26/01/2008

JEREMIAS

“Jeová estabelece”

Sacerdote por nascimento - cap. 1:1-5, foi chamado para o ministério aos 21 anos.
Era um homem tímido, relutou em aceitar a missão. Cap. 1:6.
Jeremias faz ligação entre os profetas que anunciaram o cativeiro e aqueles que viveram durante o período do cativeiro.
Jeremias viveu no ano 626 a . C. Século VII.

Se Isaías é o livro do Filho, Jeremias é o livro do Pai.
Jeremias profetizou durante o reinado de cinco reis, num espaço de 41 anos, sem interrupção, até à tomada de Jerusalém. Cap. 42 a 44. Viveu 70 anos depois de Isaías.

Profetas contemporâneos de Jeremias: Habacuque e Sofonias, e no período final, Ezequiel e Daniel.

A vida do profeta Jeremias é a prova da vitória do poder de Deus na fraqueza do homem. Ler Jeremias 1:6.
O livro é uma combinação de história, biografia e profecia. O profeta Jeremias não se casou.
“Não tomarás mulher, não terás filhos
Nem filhas neste lugar. Jeremias. 16:2.

CONTEÚDO

· Prediz o cativeiro babilônico (70 anos). Cap. 25:11. Ler Daniel 9:2.
· O povo segue cativo para Babilônia.
· Jeremias fica com os pobres em Jerusalém.
· Profecia sobre a conquista do Egito por Nabucodonosor. Cap.43:8.
· O povo, em rebeldia, segue para o Egito levando o profeta Jeremias como cativo, onde ele morre.
· Jeremias se destaca dos outros profetas, porque coloca “confissões e sentimentos pessoais” junto com as profecias.
· O profeta deixa transparecer momentos de desespero, cap. 20:7-13; amaldiçoa o dia do seu nascimento. Cap. 15:10-11 e 20:14-18.
· Através de seus sentimentos expressa melhor a tristeza de Deus pelo pecado do povo. Caps. 2:12-13; 9:1 e 13:17.

“Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor”. Jeremias 22:29.
“...como flautas soará o meu coração pelos homens”. Jeremias 48:36.
Jeremias foi fiel no cumprimento do seu ministério sempre em lutas com as oposições sofridas.
Alguns motivos do seu sofrimento:
• Natureza depressiva do profeta;
• Sozinho contra toda a nação.
O rei Jeoaquim desprezando a leitura das profecias, rasgou o livro e o lançou no fogo. Cap. 36:22-24.
Perseguições até com risco de vida:
• Pela família - cap. 12:6;
• Pelo povo da sua terra natal - cap. 11:8;
• Pelo sacerdote - cap. 29:1;
• Pelos profetas populares - cap. 23:9, 28:1 e 29:8.
Foi preso várias vezes:
• Acorrentado ao cepo - 20:1-3;
• Ferido - 20:2 e 37:5;
• Preso num poço de lama - 38:6;
• Preso no átrio da guarda - 38:28.
Amaldiçoa os inimigos. Cap. 12:1-6; 18:21-23.
As imprecações têm sentido mais profundo do que simples vingança pessoal; representam, na visão do profeta, a necessidade da vitória de Deus e da manifestação de Sua Justiça ao mundo. A causa de Deus era a causa do profeta os inimigos de Deus eram seus também. A vontade de Jeremias estava totalmente ligada à vontade de Deus.

CURIOSIDADES

O livro contém 85 vezes a expressão “Senhor dos Exércitos”.
As orações de Jeremias e suas lamentações, em relação a própria vida, são conversas íntimas com Deus. Caps. 20:7-12; 17:13-17; 18:18-20.
Jeremias escreve uma carta aos cativos da Babilônia. Ler cap. 29:1-14.

LAMENTAÇÕES

O livro é uma elegia, um poema lírico de sentimentos tristes.
É considerado como um apêndice ao livro de Jeremias.
Autor: O profeta Jeremias.

CONTEÚDO

A destruição de Jerusalém e os sofrimentos do povo, pela fome, espada, miséria e opressão.
Foi escrito no tempo do cativeiro em forma de poema que, exprime a dor pelo abandono da cidade de Jerusalém.
O culto público havia cessado, havia fome e miséria.
Jeremias estava junto com o povo que ficou na cidade desolada.
São 5 poemas com 22 versos cada. Correspondem aos 5 capítulos do livro. O capítulo 3 é maior do que os demais, contém 66 estrofes, cada uma com 3 versos.
Cada verso começa com uma letra que corresponde às 22 letras do alfabeto hebraico.
Na tradução para o português, a poesia perde a sua beleza.
A finalidade do livro é ensinar o povo a não desprezar o castigo de Deus, nem sucumbir quando d'Ele receber justa punição; mas voltar-se para Ele, arrependendo-se, confessando os pecados cometidos, e esperar o perdão e o livramento.

“O Senhor não rejeitará para sempre; pois,
ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão
segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige,
nem entristece de bom grado os filhos dos homens”.
Lamentações 3:31-33.
“Por que, pois, se queixa o homem vivente?
Queixe-se cada um dos seus próprios pecados.
Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los
e voltemos para o Senhor”. Lamentações 3:39-40.

CURIOSIDADE

Até hoje este livro é lido pelos judeus no dia em que relembram a destruição do templo, dia 9 de julho no nosso calendário.

COMO UM CINTO DE PANO ENTERRADO

Jeremias 13:1

Não tem sido fácil viver neste final de milênio sem se ver manchado com imoralidade, mentiras, desonestidade, desastres familiares, violência e outras ações que nos fazem pecar.
Reconheço que o filho ou a filha de Deus que deseja buscar um santo comportamento e um procedimento cristão genuíno, pode até vir a ser chamado de extraterrestre. O melhor de Deus tem sido apresentado como "proposta ultrapassada, "coisa prá boi dormir". O perfeito, bom e agradável de Cristo é expresso como "café sem açúcar", "vida sem emoção". Esta não é a primeira vez que isto acontece na história do ser humano. O próprio povo de Israel, na época do profeta Jeremias, afastou-se tanto de Deus que perderam o senso do certo e do errado. Eles erravam e perguntavam: "onde erramos?" (Jer. 9:1-6; 13:26-27; 16:10-12). No capítulo 13 do seu livro, o profeta nos mostra uma advertência divina que é especificamente válida para cada um de nós hoje. Avalie e aplique este ensino do nosso Deus.

1. "Compre um Cinto de Linho..." (Jer. 13:1)
Jeremias é instruído a adquirir um belo e caro cinto. Ele deveria ser do melhor material disponível na época. Certamente ele comprou algo do seu agrado e gosto. O profeta adquiriu o modelo que lhe agradou e logo começou a usá-lo com satisfação e prazer(Jer. 13:2). É importante notar que Deus, de início, deixa claro que a sua ordem e projeto são bons e agradáveis. Memorize isto: "A vontade de Deus é boa perfeita e agradável" (Romanos 12:2).

2. "Cinto Enterrado... Cinto Estragado" (Jer. 13:3-7)
Veja bem: o que era bom, bonito e agradável foi colocado fora do uso normal. O cinto não foi feito para ser enterrado, o seu lugar era na cintura. Colocado na terra, em pouco tempo, apodreceu e "para nada prestava". Aqui está o que o reino das trevas está hoje fazendo com a moral, a honestidade, a honra e as virtudes recomendadas por Deus: enterrando tudo na areia molhada.
Resultado? É o que todos estamos vendo, podridão e estrago.

3. "Um Cinto que me Seja... Povo, e Nome, e Louvor e Glória"
Deus não nos chamou para a idolatria, perversão ou perversidade (Jer. 13:10). Ele nos, chamou para sermos santos, louvor da sua glória (Jer. 13:11). Fica claríssimo que ele nos deseja bem próximos, ligados a sua cintura. Junto do nosso Senhor somos bênção e abençoados! É bênção no namoro, nas vestimentas, na diversão, não importa onde. Juntos e obedientes ao ensino divino, somos cintos usáveis e duráveis, que não se estragam por misturar-se com terra suja.
É estando em harmonia com Deus, que somos seu povo, sal e luz do presente século. Se nos afastarmos e desobedecermos o padrão de Deus para uma vida santa, honesta e pura, seremos como um cinto enterrado perto de um rio. O tempo passa, a podridão aumenta. O tempo passa e o estrago se amplia. Somente ligado aos ensinos de Cristo há segurança de usufruir o melhor de Deus. E você onde está? "Na cintura" de Cristo ou se estragando enterrado

As Cartas do Baralho

As cartas de baralho foram criadas no ano de 1392 para uso pessoal do rei Carlos, da França, quando sofria de debilidade mental. O criador das cartas era um homem degenerado e mau, que escarnecia de Deus e seus mandamentos.

Para sua invenção maligna, escolheu figuras bíblicas, tais como: o rei representava o diabo, a dama, a Maria, mãe de Jesus. Assim, de modo blasfemo, fez Jesus o filho de Satánas e de Maria. Copas e ases representavam o sangue de Jesus; o valete, o próprio Jesus. Paus e outros símbolos representava as perseguições e destruição de todos os santos.
Seu desprezo pelos dez Mandamentos foi expresso pelo número dez de suas cartas. Eis um alerta oportuno quanto ao uso pernicioso dessas diabólicas cartas!

As Três Visões da Terra Prometida (Mq 2:10)

Deus faz uma promessa a Abraão (Gn 12)Deus faz uma promessa a Moisés (Êx 3)Deus faz uma promessa a Josué (Js 1:2-3)Visões de Deus para Abraão, Moisés, Josué sobre a Terra Prometida.



Os Três Sinais de Jesus

1- Transformou àgua em vinho (Jo 2:1-12)2- Curou o filho do oficial do Rei (Jo 4:43-54)3- Multiplicou cinco pães e dois peixinhos (Jo 6)


O Significado de Gilgal, Betel, Jericó e Jordão (2Rs 2:1-11)

Gilgal - Um círculo de pedra (Js 5:9)Betel - Casa de Deus, lugar da oração (Gn 28:10-22)Jericó - Lugar das muralhas (Js 6:20)Jordão - Rio do Espírito (Sl 46:4)

As 7 Lâmpadas Espirituais (Nm 8:1)

A lâmpada do Testemunho (Mt 5:15-16)A lâmpada da Palavra (Sl 119:105)A lâmpada da Santidade (Pv 20:27)A lâmpada da Oração (Sl 18:28)A lâmpada da Vigilância (Mt 25)A lâmpada da Vida Eterna (Pv 6:23)A lâmpada do Espírito Santo (Rm 8:14)Antes que a lâmpada se apage, Deus fala (1Sm 3)

As Três Ações de Deus no Salmo 20

Uma das lições mais evidentes dos Salmos de Davi, é a de ligar todos as nossas ocupações habituais com Deus. Nós havemos de nescessitar de Deus tanto para termos bom êxito no trabalho, como Davi nescessitou para ganhar suas batalhas.

- O Salmo 20 antecipa uma batalha- O Salmo 21 dá graças pela vitória

A especial ênfase sobre o nome de Deus, que ocorre três vezes.1- O nome do Deus de Jacó (versículo 1) graça (2Co 12:9)2- O nome do nosso Deus (versículo 3) a aliança (Êx 19:5)3- O nome do Deus que cumpre promessas (versículo 7) confiança (Sl 37:3-5)

Sete Passos Para Chegar a Deus (Tg 4:8)

1- Temos que conhecer a Deus (falar sobre namoro, noivado e casamento) (Mt 25)2- Temos que sacrificar nossos corpos (Rm 12:1)3- Temos que ter conhecimento (Mt 22:29)4- Temos que obedecer (Êx 3)5- Temos que ter testemunho (Jo 5:37)6- Temos que ter fé (Hb 11:1)7- Temos que ter o Espírito Santo (At 1:8)

Sendo Carregado por Quatro

Fé (Hb 11:6)Confiança (Sl 40:4; Jr 17:7; Hb 2:13)Amor (1Pe 1:12; 4:8; 2Sm 1:26)Trabalho (1Co 3:8; 2Co 10:15)

A Unção de Deus faz a Diferença (1Jo 2:20)

A Palestina é muito quente, e o óleo de unção era para ungir o corpo para saúde- Quando se tratava de costume era sinal de luto ou desgraça (Dt 28:40)-Isaías refere-se ao costume de untar o escudo com azeite antes de o guerreiro sair para a batalha (serviria para deslizar os golpes sobre eles)- A unção sobre Davi (1Sm 16:12)Davi foi ungido três vezes- A unção sobre Salomão (1Rs 1:39)foi escolhido por Davi e aprovado por Deus.- Desde os primórdios o azeite era usado primeiramente para ungir os sacerdotes, depois os reis e os profetas.A unção é o símbolo da consagração divina do crente para o seviço de Deus.

Jesus Mudando Situações (Mt 27:46)

Ele mudou a situação da mulher adúltera (Jo 8:11)Ele mudou a situação do ladrão na cruz (Lc 23:43)Ele mudou a situação do endemoniado gadareno (Lc 8:26)Ele mudou a situação de Zequeu o desprezado (Lc 19:10)Ele mudou a situação de Nicodemos o relisioso (Jo 3:5-11)Ele mudou a situação do cego de Jericó (Mc 10:46-51)Ele mudou a situação do paralítico de Betesda (Jo 5;1-15)

Os 7 Princípios Básicos Para o Crescimento Espiritual (1Pe 2:1-5)

1- Aprenda esquecer (Fl 3:13-14; Is 43:18; Ec 7:10)2- Aprenda esperar (Sl 40:1;Is 40:31; Lc 24:49)3- Aprenda testemunhar (At 1:8; 2Rs 4:9)4- Aprenda perdoar (Ef 4:32; Mt 18:21-22)5- Aprenda a ter fé (Hb 11:1; Jo 20:25)6- Aprenda à orar (Jo 15:7)7- Aprenda ter o Espírito Santo (1Co 3:16-17; Jo 16:13; Atos 10:19-20; Rm 8:17)

Jesus Parou (Mc 10:49)

Jesus parou para atender o cego de Jericó (Mc 10:49)Jesus parou para dar vista aos cegos (Mt 9:27)Jesus parou sobre o mar para dara a mão à Pedro (Mt 14:31)Jesus parou na cruz para perdão de todos os nossos pecados (Mc 15:21)

A Um Passo do Milagre

Texto Base:
"E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de seu vestido, porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar o seu vestido ficarei sã." (Mt 9.20,21).
Milagres ainda existem? Será que eles podem acontecer? Por que tanto sofrimento, se só espero por um milagre e ele não vem? Aonde está Deus que não vê que preciso de um milagre? Essas e outras perguntas diariamente passam pela mente de muitos cidadãos e de muitos cristãos. Sobre este assunto podemos perceber que estamos apenas "A UM PASSO DO MILAGRE " basta tão somente tomarmos posse da palavra profética e o agarrarmos firmemente, assim poderemos dizer: Só o Senhor é Deus. Deus em sua onisciência, onipresença , e, onipotência está com as mãos estendidas para abençoar-nos, e seus ouvidos abertos à ouvir-nos. O Evangelho segundo escreveu Mateus é uma forte fonte pela qual podemos ver que milagres ainda acontecem. Mateus em hebraico significa "dádiva de Deus", e com o presente que recebeu a saber a conversão de sua própria vida, sentiu-se inspirado a escrever e relatar algo importante que aconteceu próximo dos anos 60-70( a.D.) aonde a história registra o fato de um mulher que estava em uma situação caótica precisando urgentemente de uma proeza em sua vida. Na referência já mencionada de (Mt 9.20,21), nós percebemos que a mulher apresenta-se indefesa, pois não havia ninguém ao seu lado levando-a a Cristo, imagine a fragilidade de sua alma refletindo em seu recôndito. Quantas vezes procurou por um ombro amigo e nunca o encontrou. Não eram somente um dia, dois, três, já haviam passados doze anos em busca de uma cura, todo seus bens, tinham sido entregues aos médicos de sua época, talvez ela foi até o Egito a capital da medicina do mundo antigo, mas tudo foi em vão, Marcos conta que quanto mais ela lutava e gastava com os médico ela ia piorando (Mc 5.26 ). Lucas relata que ela gastou todos os seus haveres, e por nenhum médico pudera ser curada (Lc 8.43 ). Pense um pouco talvez esta seja a situação de sua vida em busca da cura de sua enfermidade, nesta corrida agitada e cansativa você luta contra o câncer, contra a AIDS, contra sua pneumonia, contra suas doenças e enfermidades e nada adiantou. Quantas vezes você vai a farmácia mais próxima de sua residência afim de comprar um medicamento que alivie, seu tédio, seu stress, sua raiva, sua ira. Quantas vezes espera deste medicamento uma solução. A medida que as dores vão aumentando médicos lhe encaminham a outros especialistas e nenhum pode solucionar o seu problema, ninguém pode te dar um diagnóstico de melhoras e cura. Não perca sua esperança, esta mulher também se sentiu assim, até que um dia ela ouviu falar de Jesus( Mc 5.27 ), alguém a contou sobre um homem/Deus que poderia lhe dar a cura total. Ela não sabia onde o encontrar, mas sabia que deveria conhecê-lo para ver-se livre de tanto sofrimento. Numa única oportunidade em que Jesus estava passando por perto de sua cidade, ela resolveu ir em busca de seu sonhos, almejava sua conquista, a cura de sua hemorragia. Sua esperança era simples, mas real " SE EU TÃO SOMENTE TOCAR SEU VESTIDO, FICAREI SÃ ", agora esta mulher se depara com uma multidão que esta ao redor do Mestre, e com cuidado se aproxima, sem ser notada pelos demais, consegue como num toque de mágica encostar na orla do vestido de Jesus, rapidamente ela volta se afastando da multidão e também do Messias, todavia algo não era mais como no passado. Sua roupa não estava mais manchada de sangue, seu organismo sente algo diferente que pela primeira vez sentia, a sensação de bem estar, o alívio, a paz na alma. Mas o que realmente aconteceu? A um passo do mestre uma mulher que somente o tocou ficou curada instantaneamente, era algo fenomenal, surpreendente, Jesus havia curado-a de toda sua enfermidade. Logo após a mulher ouve Jesus dizer-lhe olhando-a fixamente: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou (Mt 9.22) e ela ficou sã. Você pode hoje ainda pela sua fé, tocar nas vestes de Jesus e ser curado. Fé é a certeza das coisas que se esperam e não se vê, ou seja, você imagina, sonha em sua mente que algo vai acontecer e assim o sucede, visto que fé não é uma imaginação somente, mas é alimentar seus sonhos e desejos em Cristo e ter a convicção que o milagre vai acontecer. Feche seus olhos por um instante e com sua fé, determine a sua cura, a sua libertação, livre-se de suas crises existenciais, liberte-se do medo, da ira, liberte-se de seu passado negro e sombrio, esqueça a noite em que foi assediado, ou violentado. Em Cristo você é uma nova criatura, as coisas velhas se passaram e tudo novo se fez. Olhe agora pelos olhos da fé e determine seu filho liberto das drogas, da prostituição, dos vícios, das más conversações, pela fé seu familiar longe de Jesus já está convertido, o desviado já voltou para a igreja, tão somente toque em Cristo e ouvirás Ele dizendo-lhe: A tua fé te salvou. Pela sua fé receba o batismo com Espírito Santo, receba um ministério abençoado, sinta a unção divina tocar sua voz, sua vida, seu corpo. Quando abrires a boca, paralíticos se levantarão, cegos verão, mudos falarão, coxos andarão, porque é tempo de milagres em sua vida. Hoje você está a um passo do milagre. Conta-se que um certo alpinista, resolveu subir a uma montanha sozinho, sabia que a escalada seria de alto nível de dificuldade, no entanto começou a escalada, a noite foi caindo como um breu nas alturas, e perto do topo do monte ele escorregou e caiu, caiu a uma velocidade vertiginosa, e durante o momento da queda relembrou todos os momentos vividos em sua vida, de repente a corda parou ele não via nada a sua frente, resolveu pedir ajuda de Deus e disse: Deus me socorre-me!. Deus respondeu:- Você realmente crê que eu possa salvar-lhe. O alpinista respondeu: - Sim Deus eu creio, Deus então, respondeu-lhe novamente: - Corte a corda que o mantém pendurado. O alpinista pensou muito e segurou ainda mais forte a corda. Conta a equipe de resgate que no dia seguinte o alpinista foi encontrado a apenas dois metros do chão, segurado e agarrado na corda. E você corte a corda que o mantém pendurado, corte a corda que o mantém fora do milagre, de um passo apenas e se jogue nos braços de Deus e poderás descansar em paz.Pense nisto, um forte abraço e sucesso.

O Óleo da Unção

Tirando o Poder do Sacrifício de Jesus Cristo
Parte 02

Unção e Espírito Santo
Ora, no Novo Testamento a palavra “unção” aparece apenas duas vezes: I João 2:20 e I João 2:27, sendo que em ambos os casos ela vem diretamente de Deus! Já como verbo, devemos descartar a ação de Maria ao ungir os pés de Jesus Cristo, também chamada em Marcos 14:8 de “unção para sepultura”, cuja finalidade é meramente cosmética e aromática. Da mesma forma se enquadra a recomendação de Mateus 6:17-18, cuja unção recomendada é pura e simplesmente estética. Mateus 6 versa bastante sobre a discrição de um verdadeiro servo ao fazer a obra: assim como devemos dar com a mão direita de forma que a esquerda não saiba (Mateus 6:3), no jejum não devemos aparentar o possível e real cansaço relativo à atividade, mas ungir a cabeça para que não pareça aos homens que se está jejuando (Mateus 6:17-18)! Ambas as recomendações visam extinguir a imagem “heróica” que muitos fazem questão absoluta de ostentar desde aquela época, esperando arrancar observações alheias como “viram o quanto ele doou?”, ou ainda “Ele é um santo! Vive de jejum!”... Deus, que vê em secreto, sabe ao que estou me referindo! Já em Lucas 4:18, Atos 4:26-27, Atos 10:38, II Coríntios 1:21-22 e Hebreus 1:9, podemos ver que a unção novamente veio diretamente de Deus! Nenhum homem unge nada nessas passagens e muito menos é feita referência a algum tipo de óleo real... ou será que eles fabricavam “óleo de alegria” naquela época e a receita se perdeu com o tempo? Ora, fica claro que a unção a qual os versos acima estão se referindo é a ação do Espírito Santo! Ação esta que, tal qual no Antigo Testamento, causa resultados diversos (conforme podemos verificar em I Coríntios 12:4-12). Então vão nos restar apenas duas passagens: Marcos 6:12-13 e Tiago 5:14-15. Vejam bem que em todo o Novo Testamento há apenas duas referências sobre unção com óleo... não seria esta quantidade ínfima para se estabelecer uma doutrina? Transcrevamos os textos para podermos analisá-los:

“E, saindo eles, pregavam que se arrependessem. E expulsavam demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.” (Marcos 6:12-13)
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração de fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tiago 5:14-15)
A estes dois textos eu gostaria de acrescentar mais quatro outros:
“Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo.” (João 9:6-7)
“E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão. Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles; mas o povo tinha-os em grande estima. E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais. De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles. E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos; os quais eram todos curados.” (Atos 5:12-16)
“E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saiam.” (Atos 19:11-12)
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (I Pedro 4:10)
Ao contrário do batismo e da ceia, o óleo NÃO FOI DEIXADO COMO ORDENANÇA! Logo, não se deve tratá-lo como tal! No livro de Marcos temos uma seqüência de ações independentes entre si: pregar, expulsar demônios, ungir enfermos com óleo e curar! Isso nos leva em uma primeira análise a descartar a expulsão de demônios com o auxílio do óleo... senão eles teriam necessariamente de pregar com óleo, o que não faria o menor sentido! Logo: Não se Expulsa Demônio Com Auxílio de Óleo em Lugar Nenhum da Bíblia! Continuando, nos resta o trecho final, onde “ungiam os enfermos” e “os curavam”. Olhemos agora então para o texto do livro de Tiago, onde se afirma claramente que a oração de fé salvará o doente. Isso me leva a refletir sobre as aplicações do óleo naquela época: já vimos que tal líquido era amplamente utilizado naquela época com vários objetivos. As passagens sobre a irmã de Lázaro ungindo os pés do Senhor e a unção pós-jejum nos mostram seu uso estético... e, para o que mais se usaria o óleo? Hoje em dia temos as farmácias de manipulação, capazes de criar os medicamentos conforme minuciosas especificações médicas... e pude aprender uma importante lição ao observar seus produtos... não sei se vou me expressar nos termos corretos, mas todo o produto químico ativo (remédio) precisa de um “meio” para poder ser aplicado. O mundo moderno nos oferece diversas substâncias neutras passíveis de transportar o medicamento: creme, gel, água, gelatina... os princípios ativos são infundidos nesses materiais e vêm a se tornar os xampus, pomadas, etc. Ora, sabemos claramente que naquela época a tecnologia não era algo tão admirável assim, certo? Ou será que vemos ainda hoje em dia alguém passando óleo na cabeça para ir a um culto ou a uma festa? É claro que não! As pessoas usam produtos perfumados e sem gordura... Da mesma forma, podemos perceber que a maioria dos medicamentos se aperfeiçoou. Não se faz mais pasta de figos como se fazia em Isaías 38:21... muito menos se toma vinho para problemas estomacais, conforme recomendou Paulo em I Timóteo 5:23! Quem seria louco de passar óleo e vinho em uma ferida, conforme descrito em Isaías 1:6 ou Lucas 10:34? E olha que Lucas era médico... Com o passar dos anos, o homem aprendeu a extrair as substâncias químicas mais importantes de cada produto para então fazer medicamentos mais eficazes e direcionados ao mal que se está combatendo. Voltemos agora à partícula restante de Marcos 16:13 e vejamos os termos separadamente, primeiramente a partícula “os curavam”: será que Deus alguma vez já dependeu de algum método específico para curar alguém? Será que o criador dos céus e da terra precisa que sinalizemos com óleo para só então ele agir? Acho que não... e cito os outros exemplos acima para provar que a graça soberana de Deus age dos meios mais insuspeitos e improváveis! Vejam só: cuspe com terra curando cegueira! Sombra e panos curando e expulsando demônios! Só mesmo a maravilhosa graça de Deus para realizar tais impossíveis! Notem que os objetos citados por mim nunca foram, digamos assim, “preparados” espiritualmente: não imagino Pedro esticando as mãos para sua sombra e orando para que ela curasse àqueles por sobre quem passasse... muito menos Paulo benzia seus objetos de uso pessoal! Jesus então? Agiu num ato contínuo: abaixou, fez a laminha, passou no olho do cego e pronto... afinal Ele é Deus e faz o que quiser, na hora que quiser e do modo que quiser!!! Então nos voltamos para os “cultuadores do óleo”, que o vêem como objeto sagrado e capaz de, por si só, operar milagres e expulsar demônios... quantas pessoas já não foram “ungidas” e nunca obtiveram resultado algum? E depois ou a culpa da falha recai sobre a “falta de fé” da pessoa ou então, pior ainda, a pessoa se sente enganada e perde a fé em Deus, por culpa desses supersticiosos cultuadores de amuletos... Eu creio que as curas, tanto a citada em Marcos 6:13 quanto a de Tiago 5:14, são completamente independentes da unção com óleo... elas são fruto direto da ação divina! O óleo seria meramente a parte medicamentosa a ser cumprida. Mesmo hoje em dia vemos pessoas ingerindo os medicamentos atestadamente corretos para suas doenças e ainda assim não sendo curadas! Eu já vi isso acontecendo... e creio que muitos leitores também! Logo, podemos concluir disso tudo: " Muitas vezes o remédio correto não cura. Muitas vezes a oração não cura!" ... e isso ocorre conforme ocorreu com Paulo em II Coríntios 12:7-10. Ninguém sabe as intenções e motivos de Deus e nenhum homem é apto para julgá-lo! Nem sempre as coisas que nos parecem ruins estão fora da vontade de Deus. Vejamos os exemplos de Jó e aprendamos com Romanos 8:28. Não estou dizendo que é fácil... mas é o que nos diz a verdadeira e única palavra de Deus. Finalmente podemos afirmar que:
"O óleo pode ser usado para curar tanto quanto cuspe, lodo, um pano ou uma sombra!... Ou Nada Disso!Deus usa o que quiser na hora que quiser:A Graça não pode e nem deve ser colocada sob uma 'Fórmula Mágica'"
Deus não costuma ficar se repetindo: não fez a vara de Moisés virar cobra duas vezes, não abriu o Mar Vermelho duas vezes, não derrubou as muralhas de Jericó duas vezes... Ele pode fazer tudo isso de novo a hora que quiser, mas não faz para que o homem não creia que há um método específico além da fé e do conhecimento da palavra... principalmente quando o assunto é a multiforme graça de Deus. Cabe a nós estarmos sensíveis ao mover do Espírito Santo. Meu último apelo é para que fiquem atentos as profecias sobre os últimos tempos, descritas em Mateus 24:23-24, II Tessalonicenses 2:9-10, II Coríntios 11:14-15 e Apocalipse 13:3-4, 12-14... elas mostram claramente que não são bem os servos do Senhor que vão ficar fazendo sinais e prodígios no final dos tempos. Cuidado com os grandes milagres modernos!!! ... ou você acha que ainda não estamos vivendo os últimos dias?

O Óleo da Unção

Tirando o Poder do Sacrifício de Jesus Cristo
parte 1

Tirando o Poder do Sacrifício de Jesus Cristo
Arrumei uma forma de transcrever um pouco das revelações que me tive após a leitura de alguns trechos da Bíblia e que têm tudo a ver com o costume de usar “óleo de unção” para tudo: curar doentes, expulsar demônios... será que nós, crentes modernos, não estaríamos criando uma espécie de “água benta evangélica”? Estaríamos nos colocando nossa fé em um objeto ao invés de depositá-la n’Aquele que é o único realmente capaz de operar milagres através de Sua graça?
Unção de Santificação?
Depois de muito ler livros de “batalha espiritual”, eu estava começando a crer no óleo, principalmente diante dos textos altamente recomendado por esses autores, que se encontram em Êxodo 30:22-33 (o azeite da santa unção) e Êxodo 40:1-16 (o estabelecimento do tabernáculo):

“Assim santificarás estas coisas, para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nela será santo. Também ungirás a Arão e seus filhos, e os santificará para me administrarem o sacerdócio.” (Êxodo 30:29-30)

“Então tomarás o azeite da unção e ungirás o tabernáculo, e tudo o que há nele; e o santificarás com todos os seus pertences, e será santo. Ungirás também o altar do holocausto, e todos os seus utensílios; e santificará o altar; e o altar será santíssimo. Então ungirás a pia e a sua base, e a santificarás. Farás chegar também a Arão e a seus filhos à porta da tenda da congregação; e os lavarás com água. E vestirás a Arão as vestes santas, e o ungirás, e o santificarás, para que me administre o sacerdócio. Também fará chegar a seus filhos e lhes vestirás as túnicas, e os ungirás como ungiste a seu pai, para que me administrem o sacerdócio, e a sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo nas suas gerações.” (Êxodo 40:9-15)
Uma metodologia bastante correta... de acordo com a lei! E aí está o grande problema! A Bíblia não pode ter sua cronologia ignorada e todas essas recomendações de procedimentos para santificação encontram um ponto final diante desse importantíssimo texto:

“Porque tendo a lei sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a ele se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade. Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus, Daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. Porque, com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados. E também o Espírito Santo no-lo testifica; porque depois de haver dito: Esta é a aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. Ora, onde há remissão destes, já não mais oblação pelo pecado. Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa. Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.” (Hebreus 10:1-23)

Que interessante! De acordo com o texto acima podemos concluir que:
O sacrifício de Cristo na cruz foi feito apenas uma única vez. Esse texto explica claramente que os sacrifícios do velho pacto (como, por exemplo, os relatados nos capítulos de 1 a 5 do livro de Levítico) não eram eficazes e muito menos agradavam a Deus (versos 6, 8 e 11)
Jesus Cristo é o grande sacerdote sobre a casa de Deus e, através de seu sacrifício único, nos santifica (versos 10 e 12-18), aperfeiçoando dessa forma as leis que deveriam ser cumpridas no Antigo Testamento.
Então, como posso eu depender de um tipo de óleo para santificar algo depois de conhecer essa verdade? Quem nos santifica é somente nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e isto está diretamente relacionado a outro fator importantíssimo, que faz parte do “legado” deixado por Ele. Vejam:

“E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.” (João 7:37-39)

A afirmação que faço a seguir é bastante chocante, mas, baseado no texto acima, posso afirmar então que nenhum dos grandes personagens do Antigo Testamento teve uma experiência tão íntima com Deus quanto qualquer um que tenha nascido depois da glorificação de Jesus Cristo. Mesmo Moisés, que conheceu ao Senhor Face a Face (Êxodo 33:11; Números 12:7-8; Deuteronômio 34:10) não teve uma experiência conforme a descrita em Romanos 8:26-27. Esse parágrafo é especulativo, mas eu penso que essa é a melhor explicação para o sangue nos umbrais de Êxodo 12, pois tal sinal se fez necessário para o reconhecimento de quem iria ser salvo ou não... afinal, ninguém ali tinha o Espírito Santo! Os poucos personagens do Antigo Testamento que chegaram a ter um contato mais próximo com a experiência do Espírito Santo: ou foram escolhidos diretamente pelo próprio Deus, ou tiveram uma experiência momentânea ou então tiveram que ser ungidos para isto! Veja alguns dentre muitos exemplos:
Bezalel (escolhido por Deus) – Êxodo 31:2-3; Êxodo 35:31.
Eldade e Medade (momento) – Números 11:26. O fato da maioria do povo não ter o Espírito de Deus é confirmado em Números 11:29.
Josué (ungido por imposição de mãos) – Deuteronômio 34:9.
Otniel (momento) – Juízes 3:9-11.
Sansão (vários momentos) – Juízes 13:25; Juízes 14:6 e 19; Juízes 15:14.
Saul (ungido) – I Samuel 10:1-7; I Samuel 11:6. Esse, mesmo ungido, fez tanta besteira que o Espírito do Senhor acabou se retirando dele (I Samuel 16:14).
Davi (ungido) – I Samuel 16:13; II Samuel 2:4.
Eu poderia fazer uma lista mais extensa que esta com mais personagens do Antigo Testamento que puderam ter uma “provinha” da presença do Espírito do Senhor, mas sugiro que leiam o estudo de Walter Andrade Campelo para compreender quem exatamente eram as pessoas ungidas naquela época, assim como as funções do óleo. Mas mesmo nestes exemplos podemos ver que o mesmo Espírito gerava capacidades bastante diversas entre si. Se esses homens, apenas ao “esbarrar” com o Espírito, fizeram acontecer eventos incríveis, imagine agora o que podem fazer aqueles em quem o Espírito habita? Sim! Habitar é algo perene... é conviver a cada instante com Ele. Essa informação é confirmada através dos textos de João 14:15-17 e 26 (“... habita convosco, e estará em vós”); I Coríntios 3:16; Efésios 2:22 e II Timóteo 1:14. Acho que a maioria daqueles que está lendo este texto até aqui sabe muito bem o que deve fazer para receber o Espírito Santo, mas não me custa nada citar João 20:22, Atos 1:8, Atos 2:38, Atos 8:15-17, I Coríntios 6:19, Gálatas 3:14... afinal, estes são métodos comprovados para “ganhar” este “presente” deixado para nós pelo próprio Jesus Cristo. Um alerta! Há muita gente por aí pensando que está cheia do Espírito Santo e, na verdade, estão agindo exatamente contra o texto de Colossenses 2:8; esquecendo Romanos 8:4-11, I Tessalonicenses 4:2-8, I Timóteo 4:1-2 e Tiago 4:4-5; esperando e aceitando tudo o que está descrito em II Tessalonicenses 2:3-12... sequer se preocupando em aplicar I João 4:1-3 ou tentando observar o tipo de resultados da ação desse espírito dentro do previsto em Gálatas 5:19-23. Estes certamente não devem se agradar nem um pouco das coisas que tenho escrito nos últimos tempos. Não posso deixar de registrar que me entristeço ao encontrar tantos líderes agindo conforme I Timóteo 6:3-5, II Timóteo 4:3-4 e se adequando cada vez mais às profecias de Isaías 56:8-12 e Ezequiel 34:1-10... são justamente esse líderes que mais gostam de usar as coisas “bentas” como, por exemplo, flores, lenços, água e, é claro, o óleo! A única conclusão a qual posso chegar nesta primeira seção é:
"Utilizar óleo com o objetivo de santificar qualquer coisa é negar diretamente o sacrifício de Jesus Cristo na cruz: Use sua oração e, com muito cuidado, a imposição de mãos."
Recomendo cuidado com a imposição de mãos baseado no texto de I Timóteo 5:22. Não saia por aí deixando que qualquer maluco coloque as mãos em sua cabeça... ainda mais se não souber verdadeiramente se o “vaso” tem rachaduras ou não!

VISÃO DE CONQUISTA

A VISÃO DE MOISÉS PARA CONQUISTAR CANAAN

Deuteronómio 1:5­8

5 Além do Jordão, na terra de Moabe, Moisés se pôs a explicar esta lei, e disse: w 6 O Senhor nosso Deus nos falou em Horebe, dizendo: Assaz vos haveis demorado neste monte. 7 Voltai­vos, ponde­vos a caminho, e ide à região montanhosa dos amorreus, e a todos os lugares vizinhos, na Arabá, na região montanhosa, no vale e no sul; à beira do mar, à terra dos cananeus, e ao Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates. w 8 Eis que tenho posto esta terra diante de vós; entrai e possuí a terra que o Senhor prometeu com juramento dar a vossos pais, Abraão, Isaque, e Jacó, a eles e à sua descendência depois deles.

“Eu dei­vos esta terra!”
Deus quis dar a terra de Canaan ás tribos de Israel. Da mesma maneira Ele quer dar­ nos a nossa Nação. w A visão de Deus é de Conquista. Satanás está a governar um território que não tem autoridade legal para possuir. w “Entrai e possuí a terra” (Invade e ocupa o território). Isto implica que temos que fazer guerra ás forças que estão a ocupar o território de forma a removê­los da terra. w Satanás não vai retirar as suas fortalezas sem que alguém o ataque de maneira a forçar a sua retirada.

Deuteronómio 1:9­15
9 Nesse mesmo tempo eu vos disse: Eu sozinho não posso levar­vos, 10 o Senhor vosso Deus já vos tem multiplicado, e eis que hoje sois tão numerosos como as estrelas do céu. 11 O Senhor Deus de vossos pais vos faça mil vezes mais numerosos do que sois; e vos abençoe, como vos prometeu. 12 Como posso eu sozinho suportar o vosso peso, as vossas cargas e as vossas contendas? 13Tomai­vos homens sábios, entendidos e experimentados, segundo as vossas tribos, e eu os porei como cabeças sobre vós. 14 Então me respondestes: bom fazermos o que disseste. 15 Tomei, pois, os cabeças de vossas tribos, homens sábios e experimentados, e os constituí por cabeças sobre vós, chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez, por oficiais, segundo as vossas tribos.

A Formação Militar
Deus quer multiplicar­nos mil vezes mais do que estamos a experimentar no presente! Satanás quer que a nossa visão esteja limitada a uma Igreja Pequena e a uma maneira de pensar diminuta. w Moisés instituiu também uma formação e hierarquia militar de capitães de 10, 50, 100, e de 1000. w Satanás quer que fiquemos isolados w Deus sabe quando nós fazemos parte de uma equipa.

O espírito de Medo
O povo decidiu então enviar doze espias para que calculassem as suas hipóteses de conquista. Dez dos espiões voltaram com um espírito de medo e de incredulidade, olhando mais para os gigantes do que para o fruto da terra. w Os membros da congregação murmuraram e se queixaram dizendo que a conquista daquela terra era impossível. w Satanás é quem está por detrás do desencorajamento, das dúvidas e da incredulidade. Ele quer ver­nos derrotados mesmo antes de começarmos o processo de conquista. w Eles tinham a presença do Espírito Santo para os guiar e Deus Pai para os levar, contudo com a excepção de Josué e Calebe toda a nação se opôs á conquista.

O Começo da Conquista
Deuteronomio 2:30 w Depois de vaguearem no deserto por 38 anos toda aquela geração inicial morreu e a nova geração começou a conquistar a terra prometida. w O rei Siom recusou dar passagem a Israel pelo seu território e Deus disse­ lhes para “conquistar e ocupar” (v. 31). w Moisés, Josué e a nova geração conquistaram todas as cidades de Siom e Ogue (Deut. 3:3­7). Finalmente a Visão da conquista estava a tomar forma!

A NOSSA VISÃO DE CONQUISTA

A. CADA MEMBRO SE IRÁ MULTIPLICAR!
B. CADA MEMBRO PERTENCERÁ A UMA EQUIPA!
C. CADA MEMBRO TERÁ UM ESPÍRITO DE GUERREIRO!

CADA MEMBRO SE IRÁ MULTIPLICAR!
Tal como Moisés profetizou que o Senhor iría multiplicar Israel mil vezes devemos aceitar que Deus nos quer fazer da mesma maneira! Deus disse a Adão: “Frutifica, multiplica­te, e enche a terra.” Multiplicação é o plano de Deus e o pesadelo do nosso inimigo. Como membro do Corpo de Cristo você pode­ se multiplicar! Você não irá ter divisão, diminuição nem desaparecimento. Do teu ventre espiritual sairão almas, famílias, células e gerações. A Escada do Sucesso dá o esboço de como você pode operar nessa multiplicação: Ganhar Almas, levar essas pessoas ao Encontro, Discipulá­los através da Escola de Líderes e enviá­los a fazerem as mesmas coisas com outras pessoas.

CADA MEMBRO PERTENCERÁ A UMA EQUIPE!
Tal como Moisés passou tempo a organizar aqueles três milhões de pessoas em pequenos grupos de 10, 50, 100, e de 1000, também nos estamos a organizar para cuidar melhor uns dos outros. Temos as nossas Células (equipas) que estão prontas a enfrentar as lutas reunindo todas as semanas e providenciando ministério pessoal aos seus membros. As equipas são como “pelotões” de soldados onde satanás é derrotado no combate da oração.

CADA MEMBRO TERÁ UM ESPÍRITO DE GUERREIRO!
A Igreja Primitiva conquistou cidades inteiras para o Evangelho através de milagres. Libertação e pregando de maneira a alcançar regiões inteiras para Cristo. A nossa Cidade e a nossa Nação podem ficar nas mãos de Deus se cada um de nós se decidir a ter a atitude de um Guerreiro Espiritual. As dúvidas, críticas, murmurações e divisões são o oposto da conquista. Você não deve escutar aqueles que dizem que “não podemos” pois aqueles que possuem o espírito da Fé irão mover­se de forma a conquistarem o território espiritual que o Senhor já nos entregou.

CADA MEMBRO TERÁ UM ESPÍRITO DE GUERREIRO!
• Esta é a visão de Conquista! Isto nada tem a haver com a assitência aos cultos, membros de Igreja ou transferências de membros. Esta estratégia tem a haver com Guerra Espiritual contra o reino das trevas de forma a conquistarmos o território. Se cada membro se dedicar neste ano a conquistar e terra iremos multiplicar o Reino de Deus e tomar a nossa Nação para Jesus. Iremos também conquistar para o nosso Deus todos os povos do mundo que aínda não foram alcançados.

A NOSSA VISÃO DE CONQUISTA

A. CADA MEMBRO SE IRÁ MULTIPLICAR!
B. CADA MEMBRO PERTENCERÁ A UMA EQUIPA!
C. CADA MEMBRO TERÁ UM ESPÍRITO DE GUERREIRO!

Unção com Óleo

Uma Reflexão Bíblica e Histórica

Análise Histórica
É interessante que venhamos a analisar a prática da Igreja, desde os seus primórdios até os dias atuais, para que possamos formar também nosso pensamento através do testemunho daqueles que no decorrer do tempo estudaram e buscaram o conhecimento bíblico, bem como daqueles que deturpando o verdadeiro significado dos ensinos bíblicos torcem seu entendimento de acordo com suas conveniências momentâneas.
Os Pais Apostólicos
Não há praticamente nenhuma referência à unção com óleo de enfermos, entre os escritos de Tiago (± 46-49 d.C), e de Hipólito de Roma (± 200 d.C.). Isto provavelmente se deve ao fato de estarem os Cristãos deste período lutando com tantas e tão variadas formas de heresias, como o gnosticismo, o arianismo, o sebastianismo, o monarquismo, os judaizantes, entre outros tantos, que não deve ter havido tempo para dedicarem-se a este assunto em seus escritos.
Justino de Roma (± 140 d.C.)
Há contudo a exceção de Justino de Roma, que por volta de 140 d.C. defendia a posição de que todo e qualquer tipo de unção praticada ou ministrada no Velho Testamento aponta para Cristo. E que assim em Cristo todas as unções cessaram, conforme podemos ver pelo trecho de seu trabalho a seguir:
"Tendo Jacó derramado óleo no mesmo lugar, o próprio Deus que lhe aparecera dá testemunho de Ter sido para ele que ungiu ali a pedra. Também já demonstramos, com várias passagens das Escrituras, que Cristo é chamado simbolicamente "pedra" e que também a ele se refere toda unção, seja de azeite, seja de mirra ou qualquer outro composto de bálsamo, pois assim diz a palavra: "Por isso, o teu Deus te ungiu, o teu Deus, com óleo de alegria, de preferência aos teus companheiros". É assim que dele participaram os reis e ungidos, todos os que são chamados reis e ungidos, da mesma maneira como ele próprio recebeu de seu Pai o fato de ser Rei, Cristo, Sacerdote."

Hipólito de Roma (± 200 d.C.)
A mais importante obra teológica de Hipólito de Roma é intitulada a "Tradição Apostólica". É um dos mais antigos documentos com instrução litúrgica que podemos encontrar, tendo sido usado como base, pela igreja católica romana, para consubstanciar sua herética doutrina sacramental da "extrema-unção" e é também a base utilizada pelos neopentecostais para confirmar que a Igreja Cristã pós-apostólica era praticante da "unção de enfermos". Vamos ao texto de Hipólito:
Se alguém oferecer azeite, consagre-o como se consagrou o pão e o vinho, não com as mesmas palavras, mas com o mesmo Espírito. Dê graças, dizendo: "Assim como por este óleo santificado ungiste reis, sacerdotes e profetas, concede também, ó Deus, a santidade àqueles que com ele são ungidos e aos que o recebem, proporcionando consolo aos que o experimentam e saúde aos que dele necessitam."
Por estas palavras podemos claramente entender que este ensinamento está muito distante da verdade bíblica. Não há nenhuma instrução na Palavra de Deus no sentido de se consagrar pão e vinho. A Bíblia inclusive não trata o líquido da ceia do Senhor como sendo vinho. Há uma única referência, feita pelo Senhor Jesus registrada em Mateus, referindo-se ao conteúdo do cálice como "fruto da vide", ou seja "uva", ou seu suco:

"E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai." (Mateus 26:29 ACF)
E em nenhum momento há qualquer ritual de consagração. Há sim oração em ação de graças a ser proferida durante o cerimonial da ceia do Senhor, conforme instruções encontradas em Mateus 26:26-30 e em I Coríntios 11:23-30. Se não se consagra o pão e o vinho, também não se consagra azeite. Se não se consagra azeite toda a teologia e toda a instrução litúrgica derivada desta linha de raciocínio é biblicamente inválida e deve ser considerada espúria e anátema. Aprofundando-nos no estudo dos ensinos de Hipólito de Roma podemos encontrar vários tipos de óleos, como o óleo consagrado, o óleo de exorcismo, o óleo de ações de graças, o óleo santo ou santificado, entre outros, como o queijo da caridade e a azeitona consagrada. (Será que as semelhanças com a IURD são meras coincidências?) Assim, quaisquer ensinos provenientes desta fonte, ou de qualquer outra que nela se baseie devem ser considerados espúrios e anátemas.
Orígenes (± 210 d.C.)
Orígenes, apesar de todas as suas tendências alegoristas e metafóricas, de suas heresias e descalabros, ao tratar da questão da unção com óleo, afirma, corretamente, que alguns Cristãos (neste caso Celso) teriam querido curar suas feridas através da ação divina, mas manter sua alma inflamada em seus vícios e pecados, rejeitando os remédios espirituais dessa mesma palavra, a confissão de pecados e o perdão. Querendo usar o azeite, o vinho e outros emolientes, e demais ajudas médicas que aliviam a enfermidade, como alívio para sua alma corrompida, ou ainda usar de supostos poderes mágico-espirituais conferidos aos medicamentos na cura das feridas, sem se apresentarem diante de Deus, para a cura da alma. Hoje em dia a medicina nos apresenta vários novos recursos curativos, além do azeite e do vinho, aos quais podemos recorrer, contudo não podemos em momento algum, nos esquecer da dependência de Deus, através de uma vida de oração. Este é o ensinamento de Orígenes: que muitos querem ser curados, querem ser aliviados, mas não querem deixar seus pecados. Portanto, na teologia de Orígenes não existe espaço para uma unção de enfermos com fins curativos mágicos. O azeite e outros emolientes são importantes do ponto de vista medicamentoso, mas sempre associados à dependência de Deus pela oração, e se for para a Sua glória, Deus restabelecerá o enfermo.
Idade Média
Durante a Idade Média houve grande luta entre o poder secular e o poder da Igreja, trazendo como conseqüência direta uma deturpação ainda mais exacerbada da já caquética e corrompida teologia da igreja de Roma. As interpretações das Escrituras visavam apenas dar respaldo a um misticismo mágico-religioso que dominava as ações da igreja de Roma, e lhe conferia poder sobre as massas ignorantes e crédulas, além de controle sobre seus governantes, rendendo à igreja de Roma grandes frutos financeiros e políticos. Neste período há muito pouca discussão sobre a unção com óleo, pois esta já se havia instituído em sacramento, o sacramento da extrema-unção, para limpar de pecado aquele que estava à beira da morte.
Cesário de Arles (± 503~504)
Ele faz várias referências à unção de enfermos nos seus sermões. No sermão 13 ele escreve:
"Toda vez que sobrevier uma doença, o que a sofre receba o corpo e o sangue de Cristo; peça humildemente e com fé ao sacerdote a unção com o óleo bento a fim de que se cumpra nele o que está escrito".
No Sermão 184, suplica às mães que não levem seus filhos aos "medicamentos diabólicos", argumentando:
"Quanto mais justo e razoável seria recorrer à igreja, receber o corpo e o sangue de Cristo, ungir com fé, seja o próprio corpo ou o dos seus, com o óleo bento."
Aqui vemos já uma completa deturpação do significado da ceia do Senhor, pois é esta um memorial, não conferindo qualquer tipo de bênção, graça ou cura. Pois, não há qualquer suporte nas Sagradas Escrituras para que assim pensemos. E assim da mesma forma também não há um "óleo bento pelos sacerdotes". Pois, primeiramente, não há na Nova Aliança a figura do sacerdote, não há mais a necessidade de intermediação entre o povo e seu Deus. Cada um que tenha em si o selo da salvação, tem acesso direto ao Pai através de Jesus Cristo, nosso Mediador e Advogado para com o Deus. Não há também, como já vimos, sob a Nova Aliança, nenhum objeto ou material consagrado ou santificado, tornando, deste modo, a existência de um "óleo bento" simplesmente impossível. E se não há bênção nem na ceia, nem no óleo, não há razão para uma unção de enfermos, exceto quando ocorrer com caráter puramente medicamentoso, sem qualquer conotação mística ou espiritual. Quanto à afirmação no sermão 184, não há qualquer fundamento ou razão para afirmar que medicamentos sejam "diabólicos", ou de qualquer outra forma "impuros" ou "malévolos". Há contudo, clara proibição bíblica, quanto a se buscar o auxílio de curandeiros e feiticeiros, mas, em nenhum ponto encontramos recomendação contra a busca por médicos ou por medicamentos em caso de doenças. Ao contrário, quando a mulher que sofria com fluxo de sangue procurou por Jesus, é-nos informado que ela já havia procurado por médicos, pratica esta que não foi recriminada por Jesus, apesar de no caso desta mulher não ter sido de eficácia. (Marcos 5:25-34)
Beda (± 720 d.C.)
Segundo o disposto através da teologia de Beda, podemos ver o andamento da deturpação do significado da unção de enfermos, conforme segue:
Naquela época se pensava que a virtude da Unção estava no óleo consagrado pelo bispo, o óleo bento;
A Unção de Enfermos pertencia à categoria dos sacramentos permanentes, assim como a ceia do Senhor e o batismo;
A igreja de Roma cria que assim como na ceia do Senhor é o próprio ministro, o sacerdote, quem consagra o pão, e como também é o sacerdote quem batiza, é este mesmo quem também consagra o óleo para a unção de enfermos, e estes elementos depois de consagrados pelo ministro são repassados aos presbíteros para ministrá-los. Assim, toda a força da bênção do óleo está no pastor, isto é, no sacerdote;
Assim como o pão consagrado para a ceia do Senhor já tem em si a força do sacramento, também o óleo bento consagrado pelo bispo tem a mesma força e o mesmo poder.

Bonifácio (± 900 d.C.)
A partir da reforma carolíngia, a administração do óleo consagrado, ou bento, ficou reservada exclusivamente aos sacerdotes (bispos e presbíteros). Segundo os Statuta Bonifacii, do começo do século IX, os sacerdotes devem, em suas viagens, levar sempre consigo a eucaristia e o "santo óleo"; e lhes é proibido sob pena de deposição confiar aos leigos o "santo óleo". Neste ponto muda a igreja de Roma sua concepção do sacramento:
De unção de enfermos passou a ser unção de moribundos (extrema-unção);
Da consagração do óleo passou a ser a administração da unção;
De sacramento com efeitos corporais passou a ser sacramento com efeitos espirituais;
De sacramento autônomo passou a estar unido à penitência;
A teologia escolástica do século XIII já herdara uma situação de fato: o ministro da unção é o sacerdote, o mesmo da penitência.
Deste panorama, tem-se o que hoje é entendido por unção dos enfermos. Uma ação de transferência de poder do sacerdote para o óleo e deste para o enfermo, "trazendo a cura". Nada mais que uma ação de misticismo e feitiçaria, completamente destacada do contexto e do entendimento bíblicos, ação esta criada por séries de heresias e deturpações históricas, tanto no que se refere ao papel da igreja, quando no que se refere ao papel do ministro da igreja, o seu pastor.
Os Reformadores Protestantes
No decorrer da Idade Média, a igreja católica separou esse rito da unção de enfermos e o elevou à categoria de sacramento da extrema-unção, mediante o qual, segundo ensinavam seus teólogos, deveria ser ministrado aos fiéis da igreja que estavam moribundos, ou seja, à espera da morte. Houve consenso entre os reformadores protestantes que assim apresentada, a unção com óleo, era uma falsa interpretação de Tiago 5:14 e de Marcos 6:13. Segundo Lutero, em sua exposição do texto de Tiago 5:14, o uso da unção com óleo, já cessou:
"Por isso sou de opinião que essa unção é a mesma da qual se escreve, em Mc 6:13, a respeito dos apóstolos: 'E ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.' Trata-se, pois, de um certo rito da Igreja primitiva, pelo qual faziam milagres entre os enfermos. Já desapareceu há muito."
Calvino de igual modo não aceita a contemporaneidade da prática da unção de enfermos, assegurando que esta prática já cessou na igreja, como também, todas as virtudes e os demais milagres que foram operados pelas mãos dos apóstolos, a razão é que este dom (unção de enfermos) era temporal. Calvino e Lutero são unânimes em afirmar que o azeite era um ungüento utilizado na Igreja Primitiva com fins medicamentosos que associados à oração dos presbíteros, teria muito efeito. Porque os reformadores não faziam unção de enfermos?
Por que o princípio gerador da cura em Tg 5:14 é a fé do doente e as orações dos líderes da igreja;
Por que longe de sustentar a extrema-unção ou o crisma (confirmação), a passagem de Tiago 5:14 trata de presbíteros (e não de sacerdotes) orando pela cura do enfermo; O azeite é então um óleo medicinal, e não um preparado mágico para a morte.
Por que a unção Veterotestamentária apontava para o Messias, o Ungido de Deus, cumprindo em Cristo a unção final de sacerdote, profeta e rei;
Por que no processo evolutivo da revelação de Deus, o óleo da unção aponta para o ministério do Espírito Santo, Aquele que unge, isto é, separa, capacita, credencia o cristão a fazer a obra de Deus. Os que são ungidos com o Espírito Santo não necessitam de nenhum outro tipo de unção;
Analisando o pensamento de Calvino sobre a unção dos enfermos, especialmente em sua exposição do verso em Tiago 5:14, podemos entender o seguinte:
Para Calvino esta prática já cessou na Igreja;
A unção aponta para a obra e os dons do Espírito Santo; e se nós vivemos hoje no desenvolvimento ministerial do Espírito Santo, com certeza, não há qualquer sentido na prática da unção de Enfermos ou qualquer outro tipo de unção;
A unção não tem o efeito das virtudes espirituais apostólicas;
A unção não é canal de bênçãos para o crente; canal de bênção é a doutrina Bíblica, as orações (intercessão dos Santos) e a comunhão;
A unção não é privativa do pastor da igreja;
A unção não tem qualquer efeito de sacramento;
A unção não perdoa pecados;
A unção não é sinal de cura;
A unção não tem poderes mágico-religiosos;

Considerações Atuais Sobre a Unção Com Óleo
Como conseqüência da situação pela qual vem passando o povo brasileiro, devido às conjunturas políticas, sociais e econômicas, muitos têm encontrado grande dificuldade de acesso à medicina pública, ou nela não têm confiança, recorrendo a uma medicina popular, principalmente através de curandeiros, benzedeiras, e/ou concepções mágico-religiosas. Alguns líderes carismáticos são muitas vezes solicitados a realizar curas divinas através de rituais, e afirmam estar em contato com o Espírito Santo, com anjos, demônios e com o espírito da própria enfermidade. E através de seus "poderes", tentam realizar a "cura", e quando esta não vem, alistam variadas razões, entre elas, e principalmente, o fato de o enfermo, ou seus familiares, terem falta de fé. Assim, todo o procedimento de unção assumiu um papel fundamental dentro do simbolismo religioso que se formou nestes dias, sendo este procedimento utilizado para combater doenças tanto do corpo quanto da alma. E só obtêm a "graça" aqueles que são ungidos com óleo consagrado; para estes haverá saúde, emprego, riqueza, e a cura de diversas moléstias e males demoníacos. Logo tudo passa a ser ungido, a rosa, o barbante, o sal, as fotos, as roupas, a água, o manto, a madeira, e finalmente a própria pessoa é ungida, e caso esteja possuída por demônios estes se manifestam e podem então ser expulsos, através do óleo do exorcismo e da "oração forte".
Saindo da Confusão
Como pudemos perceber perfeitamente através da exposição da história deste procedimento vale aqui de modo especial o que nos é dito pelo texto do salmo 42: "Um abismo chama outro abismo...". E é desta confusão teológica que precisamos sair. E a única forma de fazê-lo é através de uma análise exegética da palavra de Deus, à luz de todo o ensino apresentado pela própria palavra de Deus, conforme já vimos anteriormente neste estudo. Vamos seguir então analisando o verso que é usado por base de toda esta "teologia". Mas, tenhamos em mente tudo o que já estudamos, e em especial a conclusão a que chegamos através da análise sincera e dedicada da palavra de Deus:

"Resta então apenas um tipo de unção a ser analisado em termos de uso nos dias atuais: a unção de enfermos com fins medicamentosos. Não restou nenhum tipo de unção, com finalidades espirituais, a ser utilizada pelos crentes em Jesus Cristo após o estabelecimento da Nova Aliança."

Exposição de Tiago 5:14
Analisemos o texto em si, dentro do seu contexto:

"Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. (14) Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; (15) E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (16) Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." (Tiago 5:13-16 ACF - destaque acrescentado)

É fundamental entendermos que o texto nos fala de oração. Tiago está tratando, por praticamente toda a sua carta, deste tema. Não podemos entender que ele tenha criado um novo ritual místico-mágico, ou que tenha sido criada uma nova teologia, o que invalidaria esta carta como texto bíblico. Como exemplo, analisemos o que houve recentemente em uma pequena cidade americana próxima de Los Angeles: - Lá ocorreu uma enorme tragédia, quando um pai, jogou fora a insulina que seu pequeno filho diabético necessitava tomar, após pedir ao pastor que realizasse em seu filho a "unção com óleo" e a "oração forte de poder". Como resultado desta ação irresponsável, seu filhinho morreu. Devemos entender que nem todos os crentes que ficam doentes, recebem cura! Muitas vezes Deus os quer assim, doentes mesmo, de modo que testemunhem de Sua graça mesmo em meio ao sofrimento, ou então para que seja aprendida alguma lição que Deus queira ensinar. O fato é que se todos os crentes recebessem cura, nenhum morreria, pois, a cada doença se seguiria a cura divina! E a história testemunha que não é assim. Bom, com isto em mente sigamos analisando o texto. A palavra "ungir" em português significa:
untar(-se) ou friccionar(-se) com óleo, ungüento ou qualquer substância gorda; fomentar
untar ou friccionar com perfumes ou substâncias aromáticas
investir de autoridade por meio de unção ou sagração; sagrar

Em grego os dois primeiros sentidos apresentados da palavra "ungir" são entendidos da palavra "aleifw" (aleipho). Já o terceiro sentido, é entendido pela palavra "xriw" (chrio) da qual se deriva a palavra "xristov" (christos), cristo, de onde temos a designação de Jesus como "O Ungido de Deus", "O Cristo". Neste sentido, a primeira (aleipho) é uma palavra que denota uma ação corriqueira e desprovida de qualquer conotação religiosa ou espiritual. Enquanto a segunda (chrio) indica uma ação espiritual, uma consagração divina. E neste verso encontramos a palavra [aleipho] e não a palavra [chrio]! Considerando, portanto, o significado da palavra e do texto em seu contexto, entendemos que somente o que pode operar qualquer cura é o poder do Senhor, muitas vezes em resposta à oração de um justo. O uso do azeite neste texto se refere então à sua aplicação com vistas a uma ação medicamentosa. Dando-nos instrução que não devemos, como fez aquele infeliz pai americano, deixar de aplicar o medicamento pelo fato de estarmos em oração pela cura, mas, inversamente, devemos aplicar o medicamento e orar confiantemente ao Senhor, clamando pela cura, tanto física, quanto espiritual, em caso de haver pecado envolvido. E o Senhor dentro dos Seus propósitos, irá agir. O poder é do Senhor, e não de uma mandinga qualquer ou de qualquer objeto que supostamente tenha quaisquer poderes curativos.
Conclusão
Diante de tudo o que foi exposto, podemos então afirmar:
A unção de enfermos não é um sacramento, já que não há nenhum sacramento, pois para tal exigir-se-ia um sacerdote para intermediar sua aplicação. E na Nova Aliança, cada crente em Jesus Cristo tem acesso direto ao Pai através Dele, sendo portanto, seu próprio sacerdote, dispensando qualquer tipo de intermediação humana. Além deste fato, não há como se complementar a obra do Senhor Jesus Cristo, ou tomar-se qualquer ação que resulte em graça. A obra de Cristo é completa e perfeita, e a obtenção de graça se dá através do poder do Senhor mediante oração e fé.
Os pais da Igreja não praticaram a unção com fins espirituais na Igreja, entendendo que esta ação não deveria ocorrer no cerne da Nova Aliança.
A instituição da unção dos enfermos durante a Idade Média, (que veio posteriormente a se tornar a extrema-unção católica, e que após o concílio Vaticano II voltou a ser, para os católicos romanos, a unção de enfermos) foi obra de "cristãos" que não tinham uma teologia séria, embasada na Palavra de Deus, mas, ao contrário, desejavam apenas mais um meio de controle sobre as massas.
Conforme pudemos ver da exposição de Tiago 5:14, o óleo não tem em si nenhum poder curativo sobrenatural, além de seu próprio poder como medicamento. O verdadeiro poder está no Senhor, e pode vir a ser derramado sobre o enfermo, em atendimento às orações de verdadeiros crentes no Senhor Jesus Cristo, aqueles que foram justificados pelo Seu sangue.
O azeite em Tiago 5:14, não é expressão do Espírito Santo, nem de Sua ação, pois, este fato viria de encontro a todas as doutrinas apostólicas. A unção que se relaciona com o Espírito Santo é obtida na conversão, quando o crente é Nele batizado e selado para o dia da redenção.
Qualquer pensamento quanto a um valor semimágico da unção com óleo, fere os princípios do Novo Testamento, especialmente no que diz respeito ao objeto da fé, que não pode em nenhuma hipótese ser algo material sob pena de idolatria e paganismo:

"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra." (Mateus 28:18)
Em nada devemos por a nossa fé, a não ser naquele que verdadeiramente nos pode salvar!
No processo evolutivo da revelação de Deus, o óleo da unção apontava para o vindouro ministério do Espírito Santo, que é Aquele que unge, ou seja, Aquele que separa, capacita, credencia o Cristão a fazer a obra de Deus. Os que são ungidos com o Espírito Santo não necessitam de nenhum outro tipo de unção espiritual, em nenhum outro momento de suas vidas!
E que Deus nos abençoe e nos permita permanecer sendo fiéis à Sua palavra e à Sua vontade em cada momento de nossas vidas, deixando e abandonando tudo quanto não provém de Deus! Amém!

Bibliografia consultada
A BÍBLIA SAGRADA, Versão Revista e Corrigida Fiel ao Texto Original, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, 1995.ARLES, Cesário de - Sermones Sancti Caesarii Arelatensis - Pars Prima, studio D. Germani Morin O.S.B., ed. altera, Turnholti, Brepols, 1953.CNBB, Observações sobre o Ministro da Unção dos Enfermos. 35ª Assembléia Geral da CNBB.COELHO FILHO, Isaltino Gomes - Tiago Nosso Contemporâneo: Um Estudo Contextualizado da Epístola de Tiago, 2ª edição, Rio de Janeiro, JUERP, 1990.ECCLESIA, Patrística e Fontes Cristãs Primitivas: Tradição Apostólica de Hipólito de Roma.FALCÃO Sobrinho, João - A Túnica Inconsútil: Um estudo sobre a doutrina da igreja, 2a edição revisada, Rio de Janeiro, JUERP, 2002.HOUAISS, Antonio - Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, versão eletrônica.LAUAND, Jean - Um Sermão de S. Cesário de Arles.RÉDUA, Ashbell Simonton - Unção com óleo *com especial gratidão por tão excelente trabalho!