Os Três jardins de Deus
O belo sempre nos encanta. Nossos olhos são atraídos pelo paisagismo dos belos jardins que estão engrinaldados de flores. Tenho a convicção que você já sentiu este encantamento ao visitar um “stand” de um belo apartamento, que em sua estrutura contava com belos jardins e um lindo paisagismo. A Bíblia também fala de alguns jardins. Nesta reflexão destacaremos os três mais importantes:
O jardim do Éden (Gn 1-3).
A história da humanidade começa num jardim, o jardim do Éden. Lá nossos primeiros pais viveram na inocência, desfrutando de todas as belezas daquele jardim. Naquele jardim desfrutavam de plena e intima comunhão com Deus. Naquele jardim, não havia dor nem tristeza. Tudo era belo e encantador. O pecado, porém, entrou no mundo por meio de Adão. Ele desobedeceu a Deus, e toda a raça humana caiu nas teias do pecado. Adão foi expulso do jardim e viu a terra produzir espinhos, viu sua mulher dar à luz com dores e viu o trabalho, até então deleitoso, tornar-se penoso.
O jardim do Éden foi perdido, e a raça humana mergulhou numa história de rebelião, tristeza e morte. O pecado de Adão o separou da natureza, de si mesmo, do próximo e de Deus. O pecado trouxe transtornos na natureza, nos relacionamentos humanos, bem como na relação com Deus. A partir da entrada do pecado no mundo, a história está marcada por lágrimas, doença, sofrimento e morte.
O jardim da Cidade Celeste (Ap 21 – 22).
A história da humanidade terminará num outro jardim, o jardim da Cidade Celeste. O jardim perdido será restaurado. Lá não entrará nenhuma maldição. Lá o pecado não penetrará suas portas. Lá as lágrimas serão enxugadas. Lá o sofrimento, a doença e a morte não entrarão. Nesse jardim, não haverá noite, pois o Cordeiro de Deus é a sua lâmpada. Nesse jardim, o rio da água da vida vai fluir do trono de Deus. Nesse jardim, os que foram expulsos por causa do pecado, e agora estão lavados pelo sangue do Cordeiro e vestidos de vestiduras brancas, entoarão um novo cântico àquele que está assentado no trono.
Nesse jardim reconquistado, teremos um novo corpo, cheio de glória, semelhante ao corpo de Cristo. Neste jardim, viveremos e reinaremos com Cristo pelos séculos dos séculos. Ninguém poderá nos separar uns dos outros nem nos afastar da presença daquele que nos deu vida abundante e eterna. Nesse jardim, as belezas mais esplêndidas da terra serão figuras opacas diante do seu exuberante esplendor.
O jardim do Getsêmani (Mt 26.36-46).
A história da humanidade revela que entre esses dois jardins, o jardim do Éden e o jardim restaurado, há o jardim da agonia, o jardim do Getsêmani. É pela desolação, pelo sofrimento e sacrifício vicário de Cristo, pela indescritível angústia no Getsêmani, que o “rio da vida límpido como cristal”, corre nesse jardim restaurado. Sem o Getsêmani, não haveria a Nova Jerusalém.
O apóstolo Paulo diz: “[...] quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte do seu Filho [...]” (Rm 5.10). No jardim do Getsêmani, Jesus enfrentou solidão. Ali ele ficou sozinho quando travou a mais terrível batalha do universo. Ali Ele suou sangue quando resoluta e voluntariamente se entregou por nós. No Getsêmani, a antiga serpente, que enganou Eva no jardim do Éden, teve sua cabeça esmagada. Ali Jesus aceitou de bom grado o cálice amargo, de se fazer pecado e maldição por nós, ao sofrer a dolorosa e maldita morte de cruz em nosso lugar.
Ali, o Cordeiro de Deus, não levou em conta a ignomínia da cruz por saber que a alegria que lhe estava proposta, a alegria de nos salvar e nos reconduzir de volta ao jardim de Deus, o jardim restaurado da Jerusalém celestial. A Bíblia diz que onde abundou o pecado, superabundou a graça. Pela sua morte, Cristo trouxe vida; pelo seu sacrifício, redenção. Agora, por meio do seu sangue, temos livre acesso à presença do Pai e, quando da sua vida, entraremos no jardim restaurado de Deus, onde estaremos para sempre com Ele.
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