03/12/2011

Palavra de Bênção para o ano de 2012

Rev. Carlos Zete
Igreja Voz do Evangelho
Eamil: rev.kzz@gmail.com


Eu creio que esses serões os melhores dias das nossas vidas. Olha para a pessoa que está ao seu lado e diga, se prepare para entrar em outra dimensão, dimensão do espírito, o diabo queria prender nós no lixo, mas o Espírito de poder de Deus foi e nos libertou do império das trevas, e nos transportou para o reino da luz. Portanto toda maldição contra as nossas vidas, Deus, o meu Deus em Jesus Cristo transformou em promessas e bênção. Nós somos por direito, nós somos, pelo o sangue de Jesus Cristo. Nós somos mais que vencedor. Ouça satanás você não tem autorização para nos paralisar, perturbar, roubar, matar e destruir, por isso nós declaramos que a partir de agora nós estamos entrando no melhor de Deus em nossas vidas.

Nós declaramos que o ano de 2012, todas as promessas de Deus em nossas vidas, serão realizadas e você satanás não tem autoridade para impedir que o povo de Deus possa entrar na terra prometida.

Irmãos faça essa oraçao na sua igreja, não deixe o inimigo roubar nossas bênçãos.

Deus seja louvado em sua vida.





A Batalha Espiritual da Igreja de Cristo

A Batalha Espiritual da Igreja de Cristo



Efésios - 6 - 10 : 20



Quando uma guerra é declarada, iniciada, não há mais lugar para neutralidade. Se o inimigo vem sobre a cidade, todos que ali estão, são considerados inimigos e alvos da arma inimiga. Quando uma bomba cai em um lugar não escolhe a quem atingir. Quando os americanos foram alvo dos suicidas nas torres gêmeas, não só americanos morreram, mas brasileiros e tantos outros estrangeiros também foram atingidos.

Ninguém estava preparado para tal investida, e depois de deflagrada a guerra contra o Talibã, o mundo todo de alguma forma foi afetado. Ninguém pode dizer: “O que tenho com esta guerra?



Narração:



Na carta aos efésios, Paulo apresenta inicialmente o que Deus em Cristo fez por nós, o que Deus em Cristo fez em nós; e a seguir, Paulo apresenta o que Deus em Cristo faz através de nós, concedendo dons aos homens (cap.4). Assim o apóstolo passa a instruir a igreja sobre sua nova vida, sua nova natureza, e seu dever. Podemos considerar algumas afirmações paulinas para refletirmos neste tema da Batalha espiritual da Igreja de Cristo. Assim, vejamos:



I – A ARMADURA DE DEUS É IMPERATIVA PARA SE RESISTIR.



“Revesti-vos de toda a armadura de Deus.”(6.11) – “Tomai toda a armadura de Deus.” (6.13)



Alguns comentaristas argumentam que Paulo olhava um soldado ou pensava em um soldado romano e descrevia sua vestidura de guerra; mas qual seria a vestidura de Deus que habilita o crente para lutar e vencer a sua batalha espiritual?



1)-Vs.l4 (A verdade deve nos habilitar a ação, ( Cingir )O nosso agir diário, o nosso relacionamento, o nosso trabalho, tudo deve ser agilizado e operado em verdade e com a verdade. O diabo é o pai da mentira, nós em Cristo Jesus , somos filhos de Deus, somos da família real, irmão e herdeiros com Cristo que é a verdade. Paulo nesta carta diz que devemos falar a verdade uns com os outros porque somos membros uns dos outros , ainda que devemos falar a verdade, deixando de lado a mentira.



2)- A justiça deve ser a couraça protetora de nosso coração. Paulo nos afirma que o Reino de Deus é reino de justiça, Deus , o nosso pai é justo; em Jesus nunca houve injustiça, se somos filhos de Deus e herdeiros deste reino, não podemos operar em injustiça. Aquele que pratica a justiça é justo e conhece a



3)-Vs.l5, O Evangelho da paz. Os nossos pés devem ser calçados com ele. Este evangelho nos dá mobilidade segura. Paulo repete o profeta quando diz que formosos são os pés dos que anunciam as boas novas. Os pés calçados eram fundamentais ao guerreiro em batalha. Seus movimentos eram sustentados e podia-se proteger de ferimentos nos pés.



4)-Vs.l6, Nosso escudo é a fé, ela resiste protetoramente aos dardo inflamados do maligno. Todo aquele que segue a Cristo será perseguido e alvo das setas de fogo maligno. O maligno sabe que pode nos atingir, e sabe como atingir e onde atingir. O escudo do cristão é a sua fé em



5)- A espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, nas mãos. Não temos só armas de defesa, temos também de ataque: a espada de dois gumes. Crentes que manejam bem a palavra do Espírito são ousados, confiantes. Sua palavra será palavra de Deus. Quando a espada do Espírito, que é espada de dois gumes, é usada no poder e unção de Deus, nem as portas do inferno a resiste. Esta espada é invencível. Com ela Jesus nocauteou Satanás, rebatendo todas as tentações dizendo: “Também está escrito...”



II – A BATALHA JÁ ESTÁ DEFLAGRADA



1 - “Vs.12. A nossa luta... Nesta guerra cheia de armadilhas não pode haver negligência, não pode haver omissão, não pode haver deserção, não pode haver pacifismo. A batalha é nossa em termos de coletividade, mas também em termos pessoais. Esta luta é minha luta, esta guerra é minha guerra. Li em certo lugar que durante a II guerra mundial, o Dr. Stott se alistou nas forças britânicas, mas, seu filho, John Stott, teólogo, não se alistou alegando ser um pacifista. Seu pai tomou aquilo como traição à pátria e ficou sete anos sem falar com o seu filho.; anos depois se reconciliaram. A segunda guerra mundial passou, os inimigos foram vencidos, e o Dr. John Stott permaneceu escrevendo seus livros, dando suas aulas e ainda um cidadão americano vencedor.



2 - “...é contra o diabo...”O inimigo é conhecido e declarado – o diabo, os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Ele é o mesmo que fez cair Adão e Eva, o mesmo que tentou Jesus no deserto com todas as suas forças, é o mesmo que pôs nos lábios de Pedro palavras desvirtuadoras dos propósitos do Pai quanto a redenção pelo Filho; o mesmo que entrou no coração de Judas o levou a trair Jesus ; é mesmo que anda ao nosso redor como leão rugindo procurando alguém para devorar.



O cristianismo é coisa séria, é questão de vida ou morte: lidamos com realidades eternas que determinam o futuro das pessoas.



Por esta causa não dá para resistir sem a armadura de Deus.” A Igreja não está em berço esplendido, está em guerra; não está em um piquenique, estamos num campo de batalha”. A Igreja não está em um clube espiritual, mas num campo de batalha espiritual.

Assim, ao se alistar no exército de Deus, seja diligente e tome toda a armadura de Deus para que possa resistir e prevalecer contra as armadilhas do inimigo astuto.



Um evangelho solucionador de todos os problemas da vida é falso, mas uma vida cristã sem lutas é no mínimo estranho.



Jesus exortou seus discípulos, dizendo que no mundo teriam aflições e ainda mais, que o mundo os odiaria, haveriam de ter inimigos até dentro de suas casa,s contudo, deveriam ter bom ânimo, pois Ele venceu o mundo e assim como Ele venceu , também venceriam.



Aplicação



Nunca, nesta terra, haveremos de ter vida isenta de perseguições, lutas, tristezas, decepções, contudo, uma vida derrotada é sempre estranho ao cristão, lutas sim, mas derrotado é sinal de que prevaleceu o inimigo e que no mínimo este cristão não estava equipado.



Há um hino que cantamos a muitos anos. “Não é dos fortes a vitória, nem dos que correm melhor, mas dos fiéis e sinceros que seguem junto ao Senhor.” Sim, em Cristo somos mais que vencedores.



Conclusão



A batalha espiritual da Igreja é uma realidade inegável e nós,. Você e eu somos chamados para nos revestirmos e nos equiparmos com toda a armadura de Deus. A Batalha já está deflagrada, mas revestidos, seremos firmes, habilitados e capacitados e seremos vencedores e permaneceremos inabaláveis até o dia de Cristo Jesus. Amém.



A importância da armadura de Deus



Efésios - 6 - 10 : 18



1 – O Cinto da Verdade



• Ele é o principio – a primeira de todas as coisas

• Ele combate toda mentira, falsidade e engano

• A verdade nos diz quem somos e quem é o inimigo

• A verdade nos dá uma visão correta dos campos de batalha

• A verdade cingida nos lombos nos dá firmeza na hora da batalha

• Ela triunfa de forma final e total sobre os inimigos

• Ela está ligada ao caráter e com ele se relaciona.



2 – A Couraça da Justiça



• Serve de proteção eficaz contra os ataques do inimigo

• Sem a justiça a armadura fica vulnerável

• A verdade atua no íntimo, a justiça no exterior

• Ela cobre os órgãos vitais do corpo e os protegem

• É a própria justiça de Deus que nos dá proteção



3 – O Evangelho da Paz



• Com os pés desprotegidos os soldados não podem caminhar

• Exercito que marcha vitoriosamente deixando marcas de paz

• Se faz presente onde deus enviar

• É conduzido no caminho da retidão

• Significa prontidão, ordem, submissão e atenção.



4 – O Escudo da Fé



• Protege o soldado da cabeça aos pés

• Revela uma postura espiritual adequada

• Neutraliza e destrói totalmente os dardos do inimigo

• Revela as convicções da alma do crente

• Cresce, agiganta-se, quanto mais for utilizado.



5 – O Capacete da Salvação



• A Cabeça “mente” é alvo prioritário do inimigo

• As crises de consciência têm que estar resolvidas

• De forma alguma os soldados podem “perder a cabeça”

• É impossível batalhar sem o capacete

• Consciência, certeza, confiança e convicção da salvação.



6 – A Espada do Espírito (Arma de Ataque)



• Como Espada ela fere, corta, penetra e mata (He 4.12);

• Como fogo ela aquece, ilumina, queima e devora (Jr 23.29);

• Como Água ela limpa, purifica e mata a sede (Ef 5.26);

• Como Luz ela expulsa as trevas, e traz calor (Sl 119.105);

• Como Medicina ela cura, restaura e dá vigor (Sl 107.20);

• Como Pão Espiritual ela fortalece e dá vida (Mt 4.4).



7 – Vigilância e Oração (Arma de Ataque e Defesa)



• O Espírito Santo nos ajuda na oração (Rm 8.26-27);

• Ela sobe como incenso ao Senhor (Ap 8.3);

• Quando oramos elevamos a alma ( Sl 5.1);

• Orar e derramar o coração diante do Pai (Sl 62.8);

• Pela oração nos chegamos a Deus (Hb 10. 22);

• Orar é implorar ao Senhor a benção Divina (Êx 32.11).







A palavra da cruz



1º Coríntios - 1 - 18 : 18



O ser humano recebeu de Deus o livre-arbítrio, ou seja, é livre para pensar, opinar e escolher o que quiser. Todavia estas escolhas trazem conseqüências. Se quisermos vitória em nossas vidas, precisamos aprender a aceitar a opinião da Bíblia e da sua mensagem.



1. O que é a Palavra de Cruz?



a) É o poder de Deus (I Coríntios 1:18);

b) É o próprio Senhor Jesus Cristo (I Coríntios 1:24);

c) É o verbo humanizado (João 1:14; Apocalipse 19:13);

d) É a mensagem Cristã (Marcos 2:2; 4:14; Atos 14:25);

e) É loucura para os que se perdem (I Coríntios 1:18; 2:14);

f) É o Poder de Deus para os que se salvam (I Coríntios 1:18; 2:15-16);

g) É pedra de tropeço para os incrédulos (I Pedro 2:8);

h) É pedra preciosa para os que crêem (I Pedro 2:7);



2. Quais os efeitos da Palavra de Cruz?



a) Ela promove aceitação (Atos 4:4);

b) Ela limpa (João 15:3);

c) Ela reconcilia (II Coríntios 5:19);

d) Ele regenera (I Pedro 1:23);

e) Ela salva (Atos 13:26);

f) Ela julga (João 12:48).



Conclusão:

Apesar de a Palavra da Cruz ser tudo o que afirmamos, ela pode tornar-se completamente ineficaz em nossas vidas, se a nossa opinião sobre ela for uma opinião errada (Marcos 7:13).

A grande vitória



1º João - 5 - 4 : 5



Estamos vivendo numa época em que as pessoas lutam com todas as suas forças e usam de todos os meios para vencer. Apesar do esforço muitos não vencem e são arrastadas pela correnteza dos problemas e dificuldades da vida. Somente os cristãos genuínos lutam e vencem, porque conhecem o segredo da vitória.



I. Quem vence o mundo?:



a) O que é nascido de Deus (I João 5:4; João 1:13);

b) O que é nascido da água e do espírito (João 3:35);

c) O que crê que Jesus é o Filho de Deus (I João 5:5).



II. Qual é a grande vitória?:



a) É a nossa fé (I João 5:4) através da qual recebemos:

- A remissão de pecados num mundo pecaminoso (Atos 10:43);

- A paz num mundo conturbado (Romanos 15:13);

- A alegria num mundo triste e angustiado (I Pedro 1:8);

- O descanso num mundo agitado (Hebreus 4:3; Mateus 11:28-29);

- A esperança num mundo desesperançado (Romanos 15:13).

b) Todas as coisas num mundo de escassez (Mateus 21:22);

c) A vida eterna num mundo de morte (João 5:24).



Conclusão:

Somente a fé verdadeira dos que nasceram de Deus produz a grande vitória sobre a carne, o mundo e o diabo. Ao fazermos parte da Igreja de Jesus, recebemos a promessa de que as portas do inferno não prevalecerão contra nós. Apoiados nesta promessa é só continuarmos lutando pela fé, que a vitória estará garantida.

O poder da palavra



Hebreus - 4 - 12 : 13



Deus pode operar de muitas maneiras. Ele pode agir por meio do seu Espírito e das coisas que Ele criou. Em muitas tem se utilizado do maravilhoso poder da Sua Palavra escrita. Jesus, os Apóstolos e os primeiros discípulos não pregavam tradições, filosofias ou religião, mas somente a Palavra de Deus (Lucas 5:1; Atos 4:31; 8:14; 13:7) como ainda hoje fazem os verdadeiros cristãos.



I. Quem é a Palavra:



a) Jesus é a Palavra que se fez carne (João 1:1);

b) Jesus é o Verbo (Palavra) da vida (I João 1:1).



II. Como é a Palavra:



a) É reta, perfeita e verdadeira (Salmos 19:7-8; João 17:17);

b) É viva e eficaz (Hebreus 4:12);

c) É eterna (Lucas 2:13);

d) É a única regra de fé (Mateus 4:4; II Timóteo 3:16-17);

e) É digna de toda aceitação (I Timóteo 1:15).



III. O Poder da Palavra:



a) É poderosa contra o pecado (Salmos 119:11; Lucas 7:48);

b) É poderosa contra as enfermidades (Salmos 107:20; Marcos 1:41; 2:11; 3:5; 5:34; 10:52);

c) É poderosa contra satanas e os demônios (Marcos 9:25; Mateus 17:18; 4:1-10).





Conclusão:

Jesus, como a Palavra de Deus. além de ser a única solução eficaz para os problemas da alma e do espírito, tem também resposta para as doenças do corpo. Ele satisfaz plenamente. Por Deus ser Espírito, a própria Bíblia, reforça a sua existência através das coisas criadas, em Romanos, o Apóstolo Paulo nos escreve que somos inescusáveis quanto a crer na existência divina. Mas temos uma prova concreta da existência de Deus, é a Sua Palavra. Como Deus não pode ser visto, a nossa relação com Ele, basicamente é verbal. Por esse fator, Deus valoriza a Sua Palavra.





A igreja de Corinto e a igreja de hoje.

1º Coríntios - 1 - 1 : 13



A primeira carta de Paulo aos Coríntios é muito rica em ensinamento para a Igreja de Cristo em todas as partes do mundo. Por esse motivo é que nós estamos ouvindo o que o próprio Espírito Santo tem a nos dizer através de sua palavra. Esta carta não é um simples escrito, mas é a palavra de Deus. Inspirada pelo próprio Espírito Santo. Ele escolheu homens para escrever a sua vontade e deu as Sagradas Escrituras à sua Igreja.

Nós vemos isto logo no início da carta, quando Paulo diz: “Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo” (1 Co 1.1). Paulo quer deixar bem claro que ele é apóstolo do Senhor Jesus Cristo. Ele que era um perseguidor feroz da igreja, que perseguia os fiéis, agora está revestido de poder e autoridade apostólica dada pelo próprio Jesus Cristo. Como ele mesmo diz: “chamado para ser apóstolo de Jesus Cristo. Chamado pela vontade soberana de Deus”. Que ninguém despreze a Paulo e a seu oficio apostólico. Pois seu oficio vem de Deus e não de homens. Por isso, inspirado pelo Espírito Santo, ele escreve à igreja de Corinto. A fim de animar, exortar, advertir e repreender em nome de Cristo.

Isto nos leva ao seguinte tema: Paulo escreve à igreja de Deus que está em Corinto.

Isto nos leva ao seguinte tema: Paulo escreve à igreja de Deus que está em Corinto.



1. A natureza da igreja de Corinto.



Qual a natureza da igreja de Corinto? A igreja de Corinto foi fundada por Paulo na sua segunda viagem missionária. Ele chegou em Corinto e começou a pregar na sinagoga. Ele cumprira o que o Senhor Jesus Cristo determinou: primeiro aos judeus! Porque os judeus eram o povo da aliança. E o Senhor queria trazê-los de volta à aliança da graça. O Senhor Jesus mostra como é gracioso. Como não esquece da promessa feita em seu próprio nome. E à semelhança do seu Mestre, Jesus Cristo, que “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11), o apóstolo Paulo foi rejeitado pelos judeus. O povo da aliança não aceitou a palavra da aliança. Antes, desprezaram o enviado do Senhor. Não apreciaram a Jesus como Salvador. Antes, fizeram oposição e blasfemaram da mensagem de Paulo. Então foi quando Paulo disse: “Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue! Eu dele estou limpo e, desde agora, vou para os gentios” (At 18.6). Muitos judeus creram no Senhor e também gentios. Mas só que agora Paulo vai se direcionar especificamente aos gentios. Paulo passou três anos e meio em Corinto (At 18.11). Pois o Senhor Jesus lhe dissera em uma visão: “Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18.9-10). Assim surgiu a igreja em Corinto.

Porém, a igreja em Corinto era uma igreja muito problemática. Não era uma igreja fácil de se lidar. Ela não era como as outras igrejas. A cidade de Corinto era uma cidade onde se encontrava todo tipo de pessoa. Pois ela tinha dois portos, onde muitos navios chegavam com suas cargas. “Corinto se achava dominada pelos vícios com os quais as cidades comerciais geralmente são infestadas, ou seja, a luxúria, a arrogância, a vaidade, os prazeres, a cobiça insaciável, o egoísmo desenfreado”. A sexualidade ilícita fazia parte da cidade corintiana. Os marinheiros chegavam e procuram as prostitutas para satisfazerem os seus apetites sexuais. Podemos dizer que a cidade fervia em imoralidades. Por isso, quando se dizia que alguém era de Corinto, se pensava logo na imoralidade da cidade. Pensava-se em alguém imoral. Era uma ofensa ser chamado de coríntio. E era nesta cidade que estava a igreja a qual Paulo escreve esta epístola.

Parece que a igreja em Corinto absorveu o espírito da cidade. Pois encontramos muita confusão em várias áreas da igreja. Logo no capítulo um encontramos a falta de unidade na igreja. Havia vários grupos dentro dela que dificultavam sua. Havia aqueles que diziam: “Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo”. Então, Paulo pergunta: “Acaso, Cristo está dividido?” (1 Co 1.12-13). Havia também incesto dentro da igreja. Havia um membro que estava tendo relações sexuais com a esposa de seu pai, sua madrasta, e todos os membros se calaram. Porque estavam ensoberbecidos, não lamentaram, para retirar a infâmia do meio da igreja. Como Paulo diz: “se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios” (1 Co 5.1). Mas, ninguém fazia nada para tirar o pecado do meio da igreja. Por isso Paulo manda entregar tal pecador a Satanás, ou seja, que fosse excomungado da igreja.

Havia também aqueles que viviam sob o “slogan: “Todas as coisas me são lícitas” (1 Co 6.12) a sua conduta diária. Eles se deleitavam em pecados sexuais e sociais e permitiam-se tal conduta sob o pretexto da liberdade em Cristo. Em vez de servirem ao seu Senhor e Salvador, satisfaziam seus próprios desejos pecaminosos”. Havia também dúvidas acerca do casamento e do divórcio. Dificuldades com relação ao comer carnes sacrificadas aos ídolos. E com relação à liberdade cristã em Cristo, pois muitos usavam o pretexto de que estavam livres em Cristo para viver em pecado.

Também havia muitos problemas com relação à celebração da ceia do Senhor. Pois a ceia havia perdido o significado de unidade cristã em Jesus. A ceia não mais estava sendo vista como a unidade no corpo e sangue de Cristo. Muitos morreram como castigo pelo desprezo da mesa do Senhor. Ainda existia a dificuldade nos cultos da igreja em Corinto. A igreja era repleta de dons espirituais. Contudo, os membros não usavam os seus dons para a edificação da igreja, mas apenas para mostrar a soberba dos coríntios.

Já deu para os irmãos perceberem como era a situação da igreja em Corinto. Porém, o apóstolo Paulo escreve em 1 Coríntios 1.2: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. Como Paulo pode dizer: “à igreja de Deus que está em Corinto”? Como pode chamá-la de igreja de Deus, sendo uma igreja cheia de problemas? Qual a natureza da igreja? Irmãos, esta maneira como o apóstolo Paulo se refere àquela igreja em Corinto, como a “igreja de Deus que está em Corinto” chama muito a nossa atenção. E nos esclarece um pouco da natureza da igreja. A igreja não é uma instituição humana. Ela não depende de nenhum homem. Ela não foi criada por mão humana. Pois se fosse formada pelas mãos dos homens, certamente não existiria mais. Porém, desde a criação ela permanece viva. Mesmo Satanás tentando destruí-la com todo o seu poder, a igreja permanece firme como o baluarte da verdade aqui na terra. Quando tudo parece rumar para o fim da igreja, lá está o Senhor Jesus Cristo como o dono e Cabeça dela. Cuidando e protegendo-a. A natureza da igreja é espiritual. Sua natureza é divina. Como Paulo diz no verso 2 de 1 Coríntios: “aos santificados em Cristo Jesus”. A igreja é composta de pessoas regeneradas, transformadas no poder de Jesus Cristo. Os seus pecados são perdoados. Cristo purificou a todos os membros da sua igreja. Essas pessoas são santas. Santificadas em Jesus Cristo.

Sabe por quê? Porque a Igreja pertence a Cristo. Vejam o que Ele diz a Pedro depois da confissão que este faz sobre o Cristo em Mateus 16.18: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Ela pertence a Cristo. Veja neste verso o pronome possessivo que Cristo usa: “sobre esta pedra edificarei a MINHA igreja”. Foi por amor a esta igreja que Ele desceu do céu e se fez carne. Assumindo a forma de homem, mas sem pecado. Durante toda a sua vida, mas principalmente no final, Ele levou sobre seus ombros o castigo que a sua igreja deveria sofrer. Ele foi rejeitado em nosso lugar. Abandonado por seus amigos e por seu próprio Pai. Ele fez tudo isto em nosso lugar. É por esta igreja que Ele derramou seu sangue. É por esta igreja que Ele deu a sua vida. É desta igreja que Ele tem ciúme. Foi Ele quem adornou a sua noiva amada, a igreja. Foi por ela que Ele morreu, a fim de santificá-la.

Pois esta igreja está alicerçada na sua obra de redenção. Ele mesmo diz em Mateus 16.18: Eu “edificarei a minha igreja”. A Igreja é construída pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Ele diz que vai fundar a igreja sobre um alicerce muito forte. Este alicerce é a sua obra na cruz. Esse alicerce em que a igreja foi fundada é tão poderoso que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Cristo mesmo garante o futuro da sua igreja. Ele próprio afirma que nem as portas do inferno vão conseguir destruí-la. Porque Jesus é Rei. Ele é o Rei de sua igreja. Ele governa e protege a sua igreja. Nada vai ser capaz de destruir a sua igreja, porque ela pertence a Cristo. A igreja é de Cristo e não dos homens. A igreja depende de Cristo e não dos homens. A igreja tem sua vida em Cristo e não nos homens. Ela é santa, pura, imaculada e perfeita — graças ao sacrifico de Jesus Cristo na cruz. Cristo e a igreja estão unidos. A igreja não pode viver sem Cristo e Cristo não vive sem sua igreja. Ela é dEle. Somente dEle.

Mas, por que vemos pecado dentro da igreja, se ela é santa? Isto tem haver com a composição da igreja. A igreja é composta de homens, mulheres e crianças. São pessoas santificadas no sacrifício de Cristo. Porém, nesta vida, os membros da igreja de Cristo têm de lutar contra o pecado. Pedro diz que a igreja é composta de pedras vivas. Ela é composta de pessoas de carne e osso. Na terra vemos muitas imperfeições na igreja. Aos nossos olhos muitas vezes ficamos tristes por ver o que estava acontecendo na igreja em Corinto. Mas, com toda essa feiúra – aos nossos olhos – ela ainda é a igreja amada de Cristo. Aos seus olhos ela não tem imperfeição. Ela é a noiva mais linda de todo o universo. Nada pode ser comparado à sua beleza. Porque ela é de Cristo e devemos ter respeito quando falamos de sua noiva amada. Foi por ela que Ele deu a sua vida. Foi por ela que se sacrificou na cruz. Para santificá-la; para purificá-la; para salvá-la; para dar vida a ela. Por causa disso a igreja de Corinto é a igreja de Cristo Jesus. Porque Jesus morreu para santificá-la.

Nós somos a sua igreja. Santificados em seu nome. Lavados em seu sangue. Purificados pelo seu Espírito. A nossa natureza é divina. Pois fomos feitos novas criaturas em Cristo Jesus. Por isso devemos viver em santidade. Porque essa é nossa vocação como igreja de Cristo.

E isto nos leva ao segundo ponto:



2. O Chamado Divino da Igreja de Corinto.



Qual o chamado divino da igreja de Corinto? O chamado divino é ser santa. Ela deve refletir a santidade de seu noivo. A igreja pertence a Cristo. Está em Cristo. Vive nEle. Se move nEle. Tudo na igreja deve apontar para Cristo. A vida da igreja deve espelhar o seu Santificador. A sua obra feita na igreja. Não são mais pessoas que vivem nas trevas, inimigas de Deus. Mas são agora santas e irrepreensíveis. A igreja de Corinto estava faltando com a sua vocação divina. Ela não estava vivendo em total conformidade com o evangelho. Ela deixou muito a desejar em sua vida e pratica. Porém, mesmo assim o Espírito Santo escreve dizendo: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Co 1.2).

Por que o Espírito Santo fala desta maneira, mesmo havendo problema? Porque nem todos os membros da igreja de Deus em Corinto estavam negligenciando o seu chamado para ser santo. Em 1 Coríntios 1.11 fala da casa de Cloe. Membros da igreja que estavam preocupados com a divisão. Outros enviaram cartas a Paulo para resolver assuntos com relação ao sexo ilícito no meio da igreja; ao culto e aos dons. Pessoas que queriam retornar ao princípio e resolver a situação da igreja. Por esse motivo o Espírito Santo fala desta maneira. Pois a Igreja está fundamentada em Jesus Cristo. Ele a comprou e dela cuida. Mesmo quando muitas vezes, humanamente falando, não vemos solução. Quando muitas vezes olhamos e vemos membros que caem em pecado. Que se rebelam contra a sua própria igreja. Quando o mundo está falando da igreja. Quando até crentes estão criticando a igreja sem o mínimo de respeito, em vez de orarem para que Cristo sare a igreja. Mas, graças a nosso bom e amado Deus que a vida da igreja não depende de nenhum de nós. Ela depende unicamente de Jesus Cristo, o Senhor da igreja. Ele a comprou com seu sangue e a santificou. E por isso Ele está dizendo que ela é santa. Os membros são santos. E devem viver em santidade.

O apóstolo João, em Apocalipse 1.12-13, descreve a igreja como candelabros de ouro neste mundo. Um candelabro serve para clarear um lugar escuro. E a igreja como portadora da luz divina, deve clarear as trevas. Para que os homens que estão perdidos possam encontrar a salvação. A igreja de Cristo deve brilhar como o sol ao meio dia neste mundo. A sua luz deve ofuscar os olhos dos demônios e dos ímpios. A igreja de Cristo não pode ficar apagada no mundo. Como o Senhor Jesus Cristo disse em Mateus 5.14-16: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. A igreja é a cidade edificada sobre a montanha. Se olhada durante a noite é impossível esconder a sua localidade por causa das luzes que brilham. Assim deve ser a igreja. Assim deve brilhar a igreja; de tal forma que fique impossibilitada de esconder a luz radiante. E todos glorifiquem a Deus.

E qual a nossa vocação hoje? A nossa vocação como igreja é a mesma da igreja de Deus em Corinto. Devemos ser santos. Por isso o Senhor Jesus Cristo disse: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. O nosso testemunho deve glorificar a Deus. A nossa vida deve honrar a Deus. Pois não pertencemos a nós mesmos. Mas a nosso Senhor Jesus Cristo, que nos comprou – corpo e alma. E esse chamado não é apenas para nós, mas para “todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. A igreja é uma unidade. Não importa em que parte do mundo ela está. Pois “há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.4-6). É esta unidade que nos une em todas as épocas e partes do mundo.



3. As bênçãos de Deus sobre a igreja de Corinto.



Quais são as bênçãos de Deus sobre a Igreja de Corinto? Nós já mencionamos algumas delas. E essas bênçãos estão claras na saudação que o apostólo faz à Igreja no verso 3: “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo”. A graça e a paz que vem de Deus. Que graça é essa? É a graça da eleição divina na vida da igreja. Como Deus foi gracioso em eleger muitos pecadores da perdição eterna! Depois da queda, o homem se tornou culpado de morte, pois a pena do pecado é a morte eterna. Nós já nascemos, por natureza, destinados ao inferno de fogo. Mas aprouve a Deus querer nos salvar da perdição eterna. Deus nos amou quando nós éramos seus inimigos. Como Ele diz: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Rm 9.15). É por causa desta eleição que somos a sua igreja amada.

Mas, não pára apenas na eleição. Na eleição estava incluída a morte do seu Filho amado. Por quê? Porque o pecado nos separou de Deus. O pecado quebrou a comunhão que o homem tinha com Deus no paraíso. O homem se tornou inimigo de Deus. O pecado criou um abismo de separação. O homem não pode se achegar a Deus e Deus não suporta o homem por causa do pecado. A única coisa que Deus quer com sua justiça santa é castigar o homem com a morte eterna. Porque ele feriu a sua majestade. O homem está em guerra contra Deus. Mas, através do sofrimento de Cristo; através de sua morte, fomos reconciliados com Deus. Por causa de Cristo temos a paz de Deus, pois Deus nos reconciliou consigo mesmo através da morte de seu Filho amado.

Esta graça e paz são também nossas. Porque somos a igreja de Deus. Fomos eleitos por Deus em Cristo Jesus. Estas bênçãos são derramadas na igreja do Senhor Jesus Cristo. Como sabemos disto? Todos os domingos Deus está lembrando a sua Igreja através desta saudação, logo no início do culto público, que nossos pecados estão perdoados. Que temos paz com Deus em Cristo Jesus. Todos os domingos Ele faz questão de nos lembrar das suas bênçãos derramadas em nossas vidas.

Qual a natureza da igreja de Corinto? A igreja de Corinto foi fundada por Paulo na sua segunda viagem missionária. Ele chegou em Corinto e começou a pregar na sinagoga. Ele cumprira o que o Senhor Jesus Cristo determinou: primeiro aos judeus! Porque os judeus eram o povo da aliança. E o Senhor queria trazê-los de volta à aliança da graça. O Senhor Jesus mostra como é gracioso. Como não esquece da promessa feita em seu próprio nome. E à semelhança do seu Mestre, Jesus Cristo, que “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11), o apóstolo Paulo foi rejeitado pelos judeus. O povo da aliança não aceitou a palavra da aliança. Antes, desprezaram o enviado do Senhor. Não apreciaram a Jesus como Salvador. Antes, fizeram oposição e blasfemaram da mensagem de Paulo. Então foi quando Paulo disse: “Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue! Eu dele estou limpo e, desde agora, vou para os gentios” (At 18.6). Muitos judeus creram no Senhor e também gentios. Mas só que agora Paulo vai se direcionar especificamente aos gentios. Paulo passou três anos e meio em Corinto (At 18.11). Pois o Senhor Jesus lhe dissera em uma visão: “Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18.9-10). Assim surgiu a igreja em Corinto.

Porém, a igreja em Corinto era uma igreja muito problemática. Não era uma igreja fácil de se lidar. Ela não era como as outras igrejas. A cidade de Corinto era uma cidade onde se encontrava todo tipo de pessoa. Pois ela tinha dois portos, onde muitos navios chegavam com suas cargas. “Corinto se achava dominada pelos vícios com os quais as cidades comerciais geralmente são infestadas, ou seja, a luxúria, a arrogância, a vaidade, os prazeres, a cobiça insaciável, o egoísmo desenfreado”. A sexualidade ilícita fazia parte da cidade corintiana. Os marinheiros chegavam e procuram as prostitutas para satisfazerem os seus apetites sexuais. Podemos dizer que a cidade fervia em imoralidades. Por isso, quando se dizia que alguém era de Corinto, se pensava logo na imoralidade da cidade. Pensava-se em alguém imoral. Era uma ofensa ser chamado de coríntio. E era nesta cidade que estava a igreja a qual Paulo escreve esta epístola.

Parece que a igreja em Corinto absorveu o espírito da cidade. Pois encontramos muita confusão em várias áreas da igreja. Logo no capítulo um encontramos a falta de unidade na igreja. Havia vários grupos dentro dela que dificultavam sua. Havia aqueles que diziam: “Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo”. Então, Paulo pergunta: “Acaso, Cristo está dividido?” (1 Co 1.12-13). Havia também incesto dentro da igreja. Havia um membro que estava tendo relações sexuais com a esposa de seu pai, sua madrasta, e todos os membros se calaram. Porque estavam ensoberbecidos, não lamentaram, para retirar a infâmia do meio da igreja. Como Paulo diz: “se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios” (1 Co 5.1). Mas, ninguém fazia nada para tirar o pecado do meio da igreja. Por isso Paulo manda entregar tal pecador a Satanás, ou seja, que fosse excomungado da igreja.

Havia também aqueles que viviam sob o “slogan: “Todas as coisas me são lícitas” (1 Co 6.12) a sua conduta diária. Eles se deleitavam em pecados sexuais e sociais e permitiam-se tal conduta sob o pretexto da liberdade em Cristo. Em vez de servirem ao seu Senhor e Salvador, satisfaziam seus próprios desejos pecaminosos”. Havia também dúvidas acerca do casamento e do divórcio. Dificuldades com relação ao comer carnes sacrificadas aos ídolos. E com relação à liberdade cristã em Cristo, pois muitos usavam o pretexto de que estavam livres em Cristo para viver em pecado.

Também havia muitos problemas com relação à celebração da ceia do Senhor. Pois a ceia havia perdido o significado de unidade cristã em Jesus. A ceia não mais estava sendo vista como a unidade no corpo e sangue de Cristo. Muitos morreram como castigo pelo desprezo da mesa do Senhor. Ainda existia a dificuldade nos cultos da igreja em Corinto. A igreja era repleta de dons espirituais. Contudo, os membros não usavam os seus dons para a edificação da igreja, mas apenas para mostrar a soberba dos coríntios.

Já deu para os irmãos perceberem como era a situação da igreja em Corinto. Porém, o apóstolo Paulo escreve em 1 Coríntios 1.2: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. Como Paulo pode dizer: “à igreja de Deus que está em Corinto”? Como pode chamá-la de igreja de Deus, sendo uma igreja cheia de problemas? Qual a natureza da igreja? Irmãos, esta maneira como o apóstolo Paulo se refere àquela igreja em Corinto, como a “igreja de Deus que está em Corinto” chama muito a nossa atenção. E nos esclarece um pouco da natureza da igreja. A igreja não é uma instituição humana. Ela não depende de nenhum homem. Ela não foi criada por mão humana. Pois se fosse formada pelas mãos dos homens, certamente não existiria mais. Porém, desde a criação ela permanece viva. Mesmo Satanás tentando destruí-la com todo o seu poder, a igreja permanece firme como o baluarte da verdade aqui na terra. Quando tudo parece rumar para o fim da igreja, lá está o Senhor Jesus Cristo como o dono e Cabeça dela. Cuidando e protegendo-a. A natureza da igreja é espiritual. Sua natureza é divina. Como Paulo diz no verso 2 de 1 Coríntios: “aos santificados em Cristo Jesus”. A igreja é composta de pessoas regeneradas, transformadas no poder de Jesus Cristo. Os seus pecados são perdoados. Cristo purificou a todos os membros da sua igreja. Essas pessoas são santas. Santificadas em Jesus Cristo.Sabe por quê? Porque a Igreja pertence a Cristo. Vejam o que Ele diz a Pedro depois da confissão que este faz sobre o Cristo em Mateus 16.18: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Ela pertence a Cristo. Veja neste verso o pronome possessivo que Cristo usa: “sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. Foi por amor a esta igreja que Ele desceu do céu e se fez carne. Assumindo a forma de homem, mas sem pecado. Durante toda a sua vida, mas principalmente no final, Ele levou sobre seus ombros o castigo que a sua igreja deveria sofrer. Ele foi rejeitado em nosso lugar. Abandonado por seus amigos e por seu próprio Pai. Ele fez tudo isto em nosso lugar. É por esta igreja que Ele derramou seu sangue. É por esta igreja que Ele deu a sua vida. É desta igreja que Ele tem ciúme. Foi Ele quem adornou a sua noiva amada, a igreja. Foi por ela que Ele morreu, a fim de santificá-la.

Pois esta igreja está alicerçada na sua obra de redenção. Ele mesmo diz em Mateus 16.18: Eu “edificarei a minha igreja”. A Igreja é construída pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Ele diz que vai fundar a igreja sobre um alicerce muito forte. Este alicerce é a sua obra na cruz. Esse alicerce em que a igreja foi fundada é tão poderoso que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Cristo mesmo garante o futuro da sua igreja. Ele próprio afirma que nem as portas do inferno vão conseguir destruí-la. Porque Jesus é Rei. Ele é o Rei de sua igreja. Ele governa e protege a sua igreja. Nada vai ser capaz de destruir a sua igreja, porque ela pertence a Cristo. A igreja é de Cristo e não dos homens. A igreja depende de Cristo e não dos homens. A igreja tem sua vida em Cristo e não nos homens. Ela é santa, pura, imaculada e perfeita — graças ao sacrifico de Jesus Cristo na cruz. Cristo e a igreja estão unidos. A igreja não pode viver sem Cristo e Cristo não vive sem sua igreja. Ela é dEle. Somente dEle.

Mas, por que vemos pecado dentro da igreja, se ela é santa? Isto tem haver com a composição da igreja. A igreja é composta de homens, mulheres e crianças. São pessoas santificadas no sacrifício de Cristo. Porém, nesta vida, os membros da igreja de Cristo têm de lutar contra o pecado. Pedro diz que a igreja é composta de pedras vivas. Ela é composta de pessoas de carne e osso. Na terra vemos muitas imperfeições na igreja. Aos nossos olhos muitas vezes ficamos tristes por ver o que estava acontecendo na igreja em Corinto. Mas, com toda essa feiúra – aos nossos olhos – ela ainda é a igreja amada de Cristo. Aos seus olhos ela não tem imperfeição. Ela é a noiva mais linda de todo o universo. Nada pode ser comparado à sua beleza. Porque ela é de Cristo e devemos ter respeito quando falamos de sua noiva amada. Foi por ela que Ele deu a sua vida. Foi por ela que se sacrificou na cruz. Para santificá-la; para purificá-la; para salvá-la; para dar vida a ela. Por causa disso a igreja de Corinto é a igreja de Cristo Jesus. Porque Jesus morreu para santificá-la.

Nós somos a sua igreja. Santificados em seu nome. Lavados em seu sangue. Purificados pelo seu Espírito. A nossa natureza é divina. Pois fomos feitos novas criaturas em Cristo Jesus. Por isso devemos viver em santidade. Porque essa é nossa vocação como igreja de Cristo.

E isto nos leva ao segundo ponto:



2. O Chamado Divino da Igreja de Corinto.



Qual o chamado divino da igreja de Corinto? O chamado divino é ser santa. Ela deve refletir a santidade de seu noivo. A igreja pertence a Cristo. Está em Cristo. Vive nEle. Se move nEle. Tudo na igreja deve apontar para Cristo. A vida da igreja deve espelhar o seu Santificador. A sua obra feita na igreja. Não são mais pessoas que vivem nas trevas, inimigas de Deus. Mas são agora santas e irrepreensíveis. A igreja de Corinto estava faltando com a sua vocação divina. Ela não estava vivendo em total conformidade com o evangelho. Ela deixou muito a desejar em sua vida e pratica. Porém, mesmo assim o Espírito Santo escreve dizendo: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Co 1.2).

Por que o Espírito Santo fala desta maneira, mesmo havendo problema? Porque nem todos os membros da igreja de Deus em Corinto estavam negligenciando o seu chamado para ser santo. Em 1 Coríntios 1.11 fala da casa de Cloe. Membros da igreja que estavam preocupados com a divisão. Outros enviaram cartas a Paulo para resolver assuntos com relação ao sexo ilícito no meio da igreja; ao culto e aos dons. Pessoas que queriam retornar ao princípio e resolver a situação da igreja. Por esse motivo o Espírito Santo fala desta maneira. Pois a Igreja está fundamentada em Jesus Cristo. Ele a comprou e dela cuida. Mesmo quando muitas vezes, humanamente falando, não vemos solução. Quando muitas vezes olhamos e vemos membros que caem em pecado. Que se rebelam contra a sua própria igreja. Quando o mundo está falando da igreja. Quando até crentes estão criticando a igreja sem o mínimo de respeito, em vez de orarem para que Cristo sare a igreja. Mas, graças a nosso bom e amado Deus que a vida da igreja não depende de nenhum de nós. Ela depende unicamente de Jesus Cristo, o Senhor da igreja. Ele a comprou com seu sangue e a santificou. E por isso Ele está dizendo que ela é santa. Os membros são santos. E devem viver em santidade.

O apóstolo João, em Apocalipse 1.12-13, descreve a igreja como candelabros de ouro neste mundo. Um candelabro serve para clarear um lugar escuro. E a igreja como portadora da luz divina, deve clarear as trevas. Para que os homens que estão perdidos possam encontrar a salvação. A igreja de Cristo deve brilhar como o sol ao meio dia neste mundo. A sua luz deve ofuscar os olhos dos demônios e dos ímpios. A igreja de Cristo não pode ficar apagada no mundo. Como o Senhor Jesus Cristo disse em Mateus 5.14-16: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. A igreja é a cidade edificada sobre a montanha. Se olhada durante a noite é impossível esconder a sua localidade por causa das luzes que brilham. Assim deve ser a igreja. Assim deve brilhar a igreja; de tal forma que fique impossibilitada de esconder a luz radiante. E todos glorifiquem a Deus.

E qual a nossa vocação hoje? A nossa vocação como igreja é a mesma da igreja de Deus em Corinto. Devemos ser santos. Por isso o Senhor Jesus Cristo disse: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. O nosso testemunho deve glorificar a Deus. A nossa vida deve honrar a Deus. Pois não pertencemos a nós mesmos. Mas a nosso Senhor Jesus Cristo, que nos comprou – corpo e alma. E esse chamado não é apenas para nós, mas para “todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. A igreja é uma unidade. Não importa em que parte do mundo ela está. Pois “há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.4-6). É esta unidade que nos une em todas as épocas e partes do mundo.



3. As Bênçãos de Deus Sobre a Igreja de Corinto.



Quais são as bênçãos de Deus sobre a Igreja de Corinto? Nós já mencionamos algumas delas. E essas bênçãos estão claras na saudação que o apostólo faz à Igreja no verso 3: “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo”. A graça e a paz que vem de Deus. Que graça é essa? É a graça da eleição divina na vida da igreja. Como Deus foi gracioso em eleger muitos pecadores da perdição eterna! Depois da queda, o homem se tornou culpado de morte, pois a pena do pecado é a morte eterna. Nós já nascemos, por natureza, destinados ao inferno de fogo. Mas aprouve a Deus querer nos salvar da perdição eterna. Deus nos amou quando nós éramos seus inimigos. Como Ele diz: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Rm 9.15). É por causa desta eleição que somos a sua igreja amada.



Mas, não pára apenas na eleição. Na eleição estava incluída a morte do seu Filho amado. Por quê? Porque o pecado nos separou de Deus. O pecado quebrou a comunhão que o homem tinha com Deus no paraíso. O homem se tornou inimigo de Deus. O pecado criou um abismo de separação. O homem não pode se achegar a Deus e Deus não suporta o homem por causa do pecado. A única coisa que Deus quer com sua justiça santa é castigar o homem com a morte eterna. Porque ele feriu a sua majestade. O homem está em guerra contra Deus. Mas, através do sofrimento de Cristo; através de sua morte, fomos reconciliados com Deus. Por causa de Cristo temos a paz de Deus, pois Deus nos reconciliou consigo mesmo através da morte de seu Filho amado.



Esta graça e paz são também nossas. Porque somos a igreja de Deus. Fomos eleitos por Deus em Cristo Jesus. Estas bênçãos são derramadas na igreja do Senhor Jesus Cristo. Como sabemos disto? Todos os domingos Deus está lembrando a sua Igreja através desta saudação, logo no início do culto público, que nossos pecados estão perdoados. Que temos paz com Deus em Cristo Jesus. Todos os domingos Ele faz questão de nos lembrar das suas bênçãos derramadas em nossas vidas.

EVANGELISMO

EVANGELISMO



PARTE 1 - “MOTIVOS E AUTORIZAÇÃO"



O Senhor Jesus é o motivo supremo e também e a Autoridade que nos manda pescar homens para Ele. Ele é o Mestre por excelência, e o exemplo na arte de fazê-lo.

Ele promete êxito na tarefa, se cumprimos a condição de O seguirmos.( Mt.4:19. ) Deve ficar claro, também, que o êxito na incumbência de evangelizar não significa exatamente que se converta casa pessoas a quem se fale.

Isto não aconteceu nem com o Senhor Jesus, quando esteve corporalmente entre nós na terra (Mt.19:16-22).

O mesmo pode se dizer dos Apóstolos (At.17:5, 32; At. 19:9), são exemplos de momentos em que a Palavra levada pelos Apóstolos não foi aceita pelos seus ouvintes.

Porém, cada ser humano que houve a Palavra de Deus , que é evangelizado, há de serntir-se responsável pela sua reação, não perante quem lhe prega o evangelho, mas diante de Deus (IICo. 5:17-21).

Testificar aos homens, apresentando-lhes as verdades do Evangelho ou Boas Novas a cerca de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria e responsabilidade de cada cristão.



POR QUÊ EVANGELIZAR?



1 - PARA A GLÓRIA DE DEUS (I Co. 10:31)



Como em todas as coisas que fazemos em nossas vidas.



2 - PELA GRATIDÃO A DEUS - Por Sua Graça ao salvar-nos , e o reconhecimento por suas bênçãos.



3 - O AMOR A DEUS - O nosso amor a Deus.



Então, recapitulando... são três os motivos que nos constituem a força que nos impulsiona a evangelizar: A GLÓRIA DE DEUS, A GRATIDÃO A DEUS e O AMOR A DEUS.



Há também motivos que são secundários em relação a estes.



MOTIVOS SECUNDÁRIOS:



o amor às almas,

o amor de Deus à humanidade,

a condição do homem no pecado

a alegria de quem prega

a alegria dos anjos ao ver uma alma arrependida

a necessidade de mudar o destino eterno do homem.



Porém, a razão maior para evangelizar, deve ser a GLÓRIA DE DEUS, embora não devamos negar os outros motivos como legítimos e poderosos. Todos têm seu lugar.



MOTIVOS INDIGNOS



HÁ UM LADO NEGATIVO - o evangelizar por impulsos, diferentes dos que levam à GLÓRIA DE DEUS.



O negativo, acontece quando em realidade o que nos move a falar é o orgulho e o desejo de ganhar uma glória pessoal.

Pode ser natural que o cristão queira ser reconhecido como um ganhador de almas.

Porém, de uma forma sobre natural ele pode vencer esta inclinação vaidosa e trabalhar unicamente para a GLÓRIA DE DEUS - pois esse é o motivo central da evangelização.



ERROS QUE DEVEMOS EVITAR



Um engano que se pode cometer, na evangelização e: falar a uma pessoa acerca da sua relação para com o Senhor Jesus e o perigo da sua perdição, e se não se consegue convencê-la, utilizar de esforços humanos até afastá-la definitivamente, em vez de ganhá-la.

É um erro também a tentação de ficar satisfeito com uma concordância superficial em vez de conseguir-se uma decisão genuína.

É fácial confundir um aparente convencimento humano com uma convicção de um a conversão operada pelo Espírito Santo.



O OBREIRO É SERVO E EMBAIXADOR



Nós somos servos e sacerdotes, embaixadores pessoais do Reino de Deus... mas estes títulos de honra têm a ver especialmente com nossa relação com Deus... não com os homens.

Em Apocalipse 3:20, e IICoríntios 4:5, nosso Senhor é apresentado fora da porta do coração de cada pessoa incrédula, batendo e solicitando entrada.

O próprio homem tem que resolver se abra a porta e Lhe dá entrada, ou não. O Senhor Jesus não força a porta, nem nada pede mediante violência. Simplesmente explica qual é a consequência da recusa ou aceitação - mais nada.

Somos nós que levamos as informações acerca de Jesus Cristo para a alma perdida. Em IICo.4:5, está escrito que não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo como Senhor.



Que espécie de testemunho damos à cerca de Jesus?



Louvamos a ele devidamente? Ou estamos descrevendo-O, amenas, como fez o servo, na parábola de Mateus 25:24?

André disse a Pedro estas simples palavras: "Achamos o Messias", que foram suficientes para levá-lo a Cristo. Felipe fez semelhante com Natanael, dando apenas um pouco mais de explicações acerca de Jesus e convidou-o a vir ver por si mesmo, e ele o fez - Jo.1:45-46.

Mas no Velho Testamento temos um exemplo de como alguém pode dar um mal testemunho a respeito do Senhor!

O Rei Ezequias não testemunhou a respeito dos prodígios de Deus, quando os mensageiros de Babilônia foram a Jerusalém com o propósito de saber como era possível que uma Nação tão pequena tivesse obtido êxito sobre o grande exército dos Assírios.

Por seu orgulho, Ezequias eclipsou o amor de Deus ao invés de dar a Glória que Lhe era devida, ele limitou-se a mostrar a casa do seu tesouro. A prata, o ouro, as especiarias... por orgulho pessoal.

Ezequias glorificou-se a si mesmo em vez de render suas homenagens ao seu Senhor... por isso Ezequias foi severamente castigado. (IICr.32:31; IIReis. 20: 12-19).



A VONTADE DIVINA



O Nome do Pai não é glorificado no coração do incrédulo, nem ali Deus reina, fazendo Sua vontade... mas quando uma pessoa se arrepende e confia em Jesus, as coisa logo mudam.

Então aquele que era incrédulo passa a reconhecer Deus como Pai. O seu coração torna-se o trono em que Cristo reina; e o convertido passa a fazer a vontade divina, ao invés da sua própria vontade. Nessa mudança consiste a verdadeira conversão.



O AMOR DIVINO



Deus nos criou, Ele desejou que as Suas criaturas estivessem com Ele na comunhão eterna. Ele noa ama com amor eterno. Ele não quer que nós pereçamos, mas que todos sejamos salvos (IPe. 3:9b)

Mas devemos saber que ninguém será salvo por sua própria vontade (Jo.5:6,40) Cada ser humando tem que resolver por si mesmo.

O Pai não quer que ninguém esteja no céu sem ter o prazer de estar com Ele, nem admitirá ninguém que não aceite a Jesus Cristo como Seu Filho.

Esta é a razão porque desejamos agradas o coração de Deus, e a razão que temos para nos ocuparmos em buscar os perdidos.

Se meditarmos nisto, ao falar aos homens a cerca do Evangelho, o amor de Deus encherá os nossos corações, brilhará em nossos olhos, e afetará até o timbre de nossas vozes (IICO. 5:11) diz assim: "conhecendo o temor do Senhor, persuadimos aos homens"

E o vs 14 diz: "Pois o amor de Cristo nos constrange" Assim, que a GLÓRIA DE DEUS seja o nosso motivo supremo na grande tarefa de evangelizar os nossos semelhantes.

Há ocasiões em que o Espírito Santo nos move a apresentar ao incrédulo o seu dever de glorificar o seu Criador, como base na sua aceitação de Cristo.

Especialmente quando se fala aos jovens, esta verdade os atrai, porque lhes oferece uma razão de ser, uma meta na vida, e um ideal que se põe em ordem com os interesses e conflitos de usa existência.



MOTIVOS QUE NOS CONTRANGEM



O AMOR ÀS ALMAS



Em Rm. 5:5, temos que "o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi outorgado".

Então, sendo que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para salvar-nos da perdição e dar-nos a vida eterna, segue-se que este amor em nós também se manifestará em querer que todas as almas sejam salvas.



DEVEMOS DESEJAR A SALVAÇÃO DE TODO SER HUMANO



Este amor, que é de Deus em nós, compele-nos a pensar em todas as pessoas que encontramos. Em como está a sua relação com Jesus Cristo.

Isso até mesmo antes de considerarmos se esta ou aquela pessoa é digna de nossa amizade, se vai ser útil e proveitoso conhecê-lo, nada disto. Basta que seja um ser humano, feito à imagem divina, para que desejemos levá-lo a Cristo.



MEIOS QUE DEUS USA



Nem todo membro de igreja procura oportunidade para testificar do amor de Deus. Existem até os que procuram esconder que são crentes em Cristo, apesar do que fiz a Bíblia: (Mc 8:38 e Mt. 10:32 2 33).

Mas quando o cristão evangeliza constrangido pelo Espírito Santo nele, é prova de que ele está seguindo a Cristo. Em raras ocasiões Deus usa pessoas não convertidas para citar alguma verdade bíblica.



A NECESSIDADE DAS ALMAS



Todas as pessoas precisam conhecer a Deus. E nós , que O conhecemos, devemos suprir essa necessidade.



VÁRIAS NECESSIDADES DOS HOMENS



1 - Está perdido e necessita de um Guia;

2 - está enfermo e necessita de um médico;

3 - está escravizado, necessita de um Redentor;

4 -0 está moribundo e necessita de um Salvador;

5 - está espiritualmente morto, necessita de Vida Nova.



A lista pode ser aumentada indefinidamente porque o homem natural ignora as verdades espirituais e necessita de luz, iluminação; tem fome e sede de uma satisfação que não encontra.

O homem natural, até que se dê conta de xua condição espiritual, e suas consequências, dificilmente busca a Salvação. O nosso dever é ensinar-lhes que o pecado pode propiciar prazeres ao corpo, mas não pode dar gozo à alma, e que Jesus é a única resposta para a alma.



A CHAMADA DE DEUS



A OBEDIENCIA É IMPERATIVA



É fácil perder o ânimos e achar que já fizemos a nossa parte e cumprimos a nossa obrigação. Pra quê continuar aguentando os insultos dos incrédulos? Porém o Espírito Santo está sempre a mostrar os frutos do nosso trabalho e nos fazendo pensar em nossa obrigação de cumprir o dever de evangelizar.



A AUTORIZAÇÃO QUE TEMOS PARA EVANGELIZAR



Todo cristão conta com a autorização divina para evangelizar. Tem as suas ordens por escrito (Mc. 16:15; Mt. 4:19; At. 1:8; Lc 24:45).

Os apóstolos levaram muito a sério a sua comissão e testificaram apesar de toda a oposição (At. 2-4). Pedro disse a seus juízes como justificação para ter continuado sua pregação, contra as ordens deles: "Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos."



QUEM É AUTORIZADO A EVANGELIZAR



Os que reconheceram a Jesus como Messias, Filho de Deus e seguiram-nO , por causa dos seus ensinamentos, estes foram os enviados a pregar (Mc. 5:18; Lc10:1-12).



ORDENS GERAIS E PARTICULARES



Temos, portanto, autorização plena e clara, escrita na Palavra de Deus, a Autoridade superma em todo o universo. Também reconhecemos que Ele é o Deus Vivo, que ainda se comunica com os seus filhos que vivem neste mundo.

Podemos fazer uma alegoria entre a Bíblia e o Manual Militar. O cidaddão que se alista no exército, é enviado ao quartel, onde veste o uniforme militar, e em seguida ensinam-lhe as regras elementeare do exército.

Aprende como saudar os oficiais, como responder à ordem de "Atenção1" como apresentar armas, omodo de marchar, de montar guarda, etc.

Mas, por exemplo, do Manual não constam as ordens do dia., em que se diga que o Cabo Pedro Gonçalves com o soldado Carlos Pereira, montarão guarda à porta do Palácio do Governo, desde a meia-noite de quinta-feira, 25 de abril, até às quatro da madrugada de sexta-feira.

Esses detalhes não se escrevem no Manual Geral, mas dia após dia constam do quadro de avisos individuais, no quartel. Esta prática militar é uma ilustração, embora imperfeita , do que sucede com o cristão.

Ao aceitar e confessar Cristo, como seu Senhor e Salvador pessoal, a pessoa constitui-se membro do exército do Senhor Jesus. Deve, portanto, aprendera as ordens gerais para cada soldado espiritual, conforme estão escritas em o Novo Testamento.

Uma delas é a comissão de falar em nome de Cristo às almas perdidas, rogando-lhes que se reconciliem com Deus (IICo. 5:17-20).



ORDENS ESPECIAIS



Há regras que todo cristão no exército de Deus, deve observar e acatar sempre. Deus reconhece a cada um de seus soldados não só pelo nome, mas também os seus pensamentos mais íntimos e até as intenções do seu coração.

Sabe chamá-lo, pelo nome e indicar-lhe o que deseja que ele faça. (At. 5:20; 6:11). Nem sempre o Senhor fala de forma dramática, como fez com Paulo no caminho de Damasco, ou em sonhos como aconteceu com José.

Geralmente Ele fala mediante a Sua voz suave na alma do seu filho e outras vezes através das circunstâncias. O mais comum, é que o crente sinta em seu espírito um santo impulso para dizer algo a certa pessoa, descobrindo que, se obedece, o Espírito Santo lhe dá as palavras adequadas.

UMA ILUSTRAÇÃO



Um Mestre de doutrina cristã ia andando por uma rua e à sua frente iam quatro homens lado a lado, de maneira que obstruíam completamente a calçada.

O Mestra ouviu então o mais alto e forte dos quatro falar palavras blasfemas contra Deus. O mestre era homem franzino e de estatura mediana, mas antes de poder refletir, e obedecendo a umimpulso interior, adiantou-se e colocou a mão sobre o ombro do homenzarrão e disse:



" Homem, quem lhe deu o direito de usar o nome do meu Pai com tão pouco respeito?" o blasfemo se deteve, e inclinando-se fitou os olhos em seu interlocutor e disse:



" Não sei quem é o senhor, mas esta manhã, a minha esposa, que é uma boa cristã, me repreendeu nestes mesmos termos.



Meu amigo, eu tenho que dirigir-me ao trabalho agora mesmo, mas se o senhor me der o seu nome e endereço, prometo ir visitá-lo para que me fale de Deus" o resultado foi o regresso de outro pródigo à casa do Pai.



Convém obedecer a vos do Espírito, mesmo quando as circunstâncias forem adversas. Como recomenda o Apóstolo Paulo: "insta, quer seja oportuno, quer não" (IITm. 4:2).



FINAL DA PARTE 1



Por detrás deu toda exortação e instrução, está a necessidade de cuidar para que a sua motivação seja aceitável ao Senhor, e que cada ação e cada palavra sua conte com o "Visto" da Sagrada Escritura, sendo dirigida pelo próprio Espírito Santo.





PARTE 2 - "REQUISITOS PARA O EVANGELISMO"



Jesus Cristo expôs o requisito primordial para ser um ganhador de almas, quando disse: "Vinde após mim, e Eu vos farei pescadores de homens" (Mt. 4:19). É, portando necessário ser um seguidor dEle, e permitir que Ele faça conosco o que deseja que sejamos para a Sua Glória.

Não importa qual seja o nosso dom ou ministério; o propósito ou resultado deve ser: que os homens sejam "pescados" para Cristo. Quer dizer, salvos pela fé nEle. Em outras palavras, cada dom do Espírito é dado ao crente a fim de que seja empregado em ganhar almas para Cristo.

O verbo "vir" no versículo acima citado, está no modo imperativo. Não se trata, portanto de um convite, mas de um mandamento. Assim, cumprir este mandamento é dever sagrado de todo critão. Tratá-lo com descaso é desobediênciaao nosso Senhor.

Seguir a Cristo de coração, resultará em nos ocuparmos em buscar outros para Ele. (IICo. 5:11).



O QUE NÃO SE REQUER PARA PODER FAZER A OBRA PESSOAL.



A necessidade de usar o bom senso

Uma jovem missionária, coberta com um escasso vestido da última moda, paradia diante de um grupo de homens vulgares e do poir calibre moral. Enquato ela, com aparente boa fé, lhes dava o seu testemunho em palavras correitas e escelente gramática, em seu fervor, movia o seu corpo de um lado para o outro com certo rítimo, os espectadores riam e soltavam grosseiras expressões, manifestando o seu desejo de dançar com ela.

A sinceridade sem ser acompanhada da prudência e do bom senso, traz resultados contraproducentes.

Além disso, devemos nos ater à regra básica da evangelização pessoal, de que os homens devem falar com homens, e as mulheres com mulheres, e sempre que possível, segundo a sua mesma idade e cultura, a menos que haja circunstâncias especiais.

Não é necessário que o cristão tenha aparência física perfeita, com um corpo escultural. Nem Cristo nem os apóstolos foram conhecidos por sua aparência física.

Paulo, por exemplo, descreve a si próprio como de presença corporal débil (IICo. 10:10) e enferma, talvez comos olhos prejudicados por alguma enfermidade (Gl. 4:13-15; 6:11).

Há cristãos muito espirituais que fisicamente são disformes (coxos, mancos, tortos, com lábios leporinos, etc). Mas a presença de Cristo em suas vidas faz com que o seu interlocutor se esqueça completamente do seu defeito corporal, realçando a beleza espiritual que se manifesta de forma sensível.

Alguém pode falar com uma dessas pessoas, e logo ficar convencido de que esteve na presença de um singular filho de Deus. O Espírito que pode vencer esta classe de "obstáculos" ou impedimento, é Poderoso também para vencer dificuldades no falar.



FALE SÓ DE CRISTO



Tanto para pescar peixes, como para pescar homens, vale uma importante regra: "Conserve-se fora da vista". O Apóstolo Paulo disse: "não nos pregamos a nós mesmos, com o objetifo de a outra pessoanos ter em estima, em confiar em nossa palavra, e nem devemos nos rebaixar excessivamente.

O Espírito Santo está no cristão com o objetivo de convencer o mundo do pecado, porque não cr6e no Senhor Jesus (Jo. 7-8).



CONSIDERE SEMPRE O PENTECOSTE



Há cristãos, que se dizem impossibilitados de evangelizar por não ter estudado em uma Universidade, ou em um seminário. Esta desculpa procede de uma atitude incorreta do ceitão. Soa como se a pessoa que a apresenta ignoresse que o Pentecoste é uma história verídica.

Uma das lacunas mais comuns e tristes nas igrejas de hoje, é a multidão de membros que vive como os discípulos de João Batista que em Éfeso disserem: "Nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo" (At.19:12). Não conta com um Deus presente diariamente em sua vida.

Muitos não conhecemos a Bíblia como devíamos. É certo que ninguém conhece a Palavra de Deus a fundoporque ela é obra de Deus, mas podemos e devemos estudá-la e conhecê-la melhor à medida que o tempo passa.

Mas também não são teólogos todos incrédulos com quem havemos de falar. São almas necessitadas. Precisam saber o que você sabe. Necessitam do seu testemunho. Portanto, você deve procurá-las e falar-lhes. Deixe de pensar em si mesmo. Deixe de evadir-se da sua responsabilidade , com desculpas sem fundamento.

Qualquer servo de Deus há de ser criticado, caçoado, rejeitado. Alguns o desprezarão e censurarão além do que é justo. Outros louvarão ou estimularão mais do que merece.

Enquanto estamos neste mundo incrédulo, não devemos esperar outro tratamento da parte do povo. Lembremo-nos de Mateus 5:11,12; Ipedro 4:14. E recordemos o que o Senhor sofreu por nós (Hb. 12:3-4), e que está atitude do mundo só comprova a sua necessidade da mensagem do evangelho.

O Servo de Deus deve meditar muito nestas duas passagens das Escrituras "Ai de vós, quando todos vos louvarem" (Lc. 6:26); "Porventura procuro eu agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a honens, não seria servo de Cristo." (Gl. 1:10)

O Cristão deve dizer a cerca de si mesmo, o menos que lhe seja possível. Deve apenas dar um testemunho pessoal de como Cristo mudou a sua vida, e lhe deu paz.

Toda verdadeira conversão é uma obra do Espírito Santo, embora Ele nos tenha usafocomo Seus instumentos para fala ao pecador.

Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso alcancepara conseguir que o incrédulo, ao ouvir a Palavra escrita de Deus, sinta-se como se o próprio Deus lhe estivesse falando naquele momento, de forma pessoal.

Quando o pecador se rende a Cristo, é natural que terá um apreço especial pela pessoa que o levou aos pés do Salvador, mas o dever do obreiro é fazê-lo ver que é a Deus a quem ele precisa agradecer pela sua salvação.

Se não podemos proceder sinceramente desta maneira, convem que nos examinimos, para jogar fora o orgulho e todo o motivo ou pensamentoe que não glorifique a Deus.



CULTURA SUBMISSA



A cultura acadêmica pode servir de obstáculo à obra do Senhor, se não for sujeita completamente ao Espírito Santo de Deus.

Mas quando a cultura permanesse debaiso do controle divino, o seu possuidor será submisso como instrumento útil e eficas de Deus, pronto para apresentar o Evangelho a toda classe de pessoas, de maneira simples e compreensível.



O SOCORRO DO ESPÍRITO SANTO



Muitos se surpreendem quando pela primeita vez experimentam o socorro do Espírito Santo, ao depararem com momentos e circunstâncias em que o Espírito Santo intervém para auxiliar no modo correto de falar, comportar-se ou mesmo calar-se diante de algumas situações.

Náo é raro quem depois do fato acontecido, percebem como teria sido impróprio ser tivessem procedifo conforme seu costume em outras ocasiões. Não devemos deixar de testificar ou evangelizar, por demor de equivocar-nos. O Espírito nos ajuda em nossas fraquezas.



A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL



O Senhor será o juiz da obra de cada um dos seus filhos, do que ele tenha feito desde a época da sua conversão. Romanos 14:12 diz que " Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus". Haverá galardão ou perda de galardão, para dosos os cristãos, sem exceção.

Levemos a mensagem e sejamos fiéis Àquele que nos enviou, não importa a maneira como o mundo nos receba. O Nosso Senhor não nos promete todo o êxito que desejamos. Ele diz que somos levados em triúnfo em Cristo Jesus, que por meino de nós, manifesta em todo lugar o aroma do Seu conhecimento.

Isto foi o que Paulo disse em II Co. 2:14-16: "Porque somos para com Deus o bom perfume de Cristo; nos que são salvos... aroma de vida para vida; nos que se perdem... cheiro de morte para morte". Mesmo se tivermos fracassos, devemos seguir adiante ( Gl.6:9; ICo. 15:58).

A dificuldade de toda desculpa, é a nossa incapacidade de compreender que somos apenas instrumentos do Espírito Santo, e que é Ele que convence e converte o pecador. Mas no fundo de tudo, a desculpa é desobediência. É falta de fé. É manifestação de interesse próprio. É uma expressão de indolência espiritual. Seria mais honroso confessar que, na verdade não queremos enfrentar a tarefa ganhar almas.



O QUE SE REQUER PARA FAZER A OBRA



1 - Ter o amor de Deus em nossos corações por ceio do Espírito Santo (Rm. 5:5) - conversão.

2 - Um sentido de urgência em ganhar almas (Ef.5:16) - O Senhor voltará, o Tempo é curto.

3 - Um conhecimento adequado da Bíblia, para empregá-la como Autoridade (ICo.15:1-4)



AJUDANDO AO RECÉM-CONVERTIDO



Uma vez que tenhamos visto alguém fazer a profissão de fé em Cristo, depois da devida instrução, temos direito de esperar que haja uma transformação de vida em tal pessoa.

Não podemos pensar e dizer que já fizemos tudo o que nos cabia, e que estamos livres de toda a responsabilidade neste caso. Não é assim. Temos a mesma obrigação que tem a mãe, pela criatura a quem acaba de dar a luz.

Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para assegurar que a nova criatura (IICo.5:17) receba o alimento e o cuidado, a instrução e o exercício que são necessários para o seu desenvolvimento espiritual.



NÃO DEVEMOS TER MEDO DE DESEMBAINHAR A ESPADA DIVINA



Quanto da Bíblia é necessário que alguém saiba, para começar a obra pessoal?

O fato de milhares de pessoas terem sido convertidas pelo uso de apenas um versículo das Escrituras, prova que sabendo apenas isto, um versículo, pode-se dar início à obra e ter um bom êxito. Quantas almas foram ganhas para o Senhor apenas com João 3:16? Ou João 1:12? Mateus 11:28? Romanos 10:9? Atos 16:31 e outros?



MEMORIZAÇÃO DE PASSAGENS BÍBLICAS



Como é de esperar, teremos a oportunidade de testificar de Cristo e de conversar acerca dele, quando não houver uma Bíblia por perto, ou quando não for possível ou não for a ocasião propícia para usá-la.

Portanto, o crente que deseja ser perito pescador de homens para o Senhor, deve determinar-se resolutamente a aprender de cor um número sempre crescente de passagens bíblicas. Nunca se arrependerá.



COMO FUNCIONA A MEMÓRIA



As leis de memorização são quatro:



1 - a primeira impressão;

2 - a compreensão;

3 - a associação e

4 - a repetição.



Quando uma pessoa de fato quer aprender algo de cor, e se põe a fazê-lo, pode realizá-lo. A sua decisão vale muito. Pode-se ilustrar a aplicação das quatro regras de aprendizagem, desta maneira:

Um cristão resolve que vai aprender certo versículo de cor. Põe-se a estudar o seu significado: que é realmente o que ele quer dizer?

Quando o compreende bem, liga-o com outras passagens, e grava-o em sua mente, onde se encaixa no desenvolvimento do plano de salvação.

Então, medita bem acerca do seu uso na obra pessoal, emprega-o ao falar com os outros, e repete e tona a repetir o versículo juntamente com a sua referência ou endereço, isto é, o livro, capítulo e o número do versículo. Assim, a pessoa usou todas as quatro leis, sem sequer percebê-lo.



O USO DE CARTELAS



Muitos cristãos usam o emprego de cartõezinhos, ou tiras de papel para memorizar textos bíblicos. De um lado escreve-se o versículo ou passagem, e do outro, onde se encontra na Bíblia.

Durante a primeira semana guarda-se o cartão no bolso ou na carteira, lendo-o, com frequência, diariamente, até que, ao ler um lado, pode-se dizer o que está escrito do outro.

Quando se aprendeu este versículo, passa-se o cartão para outro lugar, onde se guaram os versículos que são recapitulados semanalmente, ao ver que não lhe custa nenhum esforço trazê-lo à memória, esse versículo é passado para o grupo dos que são revisados mensalmente. Desta maneira, ele permanecerá gravado em sua memória.



É NECESSÁRIO DAR OPORTUNIDADE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO FALE



Os melhores pescadores que temos conhecido, aprenderam que a obra pessoal não consiste em soltar uma torrente de palavras nos ouvidos de uma pessoa.

Não apenas dão ao seu interlocutor oportunidade para falar, mas citam um versículo da Escritura e o explicam, permitem uma pausa, para dar tempo à pessoa de pensar, e ao Espírito Santo de convencer. Isto geralmente evita que o entrevistado pense que o cristão está procurando obrigá-lo a crer, queira ou não.



ENSINAMENTOS BÍBLICOS:



A enfermidade universal



a - Que todo ser humano é pecador por natureza, e que portanto se encontra sob condenação de morte se continuar em sua incredulidade, isto é, sem crer em Cristo como seu Senhor e Salvador. (Rom. 3:10, 19,23; 6, 23; 10:9; 5:8; Jo. 3:16)



O remédio

b - Que Jesus de Nazaré, que nasceu da virgem Maria, por obra do Espírito Santo, é o próprio Deus manifestado em corpo humano, pra que pudesse viver cumprindo a lei de Deus com perfeição, e depois de morrer, tomando sobre Si a condenação que nós merecemos, e ressuscitar dentre os mortos como prova de que Seu sacrifício satisfez plenamente todas as exigências da lei divina (Is.53:6; Rm.4:25; IICo. 5:21; Lc 19:10; Jo. 3:17).



A aplicação



c - Que toda pessoa que sinceramente se arrepende do seu pecado e da sua incredulidade; crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus; recebe e confessa-O como Senhor da sua vida; confia no Seu sacrifício feito na cruz do Calvário como a perfeita satisfação diante da justiça divina por seus pecados, e a única esperança para a eterna salvação da sua alma, é salva pela graça de Deus, apropriada por meio da fé (Mc. 1:15; Ef. 2.8-9; Rm. 10:9-10; Jo. 3:16; 1:12; 11:25,26; Is.1:18).



Resultado



d - Quando qualquer pessoa deposita a sua fé no sacrifício de Cristo como seu Salvador, e se entrega sem reservas a Ele como Seu Senhor, vários benefícios são concedidos pelo Espírito Santo, como parte integrante da sua Salvação.



O indivíduo é perdoado, o que significa que a sentença de morte eterna que pesava sobre ele foi revogada pelo próprio Deus.



É redimido, isto é, a sua dívida foi totalmente cancelada.



É resgatado, o que significa que foi libertado da escravidão a que Satanás o sujeitava.



É justificado, isto é, apresentado diante de Deus como se não tivesse pecado.



É renascido (adotado ou feito Filho de Deus).



É santificado, ( é dado-lhe um novo coração com uma nova natureza, a fim de poder andar como Filho de seu novo Pai).



O seu corpo torna-se templo do espírito Santo, que morará para sempre nele. Desse momento em diante, ele tem duas naturezas: a velha, humana, natural, inclinada a operar independentemente de Deus; e a nova, divina, santa, inclinada a buscar a vontade de Deus em tudo (IIPe. 1:3-4; Rm. 5:1; Gl.5:16-18)



O que nos impedi a evangelizar



Medo de ser rejeitado.

Medo de não ter conhecimento suficiente.

Medo de ofender um amigo ou parente.

Medo de ser ridicularizado ou perseguido.