17/03/2010

HISTÓRIA DO CASAMENTO

HISTÓRIA DO CASAMENTO
Ritual vem de Roma

Mas foi na Inglaterra que a rainha Vitória, ousada para o seu tempo, inaugurou o casamento por amor e de branco.

A cerimonia de casamento, com noiva e culto religioso, nasceu na Roma antiga. Não se sabe ao certo em que ano, mas vêm de lá as primeiras notícias de mulheres vestirem-se especialmente para a ocasião. Prendiam flores brancas (símbolo de felicidade e longa vida) e ramos de espinheiro (afasta os maus espíritos) aos cabelos, além de se perfumarem com ervas aromáticas. Virou tradição. Desde então, o figurino da noiva ganhou novos símbolos, entre eles o véu, uma referência à deusa Vesta (da honestidade), que na mitologia greco-romana era a protetora do lar. Não é por acaso que a cerimônia de casamento tenha nascido em Roma. Avançados para sua época, foram os romanos os primeiros a propor uma união "de direito", instituindo a monogamia e a liberdade da noiva se casar espontaneamente, diante de juízes, testemunhas e com as garantias da lei.

Durante a Idade Média, as mulheres perderam terreno e escolher o noivo passou a ser uma questão de família. O casamento da época era decidido quando a menina tinha entre três e cinco anos. Neste período, o noivado tornou-se mais importante reunindo na igreja, além dos noivos, pais e convidados para troca de alianças em ofício religioso. Um embrião dos casamentos atuais.

Na era medieval, o vermelho foi a cor nupcial preferida. Simbolizava "sangue novo" para a continuação da família e numa celebração acompanhada de muito ouro. Parecido aos dias de hoje em que a suntuosidade indica o poder da família. Mas foi uma rainha, de nome Vitória, que na Inglaterra inaugurou o primeiro visual noiva, tal qual o de hoje. Apaixonada pelo primo, o príncipe Albert de Saxe-Cobourg-Gotha, ela tomou a iniciativa de pedi-lo em casamento (o protocolo de época dizia que ninguém poderia fazer tal pedido a uma rainha). Ele aceitou. Foi a primeira vez que se teve notícias de alguém casar por amor. Vitória foi mais ousada: acrescentou ao seu traje nupcial algo proibido para uma rainha da época - um véu (para provar sua identidade, em público, a soberana jamais se cobria). Nascia aí um costume que atravessaria o tempo e daria a Vitória o reconhecimento de trazer para a nossa época o amor, como sentimento básico para unir um homem e uma mulher. Com a chegada de uma nova classe social - a dos burgueses -, cria-se um código para sinalizar quando a mulher era virgem: casar de branco. Era a garantia ao futuro marido de sua descendência, já que a virgindade significava a legitimidade da prole.

O quadro "Retrato de Casamento", de Jan Van Eyck, mostra um jovem casal em sua câmara nupcial. No espelho ao fundo, nota-se o reflexo de duas pessoas, supostamente testemunhas. Uma delas atribui-se ser o próprio pintor. O quadro data de 1434 e é objeto de estudos há várias gerações. Faz parte hoje do acervo da The National Gallery, de Londres, Inglaterra.

SERMÃO PARA CASAMENTO

JOÃO 2:1-11

Finalmente chegou o dia tão esperado. Depois de tantos preparativos e planos enfim estamos aqui reunidos para celebrar a união do casal, _________ e _________. Presentes estão vários familiares, parentes, amigos e amigas, convidados pela casal para juntos festejarmos este casamento. O casal também estendeu seu convite à Jesus, para que em Cristo Deus possa abençoar a caminhada deste casal na festa da vida.

Eu disse ao casal –aliás prometi – que o sermão seria curto. E pretendo cumprir com minha palavra . . . Vocês são tão queridos e me alegro que tenham encontrado um ao outro. Quero compartilhar com vocês e todos os demais convidados e convidadas uma breve meditação na história do casamento em Canaã. Esta história provavelmente é bem conhecida por muitas pessoas presentes aqui mas creio que vale a pena contá-la de novo.

É dia de festa no vilarejo de Canaã. Moradores da vila se reúnem em torno de duas famílias para celebrar a união de um novo casal. Jesus, sua mãe e seus discípulos são convidados para participar das festividades. Naqueles tempos uma festa de casamento podia durar uma semana, sete dias de alegria e comemoração. Nesta ocasião, faltar comida ou vinho durante a festa é um pesadelo para a família anfitriã. Pior somente seria um dos noivos não vir à festa de casamento.

Mas a tragédia entrou nesta festa sem ser convidada. O vinho, que corria abundante sobre os copos dos convidados e convidadas, sem dar aviso prévio, terminou. Maria, mãe de Jesus, percebe a seriedade da situação. "Eles não tem mais vinho" diz ela a Jesus. Não há mais bebida para entreter os convidados. A reputação da família está em jogo, a posição destas pessoas dentro de sua comunidade podia ser arruinada, esta infelicidade ficaria por longos anos na memória dos habitantes da vila de Canaã.

Jesus, também ele um convidado, inicialmente parece indiferente à desgraça que está por cair sobre estas famílias. "Que queres de mim, mulher?," responde Jesus ao pedido de sua mãe. "Minha hora ainda não chegou." Mas Maria insiste certa de que Jesus pode fazer algo para mudar esta situação. E assim é a fé em Jesus, pois a fé reconhece que em Cristo existe renovação, transformação, novas possibilidades. "Façam tudo o que ele lhes mandar," diz Maria aos empregados da festa.

Jesus ordena que os jarros de pedra sejam preenchidos com água, preenchidos até à borda. Então Jesus, o Senhor da criação, sem levantar sequer um dedo, sem grande rebuliço ou espetáculo, realiza o milagre. O encarregado da festa está tão admirado com a qualidade do vinho que ele comenta ao noivo, "todos servem primeiro o vinho bom, e quando este termina, servem o inferior; mas você guardou o melhor vinho até agora."

Que presente de casamento Jesus oferece a este casal e suas famílias. Onde poderia haver desgraça, Jesus traz alegria. No iminente desastre, Jesus converte a tragédia em celebração. O melhor presente de casamento que este casal recebeu foi sem dúvida convidar Jesus para a festa. O melhor presente de casamento que vocês, _________ e _______, recebem hoje, é convidar Jesus para fazer parte de seu casamento.O melhor presente que qualquer um de nós aqui, casados ou solteiros e solteiras, o melhor presente que todos nós recebemos é convidar Jesus para ser o nosso companheiro na festa da vida.

Mas espere um momento, Jesus no início é o convidado, mas ao longo da festa, Jesus reverte seu papel. De convidado Jesus se torna anfitrião, de mais um rosto no meio da multidão, Jesus se torna a figura principal. Ele é quem promove o banquete. É ele quem distribui com abundância a comida e a bebida. É ele quem converte nosso desespero em esperança. Jesus é a luz que brilha no meio de nossa escuridão. Jesus compartilha seu perdão para nossos pecados. É ele a sabedoria no meio de nossa confusão, a coragem no meio da fraqueza. Como um fonte de água abundante, Jesus sacia nossa sede pela graça e o amor de Deus. Jesus inverte o seu papel e as nossas expectativas. Jesus de convidado vira anfitrião.

E quanto a você e eu, de anfitrião viramos convidados e convidadas para o banquete de Deus. Ao longo da festa da vida, quando a tragédia bate em nossas casas sem ser convidada, quando nós falhamos e magoamos as pessoas ao nosso redor, quando você estiver tropeçando na escuridão e desespero, Jesus estende a mesa e te convida: venha aqui saciar tua fome pelo perdão e amor de Deus, eu, Jesus, sou o Senhor da ressurreição, em mim existe sempre renovação, transformação e novas possibilidades. Pois eu te amo, as muita águas não poderiam apagar o meu amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa em troca de ti, seria de todo desprezado. Eu, o anfitrião do banquete de Deus, te amo.

Que a graça e o amor de Deus brilhe na festa da vida de cada um de nós desde agora e para sempre. Amem.

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