira ou não.



ENSINAMENTOS BÍBLICOS:



A enfermidade universal



a - Que todo ser humano é pecador por natureza, e que portanto se encontra sob condenação de morte se continuar em sua incredulidade, isto é, sem crer em Cristo como seu Senhor e Salvador. (Rom. 3:10, 19,23; 6, 23; 10:9; 5:8; Jo. 3:16)



O remédio

b - Que Jesus de Nazaré, que nasceu da virgem Maria, por obra do Espírito Santo, é o próprio Deus manifestado em corpo humano, pra que pudesse viver cumprindo a lei de Deus com perfeição, e depois de morrer, tomando sobre Si a condenação que nós merecemos, e ressuscitar dentre os mortos como prova de que Seu sacrifício satisfez plenamente todas as exigências da lei divina (Is.53:6; Rm.4:25; IICo. 5:21; Lc 19:10; Jo. 3:17).



A aplicação



c - Que toda pessoa que sinceramente se arrepende do seu pecado e da sua incredulidade; crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus; recebe e confessa-O como Senhor da sua vida; confia no Seu sacrifício feito na cruz do Calvário como a perfeita satisfação diante da justiça divina por seus pecados, e a única esperança para a eterna salvação da sua alma, é salva pela graça de Deus, apropriada por meio da fé (Mc. 1:15; Ef. 2.8-9; Rm. 10:9-10; Jo. 3:16; 1:12; 11:25,26; Is.1:18).



Resultado



d - Quando qualquer pessoa deposita a sua fé no sacrifício de Cristo como seu Salvador, e se entrega sem reservas a Ele como Seu Senhor, vários benefícios são concedidos pelo Espírito Santo, como parte integrante da sua Salvação.



O indivíduo é perdoado, o que significa que a sentença de morte eterna que pesava sobre ele foi revogada pelo próprio Deus.



É redimido, isto é, a sua dívida foi totalmente cancelada.



É resgatado, o que significa que foi libertado da escravidão a que Satanás o sujeitava.



É justificado, isto é, apresentado diante de Deus como se não tivesse pecado.



É renascido (adotado ou feito Filho de Deus).



É santificado, ( é dado-lhe um novo coração com uma nova natureza, a fim de poder andar como Filho de seu novo Pai).



O seu corpo torna-se templo do espírito Santo, que morará para sempre nele. Desse momento em diante, ele tem duas naturezas: a velha, humana, natural, inclinada a operar independentemente de Deus; e a nova, divina, santa, inclinada a buscar a vontade de Deus em tudo (IIPe. 1:3-4; Rm. 5:1; Gl.5:16-18)



O que nos impedi a evangelizar



Medo de ser rejeitado.

Medo de não ter conhecimento suficiente.

Medo de ofender um amigo ou parente.

Medo de ser ridicularizado ou perseguido.